A Guerra Naval na Antiguidade

de

Prof. Dr. Ricardo Pereira Cabral

A Guerra Naval foi abordada por vários autores, dos quais citamos os mais relevantes que trataram do tema, Xenofonte, Diodoro Sículo, Plutarco, Pompeu Trogus, Políbio, Tácito, Pausâneas entre outros.

No entanto, estas fontes primárias abordam as operações no mar e as marinhas de forma passageira, dispersa, sem muita profundidade em diversas obras. Os documentos, as imagens e esculturas encontradas em palácios, fortificações, templos e túmulos tratam a guerra no mar, apesar da sua importância como algo secundário, ainda que conectada as operações em terra. As referências encontradas, por vezes, são indiretas e/ou de passagem, revelando a pouca intimidade dos autores nas lides marítimas.

O interessante é que não faltaram grandes e importantes batalhas na Antiguidade, como a batalha do Delta do Nilo entre os egípcios liderados pelo faraó Ransés II contra os “Povos do Mar”. As batalhas Salamina e Artemísio (480 a.C.), entre persas e gregos, a batalha de Arginusas (406 a.C.) entre atenienses e espartanos, durante a Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.). Os romanos travaram contra cartagineses, durante a Primeira Guerra Púnica (264-241 a.C.) uma série de batalhas navais: Ilhas Líparas e de Milas (260 a.C.), Cabo Ecnomo (256 a.C.), Drépano (249 a.C.) e ilhas Égatas (241 a.C.), e tem ainda a Batalha de Ácio (31 a.C.) entre as esquadras de Otávio e de Antônio e Cleópatra.

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Professor de História formado pela UGF. Mestrado e Doutorado em História pela UFRJ. Autor de artigos sobre História Militar e Geopolítica.

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