Eduardo de Woodstock era o filho mais velho do rei inglês Eduardo III, foi Príncipe de Gales de 1343 DC e o flagelo da nobreza francesa. Conhecido como ‘Eduardo, o Príncipe Negro’ por sua armadura e escudo pretos incomuns, Eduardo conquistou a fama de cavaleiro quando lutou com desenvoltura na Batalha de Crécy, em 1.346 DC. Ainda apenas um adolescente, Edward ajudou seu pai a obter uma vitória famosa contra um exército francês muito superior.
Muitos sucessos vieram contra o mesmo inimigo à medida que a Guerra dos Cem Anos progredia, notavelmente na Batalha de Poitiers, em 1.356, quando o próprio Rei João II da França foi capturado. Eduardo ganhou mais elogios por seu bom tratamento cavalheiresco ao monarca cativo e ganhou reputação de generosidade, uma das principais qualidades de um nobre cavaleiro, ao distribuir ouro e títulos a seus comandantes, bem como doar generosamente a igrejas como Canterbury Catedral. Os ataques de incendio e pilhagem do príncipe (chevauchée) no norte da França não ajudaram em nada sua popularidade ali, mas a tática era bastante comum na guerra da época.
Edward e seu pai foram membros fundadores da Ordem da Jarreteira, o clube exclusivo dos cavaleiros que ainda existe hoje. As vitórias continuaram chegando, e em 1.367, o Príncipe Negro conseguiu capturar e vender por um vultuoso resgate um de seus rivais pelo título de maior cavaleiro de todos os tempos, Bertrand du Guesclin, após a Batalha de Najera na Espanha. Quando ele morreu de disenteria em 1.376, a nação lamentou e a história perdeu talvez o que poderia ter sido um de seus maiores reis. Outro legado duradouro do Príncipe Negro é o uso de três penas de avestruz como emblema, ainda hoje, o símbolo do Príncipe de Gales.
Fonte: Mylineage.com
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Professor de História formado pela UGF. Mestrado e Doutorado em História pela UFRJ. Autor de artigos sobre História Militar e Geopolítica.