Prof. Dr. Thiago da Silva Pacheco
Durante a II Guerra Mundial, o Serviço Secreto da Inglaterra (MI-6) usou jovens oficiais britânicos junto a populações locais em atividades de guerrilha, saboagem e assassinatos. Com o fim do conflito, os ingleses consideraram que, ao invés de recrutar tropas irregulares locais, suas Forças Armadas deveriam dispor de unidades de tropas irregulares, formadas a partir de seus próprios quadros.
Uma destas unidades era o SAS. Sua função era coleta de dados militares em território hostil, além de destruiçao de aeronaves, postos e pisas de pouso. Na guerra das Malvinas, apenas 28 homens do SAS se infiltraram além das linhas inimigas e aniquilaram onze aviões argentinos “Pucará” além de quatro helicópteros Puma e Chinook. Com isso, danificaram sériamente a capacidade da Argentina de apoiar suas tropas em solo.
A equipe também coletou informações sobre equipamento e moral do inimigo. Tais dados estavam indisponíveis pela cega Inteligência Britanica, dependente de ineficaz Inteligência Eletrônica e de lenientes adidos militares acomodados em Buenos Aires.
Este é um dos muitos exemplos de que a Inteligência se constitui de um mosaico de dados diversos. Confiar demais na Inteligência Humana é tão arriscado quando substituí-la por satélites.