Prof. Dr. Ricardo Pereira Cabral
A Batalha de Kiev foi travada entre 7 de julho a 26 de setembro de 1941. A batalha foi parte da Operação Barbarosa (22/6/1941 a 7/1/1942), a invasão da União Soviética pelas forças do Eixo.
No final de julho apenas o Grupo de Exércitos Centro alcançou com sucesso o seu objetivo com a destruição do exército soviético em Minsk e Smolensk e a captura de centenas de milhares de soldados que foram enviados aos campos de prisioneiros de guerra. No entanto, a situação não evoluía favoravelmente em outras frentes. O Grupo de Exércitos Norte, após uma investida através dos Estados Bálticos, encontrou as suas divisões atoladas nos pântanos e florestas localizadas em frente de Leningrado, além da aguerrida defesa soviética. O Grupo de Exércitos Sul enfrentou uma forte resistência com suas divisões panzers atingindo apenas o oeste da Ucrânia. Apesar da conquista de Minsk e Smolensk, perdas de homens e equipamento foram grandes, afetando toda a logística da Werhmacht.
A lentidão no avanço em direção a Leningrado levou a uma divisão dentro do OKW (Oberkommando der Wehrmacht, Alto-Comando das Forças Armadas), de um lado o coronel-general Franz Halder, chefe do Estado-Maior do Exército (Oberkommando des Heeres, OKH), do outro o marechal de campo Wilhelm Keitel, chefe do OKW. Halder defendia que o centro de gravidade soviético era Moscou e o Exército Vermelho e que por isso a Werhmacht deveria se concentrar em capturar a cidade (além de centro político, Moscou era um polo industrial muito importante) e destruir/capturar o maior número possível de suas divisões. Na opinião dos generais do OKW a captura de Moscou resultaria na destruição da maior parte das divisões do Exército Vermelho e no seu colapso como força combatente. Já Keitel argumentava que tendo em vista as dificuldades de se conquistar Leningrado e que o avanço em direção a Moscou estava igualmente muito lento devido a forte resistência dos soviéticos, a linha de ação mais favorável à Werhmacht seria um envolvimento visando cercar os exércitos soviéticos, usando o corpo panzer líder do Grupo de Exércitos Sul e do Grupo de Exércitos Centro para impor um domínio sobre o Exército Vermelho, no sul. Hitler concordou essa linha de ação e a defendeu porque, na sua opinião, a captura dos grandes campos de trigo, das minas de carvão, das siderúrgicas e das fábricas da Ucrânia eram fundamentais para a continuação da guerra, pois poderiam aumentar consideravelmente a capacidade do Reich em travar uma grande guerra industrializada que britânicos e norte-americanos estavam preparando.
A grande maioria do OKW apoiava a linha de ação proposta por Halder, mas Hitler apoiou a sugestão de Keitel e uma grande operação de cerco a Kiev foi desencadeada. Stálin também contribuiu para a derrota das forças soviéticas na Ucrânia ao insistir na sua defesa em vez de recuar e preparam uma nova linha de defesa. As forças do Eixo aproveitaram ao máximo os erros do Stavka (Estado-Maior das Forças Armadas Soviéticas) e avançaram para a retaguarda soviética no leste da Ucrânia.
A ordem de batalha
A fim de proporcionar ao leitor uma ideia da distribuição de forças entre o eixo e os soviéticos no início da Operação Barbarrosa, vamos apresentar o quadro abaixo;
EIXO | SOVIÉTICOS | ||
TO Setentrional | Exército da Noruega Exército Finlandes da Karelia | Fronte Setentrional | 7º, 14º e 23º Exército 1º e 10º Corpo Mecanizado Corpo de Defesa Aérea Setentrional |
TO Norte | 16º e 18º Exército 4º Grupo Panzer 1ª Luftflotte | Fronte Noroeste | 8º, 11º e 27º Exército 3º e 12º Corpo Mecanizado 5º Corpo Aerotransportado Força Aérea do Báltico Frota Setentrional Frota do Báltico Corpo de Defesa Aérea Setentrional |
TO Centro | 9º e 4º Exército 2º e 3º Grupo Panzer 2ª Luftflotte | Fronte Ocidental | 3º, 4º, 10º e 13º Exército 6º, 11º, 13º, 14º, 17º e 20º Corpo Mecanizado 2º, 21º, 44º, 47º e 50º Corpo de Rifles 4º Corpo Aerotransportado Força Aérea do Ocidente |
TO Sul | 6º, 11º e 17 Exército 1º Grupo Panzer 4ª Luftflotte Corpo Expedicionário Italiano Grupo de Exército Expedicionário Slovaco Corpo Móvel do Exército Real Húngaro | Fronte Sudoeste | 5º, 6º, 12º e 26º Exército 4º, 8º, 9º, 15º, 16º e 22º Corpo Mecanizado 31º, 36º, 49º e 55º Corpo de Rifles 1º Corpo Aerotransportado Força Aérea de Kiev |
-x- | -x- | Fronte Meridional | 9º Exército Independente 2º e 18º Corpo Mecanizado 7º e 9º Corpo de Rifles 3º Corpo Aerotransportado Força Aérea de Odessa Frota do Mar Negro |
Exércitos de Reserva do Stavka (segundo escalão estratégico) | 16º, 19º, 20º, 21º, 22º e 24º Exército 20º, 45º e 67º Corpo de Rifles 21º Corpo Mecanizado |
As operações
O Grupo de Exércitos Centro estava avançando rapidamente na Frente Oriental. No final de julho de 1941, uma enorme brecha se desenvolveu em torno de sua junção com o Grupo de Exércitos Sul.
De 7 a 8 de julho de 1941, as forças alemãs conseguiram romper a linha fortificada na porção sudeste do Oblast de Zhytomyr, que corria ao longo da fronteira soviética de 1939.
Em 11 de julho de 1941, as forças do Eixo alcançaram o rio Irpin, afluente do Dnieper cerca de 20 km a oeste de Kiev. Após a transposição, a tentativa inicial de assaltar a cidade foi frustrada pelas tropas do distrito fortificado de Kiev e pela contra-ofensiva conjunta dos 5º e 6º Exércitos soviéticos. O avanço sobre Kiev foi interrompido e o principal esforço alemão foi feito em direção ao distrito fortificado de Korosten, onde o 5º Exército Soviético estava concentrado. Ao mesmo tempo, o 1º Exército Panzer foi forçado a fazer a transição para a defesa, devido a uma contra-ofensiva do 26º Exército soviético. Os soviéticos posicionaram quase toda Frente Sudoeste dentro e ao redor de Kiev, na esperança de deter o avanço alemão.
No final de Julho, o ataque do 17º Exército alemão colocou o Fronte Sudoeste em situação crítica. Esta fronte era defendido pelo 6º e 12º Exércitos soviéticos que havia sofrido muitas perdas. Naquela altura da batalha os dois exército estava debilitados devido as grandes perdas em homens, equipamentos e tanques na Batalha de Uman (3/8/1941). No entanto, esses exércitos representavam uma ameaça ao avanço alemão e eram a maior concentração de tropas soviéticas no Frente Oriental naquela época. Apesar da resistência, as forças do Eixo manobraram pelos flancos e cercaram 6º e o 12º Exércitos soviéticos em Uman. Os nazistas fizeram cerca de 100 mil prisioneiros.
Em 30 de julho de 1941, as forças alemãs retomaram o avanço sobre Kiev, com o 6º Exército alemão atacando posições entre o 26º Exército soviético e as tropas do distrito fortificado de Kiev.
Em 7 de agosto de 1941, o avanço do 6º Exército alemão foi detido pelos 5º, 37º e 26º Exércitos soviéticos, apoiados pela Flotilha Naval de Pinsk. Com a ajuda da população da cidade de Kiev, foram cavadas valas antitanque e outros obstáculos, também foram construídas mais de 750 casamatas e o lançamento de 100 mil minas ao longo de 45 km da linha de frente. Os soviéticos mobilizaram cerca de 35 mil soldados da população local, juntamente com alguns destacamentos do PC e dois trens blindados.
Em 19 de julho de 1941, devido a enorme resistência soviética, Hitler (contra a opinião da maior parte do OKW) cancelou a continuidade do ataque à Moscou em favor da continuidade do avanço para sul para completar o cerco às forças soviéticas em Kiev.
Em 12 de agosto de 1941, enquanto a Werhmacht avançava, as disputas no OKW com relação a ordem das operações continuavam. Nessa mesma data Hitler emitiu o Suplemento à Diretiva nº 34 que estabelecia como prioridade estratégica limpar a saliência ocupada pelas forças soviéticas no flanco direito do Grupo de Exércitos Centro, nas proximidades de Kiev, antes de retomar o avanço em direção à Moscou. A diretiva determinava que o 2º e o 3º Grupos Panzer do Grupo de Exércitos Centro, que estavam reforçando o Grupo de Exércitos Norte e o Grupo de Exércitos Sul, respectivamente, fossem devolvidos ao Grupo de Exércitos Centro, juntamente com o 4º Grupo Panzer do Grupo do Exércitos Norte, uma vez que seus objetivos foram alcançados. Então os três Grupos Panzer, sob o controle do Grupo de Exércitos Centro, liderariam o avanço sobre Moscou. Inicialmente, Halder, chefe do Estado-Maior do Oberkommando des Heeres (OKH), e Bock, comandante do Grupo de Exércitos Centro, ficaram satisfeitos com o compromisso, mas rapidamente o seu otimismo desapareceu à medida que as realidades operacionais do plano se revelaram demasiado desafiadoras.
Em 18 de agosto, o OKH apresentou a Hitler um levantamento estratégico (na verdade um memorando, denkschrift) sobre a continuação das operações no Leste. O denkschrift defendeu a prioridade do ataque a Moscou, argumentando mais uma vez que as unidades mapenhadas nos Grupos de Exércitos Norte e Sul eram suficientemente fortes para cumprir os seus objetivos operacionais, sem necessidade do apoio do Grupo de Exércitos Centro e que ainda havia tempo suficiente, antes do inverno, para conduzir apenas uma única operação decisiva contra Moscou.
Os generais Franz Halder, Fedor von Bock e Heinz Guderian, que defendiam um avanço sobre Moscou, o mais rápido possível se articularam para convencer Hitler a voltar ao “plano original”.
Em 20 de Agosto, Hitler rejeitou a proposta com base na ideia de que o objetivo mais importante era privar a União Soviética das suas áreas industriais e do acesso ao carvão (região do Don) e ao petróleo (no Cáucaso).
Em 21 de agosto, coronel-general Alfred Jodl, chefe do EM, do OKW emitiu uma diretriz, que resumia as instruções de Hitler, ao marechal de campo Walther von Brauchitsch, comandante-em-chefe do Heers. A diretriz reiterava que a captura de Moscou, planejada para antes do início do Inverno, não seria mais o principal objetivo da campanha de verão. Em vez disso, estabelecia como objetivos a serem atingidos antes do início do inverno: tomar a Crimeia e a região industrial e carbonífera do rio Don; isolar as regiões produtoras de petróleo do Cáucaso do resto da União Soviética, no norte, cercar Leningrado e fazer a ligação com os finlandeses. O Grupo de Exércitos Centro deveria destruir o “5º Exército Russo” e, ao mesmo tempo, se preparasse para repelir contra-ataques inimigos no setor central da sua frente (as tropas soviéticas do saliente). Hitler referiu-se coletivamente às forças soviéticas no saliente como o “5º Exército Russo”. Halder descreveu o plano de Hitler como “utópico e inaceitável”, concluindo que as ordens eram contraditórias e inconsistentes. No entanto, as instruções de Hitler refletiam com precisão a intenção original da diretiva Barbarossa, da qual o OKH estava ciente o tempo todo.
Em 22 de agosto de 1941, as forças alemães atravessaram o rio Dnieper ameaçando Kiev de cerco. O marechal Budyonny, comandante da Frente Sudoeste solicitou ao Stavka permissão para iniciar a retirada das forças de Kiev.
Em 23 de agosto, Halder reuniu-se com Bock e Guderian, em Borisov, na Bielorrússia, e depois voou com Guderian para o QG de Hitler na Prússia Oriental. Durante a reunião com Hitler sem a presença de Halder, nem Brauchitsch, Guderian defendeu o avanço para Moscou. Hitler afirmou que:
– a decisão de proteger os setores norte e sul do oeste das forças soviéticas eram missões importante e que ajudariam no avaço para Moscou;
– a possibilidade de cercar as forças soviéticas no saliente era uma oportunidade de encurralar os exércitos soviéticos no sul;
– As objeções de que será perdido um tempo preciso e que a ofensiva sobre Moscou poderia ser desencadeada tarde demais ou de que as unidades blindadas já não seriam tecnicamente capazes/suficientes de cumprir a sua missão, não são válidas, pois uma vez que os flancos do Grupo de Exércitos Centro fossem desobstruídos, especialmente os mais salientes no sul, a manobra permitiria que o exército retomasse a sua ofensiva contra Moscou, envolvendo as linhas de defesa que protegiam Moscou.
Sem conseguir convencer Hitler, Guderian retornou ao 2º Grupo Panzer e iniciou o ataque ao sul em um esforço para cercar as forças soviéticas na saliência. A maior parte do 2º Grupo Panzer e do 2º Exército foram destacados do Grupo de Exércitos Centro e enviados para o sul. Sua missão era cercar a Frente Sudoeste, comandada pelo marechal Budyonny, em conjunto com o 1º Grupo Panzer, do Grupo de Exércitos Sul, sob o comando do general Paul Ludwig Ewald von Kleist, que avançava na direção sudeste. Na verdade, os exércitos Panzer fizeram progressos rápidos.
Em 12 de setembro, o 1º Grupo Panzer, de von Kleist, que já havia virado para o norte e cruzado o rio Dnieper, emergiu de suas cabeças de ponte em Cherkassy e Kremenchuk. Continuando para o norte, cortou a retaguarda da Frente Sudoeste de Budyonny.
Em 16 de setembro, o 1º Grupo Panzer, de von Kleist, fez contato com o 2º Grupo Panzer, de Guderian, avançando para o sul, na cidade de Lokhvitsa, 190 km a leste de Kiev. Budyonny agora estava preso e em 13 de setembro foi substituído pelo marechal Semyon Timoshenko, no comando da Direção Sudoeste. Depois disso, o destino dos exércitos soviéticos cercados foi selado. Sem forças móveis, reservas ou um ataque de cobertura, não havia possibilidade de efetuar uma fuga. A infantaria dos 17º e 6º Exércitos alemães, do Grupo de Exércitos Sul, logo chegou junto com o 2º Exército, também emprestado pelo Grupo de Exércitos Centro, e marchando atrás dos tanques de Guderian começaram o seu ataque. As forças nazistas começaram a reduzir o bolsão, auxiliados pelos dois exércitos Panzer. Os exércitos soviéticos cercados em Kiev não desistiram facilmente. Uma batalha selvagem em que os soviéticos foram bombardeados por artilharia, tanques e aeronaves teve de ser travada antes que o bolsão finalmente caísse.
Em 19 de setembro, Kiev havia caído, mas a batalha pelo cerco continuou. Após 10 dias de combates intensos, os últimos remanescentes de tropas a leste de Kiev renderam-se em 26 de setembro.
Vários exércitos soviéticos, nomeadamente o 5º, 37º e 26º, estavam agora cercados, bem como destacamentos separados dos 38º e 21º exércitos. Os alemães alegaram ter capturado 600 mil soldados do Exército Vermelho.
Durante a retirada de Kiev, entre 20 a 22 de setembro de 1941, em Shumeikove Hai, perto de Dryukivshchyna, em torno de 15 mil soldados soviéticos conseguiram escapar do cerco
A tomada de Kiev teve também foi palco de um dos atos mais desumanos de toda a guerra. Os alemães organizaram o pior ataque num único dia à população judaica da Europa Oriental até aquele momento. O episódio ficou conhecido como Baby Yar. As unidades SS, com uma ajuda considerável do exército alemão, massacraram cerca de 33 mil judeus, juntamente com outros que os nazistas consideravam subumanos.
Em virtude da virada de Guderian para o sul, a Wehrmacht destruiu toda a Frente Sudoeste a leste de Kiev em setembro. Infligiu quase 700 mil baixas ao Exército Vermelho, enquanto as forças soviéticas a oeste de Moscou conduziram muitos ataques ao Grupo de Exércitos Centro. Embora a maioria desses ataques tenha falhado, os ataques soviéticos na Ofensiva Yelnya tiveram sucesso com as forças alemãs abandonando a cidade e resultaram na primeira grande derrota da Wehrmacht na Operação Barbarossa. Com seu flanco sul assegurado, o Grupo de Exércitos Centro lançou a Operação Typhoon, na direção de Vyazma, em outubro. Apesar das objeções do marechal Gerd von Rundstedt, o Grupo de Exércitos Sul recebeu ordens de retomar a ofensiva e invadiu quase toda a Crimeia e a margem esquerda da Ucrânia antes de chegar aos limites da região industrial de Donbass. Após quatro meses de operações contínuas, as suas forças estavam à beira da exaustão e sofreram uma grande derrota na Batalha de Rostov. A infantaria do Grupo de Exércitos Sul teve um desempenho pouco melhor, mas não conseguiu capturar a estratégica cidade de Kharkov, antes que quase todas as suas fábricas, trabalhadores qualificados e equipamentos fossem evacuados a leste dos Montes Urais.
Conclusão
O sucesso impressionante em Kiev levou não só Hitler e seus generais a cometerem uma série de erros estratégicos e de avaliação. Apesar do perigo representado pelo inverno se aproximasse, a liderança da Wehrmacht embarcou numa ofensiva massiva contra as forças soviéticas que confrontavam o Grupo de Exércitos Centro. O resultado foi uma série de vitórias táticas impressionantes que pareciam abrir os caminhos para Moscou. Mas em meados de Outubro, quando o exército se voltou para avançar para leste com os seus tanques e sistema logístico totalmente desgastados, chegou a rasputitsa do outono, o período frio e chuvoso e transformou tudo em lama. Para os alemães, as estradas sombrias que levavam para os subúrbios de Moscou, Stalingrado, Kerch, Kiev, Varsóvia e Berlin estavam à frente. A desastrosa derrota soviética tinha passado para a história. Além dos esforços de fome em massa levados a cabo pela NKVD na década de 1930, o povo ucraniano tinha agora outra marca negra nas suas relações com o povo russo, pois a liderança militar em grande parte responsável pelo desastre era russa. Muitos hoje consideram a invasão russa da Ucrânia como algo novo, mas trata-se apenas mais um capítulo sombrio das relações russo-ucranianas.
Durante o avanço dos nazistas grande parte das forças soviéticas da Frente Sudeste do Exército Vermelho foi cercada. Este cerco é considerado o maior cerco da história da guerra (em número de soldados). A batalha foi uma derrota sem precedentes para o Exército Vermelho, superando até mesmo a Batalha de Białystok-Minsk de junho-julho de 1941. O cerco prendeu mais de 450 mil soldados, além de farto equipamento militar, apenas cerca de 15 mil soldados escaparam do cerco. A Frente Sudoeste sofreu mais 700 mil baixas, com cerca de 600 mil mortos, feridos, capturados ou desaparecidos durante a batalha. Os 5º, 37º, 26º, 21º e 38º exércitos, compostos por 43 divisões, foram quase aniquilados e o 40º Exército sofreu muitas perdas. Tal como a Frente Ocidental antes dela, a Frente Sudoeste teve de ser recriada quase do zero. Mas os soviéticos continuavam a lutar…
Imagem de Destaque: https://www.washingtonpost.com/history/2022/03/04/kyiv-nazis-world-war-ii-russia/
Fontes
https://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Kiev_(1941)
https://www.hoover.org/research/great-battle-kiev-september-1941
The Battle of Kiev: How it Brought About an End to Nazi Terror
https://www.warhistoryonline.com/instant-articles/the-largest-encirclement-warfare.html
Battle of Kiev WW2 – 1941
Professor de História formado pela UGF. Mestrado e Doutorado em História pela UFRJ. Autor de artigos sobre História Militar e Geopolítica.