Putin e o dia seguinte a rebelião de Progozin

de

Ricardo Cabral e Rodrigo Laterza

Introdução

Desde fins de 2022, Yevgeny Prigozhin, dono do Grupo Wagner, tem feito uma série de declarações contra Sergei Shoigu, Ministro da Defesa e Valery Gerassimov, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas reclamando da atrasos nos pagamentos, no envio de suprimentos e na falta de coordenação das unidades do exército regular com a PMC nas operações em Bakhmut. Os ataques verbais continuaram, mesmo depois que o Grupo Wagner foi substituído na linha de frente. 

Shoigu lidera as Forças Armadas há mais de uma década, teve uma carreira de civil, galgando postos nas fileiras do Partido Comunista antes de se tornar o chefe do Ministério de Emergência da Rússia na década de 1990.

Gerasimov, é militar, e começou sua carreira reprimindo uma rebelião na Chechênia na década de 1990, e agora é o chefe militar pós-soviético mais antigo no cargo. Apesar do baixo desempenho das tropas russas sob seu comando na primeira fase da invasão e na contra-ofensiva ucraniana, em janeiro de 2023 foi nomeado comandante do grupo de tropas combinadas russas na Ucrânia.

Possíveis causas do levante

A rebelião tem relação direta com o Decreto do Ministério da Defesa da Rússia, de 10 de junho de 2023, que determinou o enquadramento legal de todos Batalhões de Voluntários e Companhia Militares Privadas (Private Military Company, PMC) em cláusulas legais que vinculavam os combatentes diretamente ao Ministério da Defesa Russo. Esta medida gerou reações virulenta de Yevgeny Prigozhin (e de outros líderes de PMCs que no entanto não aderiram ao movimento) diante das condições normativas que não concorda.

Lembremos aos nossos seguidores que existem em torno de pelo menos 10 PMCs operando agora na Rússia, com sua lealdade dedicada membros do aparato de inteligência, militares e oligarcas. Até mesmo Shoigu, supostamente, controla a Patriot PMC, que opera na Ucrânia, e está em concorrência direta com o Grupo Wagner. Ou seja: muita gente ganhando dinheiro com a guerra, com a imprensa e a mídia especializada denunciam de forma recorrente casos de corrupção e incompetência.

A questão do repasse dos recursos é fundamental. O Grupo Wagner deve indenização no valor de 3 milhões de rublos para cada um dos 20 mil mortos, algo em torno de US$780 milhões. Prigozhin era cobrado publicamente pelo desamparo das viúvas e órfãos. Ademais, Prighozin desde fevereiro não teve a prorrogação no âmbito do Ministério da Defesa de rentáveis e milionários contratos de prestação de serviços de alimentação e de limpeza dentre suas empresas, coincidindo com suas denúncias públicas de escassez de munições e sabotagem por parte do alto comando militar russo

Os dias turbulentos de 23 a 24 de junho terminaram, assim como a rebelião armada de Yevgeny Prigozhin, o fundador do Wagner PMC. As causas do evento, que matou 15 pessoas, ainda não foram esclarecidas. Aqui compilamos uma crônica dos momentos-chave do golpe fracassado.

https://news.sky.com/story/wagner-group-rebellion-in-russia-how-revolt-led-by-putins-chef-unfolded-12909122

A Cronologia da Crise

Desde a primavera de 2023, o fundador da Wagner PMC Yevgeny Prigozhin começou a acusar o Ministério da Defesa da Rússia de má condução das operações miliares, de corrupção e pela escassez artificial de munição. Em fevereiro, Prigozhin foi proibido de recrutar prisioneiros. Em maio, ele anunciou o fracasso dos objetivos do Grupo Wagner. No final de maio, antes da captura de Bakhmut, o chefe do Grupo Wagner ameaçou retirar a unidade da cidade, se não recebesse muniçãos suficientes, mas o conflito foi abafado. Em 10 de junho, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, emitiu uma ordem segundo a qual todos os membros de destacamentos voluntários devem concluir um contrato com a região de Moscou até 1º de julho. Prigozhin respondeu que nenhum dos combatentes do Grupo Wagner assinaria os contratos.

Na tarde de 23 de junho, Prigozhin afirmou que a Operação Especial na Ucrânia fora mal planejada. Vladimir Putin, presidente da Rússia, recebeu relatórios mostrando a inconsistência sobre os planos da Ucrânia e da OTAN para atacar a Rússia, e a operação especial era necessária para a carreira de Shoigu e dos oligarcas que queria nomear Viktor Medvedchuk como presidente da Ucrânia.

O conflito entrou em uma nova fase na noite do mesmo dia, quando Prigozhin relatou sobre ataques com mísseis aos campos da PMC e culpou o Ministério da Defesa da Rússia por isso. O ministério negou a mensagem, mas Prigozhin disse que  Shoigu chegou pessoalmente a Rostov para dar a ordem de greve nos campos de Wagner, e também que o PMC decidiu reprimir a liderança da região de Moscou e destruiria todos que aparecessem em seu caminho.

Por volta das 12h30, os generais Sergei Surovikin e Vladimir Alekseyev, que se acredita serem próximos de Prigozhin, se manifestaram publicamente contra a rebelião. Forças militares foram desdobradas em Moscou, unidades do grupo de polícia de choque (força paramilitar semelhante à gendarmeria) e Unidade Especial de Rápida Resposta (Special Rapid Response Unit, SOBR) da Guarda Nacional foram desdobradas. Cerca de uma hora depois o Ministério da Defesa da Rússia informou que “aproveitando a provocação de Prigozhin, as Forças Armadas da Ucrânia na direção de Bakhmut estão se preparando para uma ofensiva”.

Por volta das 23h, o FSB qualificou a declaração como um apelo à rebelião armada e pediu aos combatentes do Grupo Wagner que detivessem Prigozhin. Este respondeu que “não se trata de um golpe militar, mas de uma marcha da justiça” e que suas ações não interfeririam com as tropas de qualquer maneira.

No dia 24 de junho de 2023, por volta das 3 horas da manhã, combatentes do Wagner Group entrou na cidade de Rostov-on-Don, após o que Prigozhin acusou o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov, de dar a ordem de bombardear colunas PMC com aeronaves, com isso as colunas de blindados foram fixadas nas estradas da região de Rostov e, por volta das quatro da manhã, Prigozhin relatou que seus combatentes abateram um helicóptero que os atacou. Existem vídeos de um tiroteio entre Wagner e tropas regulares na região de Rostov.

Às seis da manhã, o PMC assume o controle da sede do Distrito Militar Sul, do prédio do FSB, do departamento de polícia e da administração municipal de Rostov. Sergei Sobyanin, prefeito de Moscou, anuncia medidas antiterroristas na capital. Às 7:30 h, aparece um vídeo em que Prigozhin relata ao vice-ministro da Defesa Yunus-Bek Yevkurov e ao vice-chefe do Estado-Maior Vladimir Alekseyev sobre a derrubada de três helicópteros russos na sede do Distrito Militar do Sul e explica que liderará a unidade a Moscou se Shoigu e Gerasimov não forem entregues a ele. Às 8h, Prigozhin anunciou que estava no controle de um aeródromo militar em Rostov e, enquanto isso, as buscas começaram no Wagner Center em São Petersburgo.

https://news.sky.com/story/wagner-group-rebellion-in-russia-how-revolt-led-by-putins-chef-unfolded-12909122

Às 9 h, o Serviço de Segurança Federal (FSB) introduziu o regime de operação antiterrorista na região de Moscou. Um pouco mais tarde, a mesma medida foi anunciada para região de Voronezh. Às 9:30 h, o oligarca fugitivo Khodorkovsky convocou seus partidários na Federação Russa para apoiar Prigozhin. Ao mesmo tempo, o comboio do Grupo Wagner foi visto na região de Voronezh.

Neste mesmo dia 24 de junho, Vladimir Putin em seu discurso afirmou que a “ambição exorbitante levou à traição” qualificou a Marcha por Justiça do Grupo Wagner de rebelião armada, traição e “facada nas costas” e prometeu que os responsáveis ​​seriam punidos.

Depois disso, a liderança política da Crimeia e de outras regiões russas, além de lideranças no exterior expressaram seu apoio a Putin. Em Moscou, os banners publicitários do Wagner PMC começaram a ser removidos, os residentes de Rostov fizeram uma manifestação espontânea de protesto, mas foram dispersos, aeronaves do exército atacaram um comboio da PMC na rodovia M-4 e em algum lugar na região de Voronezh, um tiroteio eclodiu entre os mercenários e as tropas do governo.

As 11:30 h, surgiram informações de que um dos combatentes de Wagner foi morto na tentativa de assassinar Prigozhin. Outro helicóptero militar russo também foi abatido, e um comboio de rebeldes com um sistema móvel de defesa aérea “Pantsir” foi avistado a caminho do aeródromo na região de Rostov.

https://nypost.com/2023/06/23/who-is-yevgeny-prigozhin-wagner-group-leader-accused-of-urging-an-armed-rebellion-in-russia/

Por volta do meio-dia, o líder checheno Ramzan Kadyrov chamou as ações de Prigozhin de “rebelião militar e traição hedionda”, tropas do governo foram posicionadas perto da ponte sobre o Oka perto de Serpukhov e bloquearam a rodovia em direção a Moscou.

À 13:30 h quando o comboio do Grupo Wagner foi avistado perto de Buturlinovka, a sudeste de Voronezh, onde fica o aeródromo militar, Prigozhin disse que não iria se entregar, nem a pedido do FSB, nem a pedido do presidente, que seus combatentes eram patriotas, que queriam salvar o país da “corrupção, do engano e da burocracia”, e chamava seus adversários de escória. Na aldeia de Rogachevka, região de Voronezh, uma batalha entre o Grupo Wagner e forças do Exército Regular estourou, um depósito de petróleo pegou fogo.

Às 13:45 h, foram realizados ataques aéreos nas colunas e no território próximo ao quartel-general do Distrito Militar do Sul em Rostov. Na hora seguinte, colunas de rebeldes foram vistas se movendo em direção a Moscou nas regiões de Voronezh e Lipetsk. Por volta das 15 h, as unidades de Kadyrov apareceram na entrada de Rostov, mas não entraram na cidade.

No mesmo horário, um carro civil foi encontrado perto do escritório de Prigozhin em São Petersburgo com caixas cheias de notas de cinco mil rublos, em um total de 4 bilhões de rublos. Prigogine confirmou que o dinheiro era dele.

Às 15:40 h, Putin telefonou para o presidente turco Erdogan. De acordo com relatórios oficiais do serviço de imprensa do Kremlin, o líder turco apoiou o presidente russo, mas o gabinete de Erdogan foi mais contido em sua avaliação da conversa: “Durante as negociações, foi enfatizado que ninguém deveria se beneficiar dos eventos na Rússia. ” Depois disso, o apoio a Putin foi expresso pelo Conselho de Segurança de Belarus.

Às 16:30 h, mesmo enfrentando ataques aéreos, o comboio do Grupo Wagner chegaram a região de Tula.

Diante dos acontecimentos, o mercados interno reagiu com queda na bolsa e a moeda foi alvo de um ataque especulativo.

Em torno de 5 mil combatentes do Grupo Wagner (supostamente liderados pelo comandante Utkin) chegaram a Moscou. O Procurador-Geral, os sites das agências de notícias da holding de mídia de Prigozhin “Patriota” RIA FAN, “Narodnye Novosti” e outros

Por volta das 17 h, os serviços governamentais bloquearam a saída da cidade de Efremov, na região de Lipetsk cavaram estradas, abrindo valas para bloquear a circulação de PMCs, em Kolomna bloquearam a ponte sobre o Oka, militares equipamento entrou na cidade.

Às 18:20 h, Sergei Sobyani, prefeito de Moscou, declarou a segunda-feira um dia não útil para todos, exceto para os trabalhadores de emergência, para a segurança dos moradores da capital.

Às 19:30 h, a tripulação do helicóptero Ka-52 foi abatido pelos combatentes do Grupo Wagners perto da aldeia de Talovaya na região de Voronezh havia morrido.

Por volta das 19:50 h, houve um ataque aéreo russo a uma ponte na vila de Brodovoye, distrito de Anninsky, região de Voronezh, caminho para a cidade fechada de Borisoglebsk-45. MD russo considerou a probabilidade de uma unidade do Grupo Wagner capturar uma unidade militar com armas nucleares existente na cidade.

Por volta das 20 h, Alexander Lukashenko, presidente de Belarus, devidamente autorizado por Putin fez um acordo político com Prigozhin. Como resultado do qual ele anunciou que estava mobilizando suas forças armadas e levando-as para acampamentos de retaguarda em troca de garantias para os wagneritas. Segundo a declaração de Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, o processo contra Prigozhin está sendo encerrado, e ele está de partida para a Bielorrússia (seguindo para um exílio), os combatentes do PMC “Wagner” estão isentos de processo criminal e continuam para servir sob contratos com do MD. Shoigu e Gerasimov permanecem em seus cargos.

De acordo com os dados mais recentes, 15 militares russos foram mortos em confrontos, a maioria tripulantes de sete aeronaves destruídas, incluindo uma aeronave Il-18 e um helicóptero de ataque Ka-52 Alligator.

https://www.abc.net.au/news/2023-02-11/putin-prigozhin-tensions-soledar/101960462

As consequências

A questão do repasse dos recursos é fundamental. O Grupo Wagner deve indenização no valor de 3 milhões de rublos para cada um dos nove mil mortos e vinte e um mil feridos, algo em torno de US$780 milhões.

Agora adicione um salário, com bônus, porque foram 3 milhões, para cada combatente. A média aritmética, aproximadamente, é de cerca de 1 milhão de rublos, para cerca de 35 mil pessoas, isso é 35 bilhões por ano. Além disso, existem as despesas de reabilitação, pagamento de próteses.

Existem ainda as despesas com treinamento, pagamento dos salários, compra de equipamento, a logística e tudo aquilo que envolve a manutenção do combatente no Teatro de Operações que deveriam ser repassados pelo MD russo e que os recusos recebidos até o momento, cerca de 80 bilhões de rublos, não pagam as despesas da ordem 144 bilhões de rublos.

Prigozhin era cobrado publicamente pelo desamparo das viúvas e órfãos. Ademais, Prighozin desde fevereiro não teve a prorrogação no âmbito do Ministério da Defesa de rentáveis e milionários contratos de prestação de serviços de alimentação e de limpeza dentre suas empresas, coincidindo com suas denúncias públicas de escassez de munições e sabotagem por parte do alto comando militar russo.

É importante ressaltar que Prighozin teve apoio discreto de parte dos oligarcas, parte do aparato militar e da inteligência (FSB, SVR e GRU) já que estes grupos corroboraram muitas das críticas que Prighozin fazia ao MD em relação a Guerra da Ucrânia.

A importância de Alexander Lukashenko, presidente de Belarus, foi grande, pois intermediou um acordo com Yevgeny Prigozhin para interromper a “Marcha para Justiça”, o retorno dos combatentes do Grupo Wagner aos quartéis, anistia ao participantes do movimento e o exílio (de Prigozhin) em Belarus. É importante reafirmar que os termos do acordo foram tratados em paralelo com Putin.

Não podemos esquecer que a criação do Grupo Wagner atendeu a uma demanda do Kremlin e é um dos seus instrumentos militares não oficial nas Américas, África e Oriente Médio, ou seja, é uma ferramenta útil na promoção dos interesses russos. O grupo tem vários contratos com o MD e outros ministérios nas áreas de logística e segurança. Vários oligarcas tem ligações com o grupo empresarial e pessoais com Prigozhin. O episódio humilhante, em todos os sentidos, provavelmente levará Putin a promover uma profunda reformulação no Grupo Wagner (ou até mesmo sua extinção, quem sabe?) e garantir que qualquer outra PMC jamais possa mais ameaçar o Estado novamente.

A Rússia é uma autocracia e tudo depende do líder, suas mediações e dos grupos de interesse que o apoia. O grupo de oligarcas próximos a Putin tem seus protegidos e interesses particulares, estes grupos que competem entre si e colaboram com o líder na medida em que este proteja/defenda/favoreça seus interesses. O estilo de liderança de Putin estimula a disputa entre os vários grupo de poder que concorrem por influência e impedem que um grupo torne-se forte o suficiente para desafiá-lo. O controle da burocracia e do sistema de inteligência por Putin é fundamental nessa equação.

Uma das análises mais populares e recorrentes na mídia era de Putin permitia que Progozhin criticasse a liderança militar para não ser ligado as falhas tão criticadas na condução da guerra na Ucrânia.

É importante afirmar que no embate com Prigozhin (e seus apoiadores), Putin recebeu a solidariedade e o apoio das lideranças políticas e econômicas internas e dos aliados internacionais. A opção por uma solução negociada e moderada (tão fora do estilo russo) foi visto como uma medida prudente para debelar logo a crise, sem criar maiores traumas na sociedade (onde Progozhin é popular), e mais à frente fazer as necessárias correções de rumo.

As medidas de correção já estão em andamento, Andrey Kartapolov, chefe do Comitê de Segurança da Duma, já havia se pronunciado pela necessidade de regulamentar e regular a atuação das PMCs na Rússia. O enquadramento das PMCs envolvidas na Guerra da Ucrânia deve levar a subordinação ao MD e aos comandantes de campo, acabando de vez a ampla autonomia para realizar operação que tinham. Essa seria uma medida racional e necessária para melhorar a eficácia das forças russas.O sistema político russo permite que Putin regulamente aos PMCs, como foi feito pelo MD, sem precisar da Duma, mas pelo visto existem limites que não devem ser ultrapassados (aqueles que afetam os interesses dos oligarcas).

No dia 27 de junho de 2023, Putin se reuniu com membros dos comitês de inteligência e de defesa para fazerem um diagnóstico da atuação do sistema de Inteligência e da defesa durante a crise. Em nosso entendimento, acreditamos que a linha dura russa deve ganhar mais espaço no governo. É muito provável que em breve tenhamos novidades.

De todo jeito, o episódio foi muito ruim para a imagem de Putin, mostrou divergências entre os grupos de oligarcas, militares e a comunidade de inteligência, que fazem parte do núcleo duro do governo e certamente provocou insegurança junto à população, algo que no futuro pode trazer instabilidade política.

O interessante é que não existe, no momento, a perspectiva de um afastamento de Putin do governo, em que pese as notícias recorrentes na mídia ocidental sobre seu estado de saúde. Lembro que na Rússia, os períodos de instabilidade, normalmente, correspondem aos períodos de alternância no poder e a chegada de uma nova liderança.

Putin muito provavelmente irá retaliar contra Yevgeny Prigozhin e os membros da elite política, militar e econômica que o apoiaram. Outro ponto dessa agenda dever ser uma série de expurgos e reformulações no MD e nos serviços de inteligência, não podemos descartar mudanças na estratégia de guerra na Ucrânia, pois o prolongamento da guerra pode ser um problema e o movimento de Prigozhin foi um alerta sobre a necessidade de correção de rumo. Resumindo: o prolongamento da guerra pode acarretar em enormes riscos políticos internos para a Federação Russa.

Imagem de Destaque: https://www.ft.com/content/2e934172-884a-4aa7-a7a2-38c61038a603

Fontes

– https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/o-que-putin-far%C3%A1-ap%C3%B3s-motim-do-grupo-wagner-e-outras-quest%C3%B5es-chave/ar-AA1d0ES6#:~:text=O%20que%20Putin%20far%C3%A1%20a,forte%2C%20mas%20sim%20bastante%20abatido.

– https://www.bbc.com/portuguese/articles/cnedpzr7gnro

– https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/quais-os-poss%C3%ADveis-impactos-do-motim-do-grupo-wagner-na-guerra-entre-r%C3%BAssia-e-ucr%C3%A2nia/ar-AA1cZITw

– https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/putin-supera-motim-mas-levanta-d%C3%BAvidas-sobre-sua-autoridade/ar-AA1d0628

– https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/motim-revelou-fissuras-reais-no-poder-russo-dizem-eua/ar-AA1d0KKS#:~:text=O%20motim%20promovido%20pelo%20grupo,diretamente%20a%20autoridade%20de%20Putin.

– https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/rebeli%C3%A3o-na-r%C3%BAssia-analistas-avaliam-futuro-do-grupo-wagner-e-popula%C3%A7%C3%A3o-teme-guerra-interna/ar-AA1d2mHq

– https://sputniknewsbrasil.com.br/

– https://port.pravda.ru/russa/

– https://www.themoscowtimes.com/

– https://www.aljazeera.com/

Professor de História formado pela UGF. Mestrado e Doutorado em História pela UFRJ. Autor de artigos sobre História Militar e Geopolítica.

Delegado de Polícia, historiador, pesquisador de temas ligados a conflitos armados e geopolítica, Mestre em Segurança Pública

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