O Conflito no Leste Europeu: Um balanço de um mês de operações militares

de

Prof. Dr. Ricardo Pereira Cabral

Uma das tarefas mais difíceis para um historiador é falar sobre um evento em andamento, ainda mais sendo, uma guerra. Neste fenômeno social interferem vários elementos (fricção, acaso, liderança, clima, atuação de outros Estados entre outros) e as mudanças na situação geral ora são rápidas, bruscas ou podem se alterar lentamente. Então vamos enfrentar esse desafio.

Em 24 de fevereiro de 2022, se nenhum aviso a Rússia invadiu a Ucrânia. A invasão por terra foi antecedida por um ataque cibernético a toda a rede lógica ucraniana e um ataque de mísseis as principais bases militares e estruturas de Comando & Controle das forças armadas e do governo ucraniano.

Quais eram os objetivos políticos russos no início da guerra? 1 – Reconhecimento por parte de Kiev das Repúblicas Populares de Donetsk e Lughansk e da anexação da Crimeias pelos russos, 2 – Compromisso da Ucrânia em não aderir a União Europeia e a Otan e 3 – Retorno da Ucrânia a condição de estado satélite russo. 

Vamos apresentar um quadro comparativo das Forças Armadas envolvidas.

As Forças Armadas ucranianas são parceiras da Otan desde 2004, já participaram de missões de paz e estavam (lentamente) modernizando seu arsenal com equipamentos oriundos de países da Aliança. Além disso, por seu passado como república soviética, tem um bom conhecimento das estratégias e táticas mais empregadas pelas Forças Armadas Russas.

O terreno e o clima

O clima pode desempenhar um papel decisivo na invasão russa da Ucrânia, com a previsão de chegada da “rasputitsa”, um fenômeno sazonal que transforma a terra firme em um lamaçal pouco favorável ao avanço de veículos militares. A palavra russa que significa “tempo das estradas ruins” é uma realidade bem conhecida na Ucrânia, na Rússia e em Belarus, onde o aumento da temperatura e o derretimento da neve na primavera e as fortes chuvas do outono se traduzem, duas vezes ao ano, em várias semanas de lama. A desvantagem dos ucranianos é que os russos conhecem muito bem esse fenômeno e tem experiência de combate nessas condições.

Em termos de relevo a cadeia de montanhas a oeste, pode dificultar o avanço das forças russas por ser um terreno mais favorável a defesa, apesar, como já mencionado, ser um terreno bem conhecido pelos russos. O mesmo no sul da Ucrânia no estuário do rio Dniepre e Dniester com suas área pantanosas podem dificultar as operações anfíbias.

A guerra

Neste conflito as assimetrias entre russos e ucranianos são extremas. A Rússia é a segunda ou terceira potência militar do mundo, dependendo do padrão de comparação, se forças nucleares ou convencionais. As forças armadas russas são incomparavelmente superiores em todos os sentidos. Se a maior parte do potencial militar russo fosse empregado, destruiriam as ucranianas em questão de horas (armas nucleares) ou semanas (forças convencionais), independentemente do nível do planejamento estratégico ou das lideranças.  As proporções comparativas entre os respectivos meios militares são de dezenas para centenas ou milhares, sendo que, em termos qualitativos, a vantagem russa também é extrema.

Após o ataque surpresa contra as principais bases militares e estruturas de Comando & Controle das forças armadas e do governo ucraniano as vantagens comparativas russas só se ampliaram. Inicialmente a infraestrutura urbana foi poupada.

Os russos deram início a invasão por terra, utilizando tropas aerotransportadas, paraquedistas, forças especiais e forças-tarefa blindadas em quatro eixos de progressão:

– Eixo Norte – progressão partindo de Belarus em direção à Kiev;

– Eixo Leste – progressão em direção geral à Kiev, em um movimento de pinça, neste eixo está a cidade de Karkhiv que foi cercada;

– Eixo Sudeste – na direção da região de Donbass, completar a conquista da região e proporcionar segurança as repúblicas de Donetsk e Lughansk, em um movimento de pinça;

– Eixo Sul – partindo da Crimeia em direção à Kherson, foram abertos dois eixos de progressão, ambos em direção Norte, para Kryvyi Rih e Zaporizhzhia ao longo de duas linhas principais, de Beryslav, ao longo da margem do Rio Dnieper, e de Snihurivka-Bereznehuvate para o Norte.

– Bloqueio naval pela Esquadra russa do Mar Negro à Odessa e em Berdyansk e Mariupol no Mar de Azov

– Não pode ser descartado a abertura de um novo eixo em direção à oeste a fim de bloquear as fronteiras da Ucrânia com a Polônia e com a Moldávia.

Cidades importante como Kiev, Maripol, Kharkiv e Sumy, apesar de cercadas e sob bombardeio, ainda estão sob controle dos ucranianos. Centros urbanos a oeste do rio Dnieper passaram a ser alvos dos mísseis russos e das incursões de aeronaves. A destruição de instalações críticas do governo e da infraestrutura urbana prossegue.

Ao longo da campanha os russos foram aumentando a intensidade de seus ataques com mísseis e passaram a utilizar a artilharia contra as cidades. A partir do 18º dia de campanha, os russos começaram a alongar seus fogos em direção à oeste, a fim de destruir centros de recebimento de equipamento bélico fornecido pela Otan e voluntários para se juntarem na luta contra os russos na fronteira com a Polônia.

A superioridade aérea permite aos russos eliminar equipamentos ucranianos mais sofisticados tão logo apareçam. Inicialmente usaram as armas mais antigas do seu arsenal, mas à medida que os ucranianos receberam mais meios de combate da Otan, os russos passaram a empregar PODs a fim de bloquear sistemas de pontaria de MANPADs, ATGM e SAM, além de usarem as armas mais sofisticadas do seu arsenal, em um recado direto a Aliança Atlântica.

O emprego de drones por ambos os exércitos é um sucesso na ofensiva, mas a defesa, até o momento, ainda não encontrou boas soluções para neutralizá-los.

Em nosso entendimento, o emprego dos sistemas de armas mais sofisticados, a partir do 20º dia da invasão, marca uma nova fase do conflito.

A primeira fase, foi um ataque com mísseis e da aviação aos principais centros estratégicos e de Comando e Controle ucranianos, a segunda fase a invasão terrestre, ambos descritos acima.

Entramos então na terceira fase, com o emprego de armas de precisão de longo alcance e alto poder destrutivo, visando os C&C sobreviventes, grandes unidades, focos de resistência, em paralelo o largo emprego de tropas altamente treinadas (paraquedistas e fuzileiros navais por exemplo) e forças especiais, além do avanço das unidades blindadas para a conquista dos objetivos militares, a retaguarda o emprego de forças especializadas voltadas para o desarmamento da população e ações cívico-sociais.

Nesta fase, a tendência é de um aumento do nível de violência e da destruição da infraestrutura civil, guerra de resistência com a luta no meio do povo, prolongando a luta sobre os escombros da Ucrânia na esperança que o desgaste e o impacto das sanções econômicas forcem os russos a se retirarem.  

As negociações

As seguidas rodadas de negociações esbaram nas exigências russa apresentadas à Ucrânia como condição para acabar com a guerra foram as seguintes:

1. Recusa de adesão à OTAN. Status neutro da Ucrânia, o que Kiev tem declarado que concorda;

2. O russo é o segundo idioma da Ucrânia. Cancelamento de todas as leis que restringem esse status.

3. Reconhecimento da Crimeia como território russo.

4. Reconhecimento da independência do DPR e do LPR dentro dos limites administrativos das regiões (incluindo os territórios agora controlados pela Ucrânia).

5. Desnazificação. Proibição das atividades de partidos e organizações públicas ultranacionalistas, nazistas e neonazistas, a abolição das leis existentes “sobre a glorificação de nazistas e neonazistas”.

6. “Desmilitarização da Ucrânia”. Uma completa rejeição de armas ofensivas;

As condições da Ucrânia são retirada das tropas russas de todo o território ucraniano, incluindo a Criméia e a região de Donbass.

Ao que parece as possibilidades de um acordo ainda estão longe.

O material bélico empregado

Os arsenais antes da guerra.

Vamos desdobrar essa tabela para o material bélico que foi empregado na campanha até o 30º dia de combates e está sujeita a atualizações.

TIPOUCRÂNIARÚSSIA
CAÇASMIG-29, Su-24, Su-25, Su-27Su-25, Su-27, Su-30, Su-34 e Su-35
AVIÃO DE VIGILÂNCIAAntonov Na-30A-50 Beriev
AVIÃO DE TRANSPORTEAntonov Na-26, Na-70 e Ilyushin II-76Antonov An12
HELICÓPTEROS ATAQUEMil Mi-24Ka-52, Mi-24, Mi-28 e Mi-35
HELICÓPTEROS TRANSPORTEMil Mi-8Mi-26
UCVA (drone) ATAQUEBayrakhtar TB2ORION
LOITERING MUNITION (drone kamikaze) ZALA Kub e ZALA Lancet
UCVA (drone) VIGILÂNCIA/RECONHECIMENTOORION-10, RQ-11 Raven, Bird-Eye 400 
CARROS DE COMBATET-64, T72 A e B1, T-80 e -84T-72/B3, T-80 e T-90
AUTOPROPULSADO2S19  Masta-S, 2S3 Akatsiya,  2S7 Pion2S19  Masta-S/2S19M1 e 2S19M2 Msta-SM2 2S7M Malka (203 mm)
LANÇA-FOGUETESVikha, BM-21 GradBM-30 Smerch/9ª53-S Tornado-S Tornado-G BM-21 Grad
LANÇA-MÍSSEIS 9K720 Iskander-M/SS-26
BATERIA DE MÍSSEIS TERMOBÁRICOS MLRS termobárico TOS-1A “Solntsepyok”.
ARTILHARIA2ª65, 2ª36, D-20 e D-302ª65 Msta-b, 2ª18 e D-30
TRANSPORTE DE TROPA BLINDADO LAGARTABMP-2MT-LB, BMP-2 e BMP-3
TRANSPORTE DE TROPA BLINDADO RODASBTR-80, BTR-70BTR-80/82ª
MANPADSFIM-92 Stinger, PIORUN, ISA-16 Igla-1, 
ATGMAT4, RPG-26, RPG-76, PSRL-1, M141 BDM, FGM-148 JAVELIN, MBT JLAW, M2 Carl Gustaf, Panzerfaust 3, M72 LAW, C90-CR, MILAN, APILASRPG-28, RPG-30
MÍSSEIS DE CRUZEIRONeptuneKalibir (naval) Iskander-M (terra) Kh-101 (avião)
MÍSSIL BALÍSTICO TÁTICOOTR-21 Tochka, Sapsan, 9K52 Luna-MSS-21 Scarab C,
MÍSSIL BALÍSTICO HIPERSÔNICO 9-A-7760 Kinzhal
MÍSSIL ANTI-NAVIO K-300P Bastion-P (defesa costeira) Kh-31 PM (AS-17 Kripton) (também anti-radar)
SISTEMA DE DEFESA AÉREABuk M1 e M#Strela-10
SAMSAM-300, S-300PS, S-300V1, AS-15 Gautlet, 9K37 Buk, 9K330 Tor,  S-125 Neva/Pechora e 9K33 OSAKH-31 (AS-17 Kripton)  
RIFLE ANTI-TANKPTRD-41 
Fragata de mísseis Almirante Grigorovich
Navio de Desembarque de Tropas (classe Alligator BDK-69) Orsk (afundado), Saratov, Tsesar Kunikov e Novocherkassak
https://www.oliberal.com/mundo/corrida-armamentista-veja-as-armas-usadas-por-russia-e-ucrania-na-guerra-1.512808

O fato dos russos começarem a Campanha da Ucrânia, empregando o material mais antigo de seu arsenal militar, seria porque estavam esperando uma resistência menor do que encontraram e foram surpreendidos com uma oposição desorganizada, mas, maior e violenta.

As operações mostraram as deficiências da logística russa em suprir suas forças, obrigando-os a fazer pausas para reagrupar tropas e principalmente ressuprir. Surgiram notícias, não confirmadas, que militares russos estão saqueando supermercados, postos de gasolina, depósitos e instalações a fim de se suprirem.

Observa-se seguidas falhas na inteligência russa no levantamento de alvos estratégicos com precisão, em relação a receptividade da população que os russos teriam durante a invasão e das possibilidades da defesa territorial por parte das milícias nacionalistas e forças da guarda ucraniana.

Outra falha gritante, é a questão do uso das mídias. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, um líder populista, tem pautado a imprensa internacional e quase todas as suas demandas são prontamente atendidas pelos EUA, EU e aliados. Os russos, além de sofrerem um boicote nunca visto pela mídia internacional, tem tido muitas dificuldades para apresentar sua versão dos acontecimentos e do desenrolar da guerra. Na área de comunicação social, já temos um vencedor e é a Ucrânia.

No entanto, apesar de todos esses problemas, o avanço russo tem se mantido constante, variando apenas quanto ao ritmo e a intensidade dos esforços nos eixos de progressão.

Desde os primeiros dias da invasão russa, a OTAN passou a apoiar os ucranianos enviando equipamento militar. Tropas russas tem capturados vários ATGM (sistemas portáteis de armas anti-carro) fornecidos pela Otan e entregue aos separatistas da região de Dombass, o armamento apreendido inclui Javelin, NLAW, Panzerfaust-3 e SA-16 Igla-1.

O governo norte-americano tem aprovado somas enormes para o fornecimento de ATGM, MANPADS (sistemas portáteis de defesa aérea) SA-8, SA-10, SA-12 e SA-14, que têm um alcance maior que os Stingers, permitindo que eles atinjam mísseis de cruzeiro, além dos drones kamikaze Switchblade.

O emprego eficiente de todos esses sistemas de armas, depois, claro, de seu recebimento em uma área segura e o treinamento dos operadores, pode alterar o cenário tático com repercussões no estratégico.

https://jcconcursos.com.br/noticia/brasil/russia-x-ucrania-governo-russo-proibe-protestos-de-cidadaos-contra-guerra-92146

Considerações sobre os últimos dias da Guerra Rússia x Ucrânia (do 20º ao 30º)

Verificamos que muitos analistas estão decepcionados com o avanço russo no território ucraniano, tendo em vista a assimetria existente entre as forças armadas dos dois países. Tais análises não atentaram para o detalhe que os russos, inicialmente, estavam utilizando apenas uma parte de suas forças e a operação estava sendo conduzida com cuidado, conduta que prevaleceu nos primeiros 15 dias de luta, poupando a infraestrutura urbana e procurando provocar um mínimo de baixas entres os civis.

Essa situação começa a mudar a partir do 15º dia da invasão com a feroz resistência das forças ucranianas, permanência de Volodymyr Zelensky no governo e o peso das sanções dos Estados Unidos, da União Europeia e seus aliados. A partir do 20º dia de combates, observamos uma série de mudanças:

– Os russos estão destruindo a infraestrutura das cidades sitiadas (provavelmente preparando um assalto contra elas);

– A chegada de novas tropas russas para manter o impulso do ataque;

– A permanência do gargalo logístico russo, apesar do uso cada vez mais intenso das ferrovias e dos aviões de carga;

– A superioridade aérea da VKS não permite a liberdade de movimentos das forças de resistência e nem a concentração de força para um contra-ataque (acredito que no momento os ucranianos não têm essa capacidade);

– O fornecimento de MANPADS, ATGM, UCAVs, SAM (soviéticos em estoque nas ex-repúblicas socialistas) pela Otan para a resistência ucraniana estão tornando as linhas de comunicações russas menos seguras e pode representar uma ameaça a sua superioridade aérea;

– Os efetivos ucranianos têm sido reforçados com voluntários e mercenários;

– Os russos estão se tornando mais eficientes nas contra-medidas para a neutralização MANPADS, ATGM, UCAVs e SAM recebidos pelos ucranianos, que mesmo assim não deixam de provocar perdas;

– Chegada de tropas russas especializadas em ações sociais e de engenharia nas áreas ocupadas para ganhar o apoio da população;

– o uso das armas mais poderosas do arsenal russo e o reforço das tropas em combate, longe de indicar um esgotamento das capacidades russas, indica a determinação russa de derrotar o inimigo (e ocupar o território ou parte dele?);

– Não se descarta o uso de armas químicas pelos russos, tendo em vista que já fizeram isso em campanhas anteriores, quando o inimigo oferecia uma resistência muito grande e havia o risco de ter muitas baixas e nas cidades;

– é provável que a ofensiva russa chegue ao leste para ocupar a linha de fronteira da ucrânia com a Polônia e a Moldávia;

– Aparentemente, os russos estão se preparando para uma longa guerra de atrito com a ocupação de parte do território ucraniano;

– a guerra de resistência dos ucranianos, como não poderia deixar de ser, tem sido marcada pela a agressividade, a criatividade e a audácia. A luta nas grandes cidades deve ser renhida, em consequência, o número de baixas entre os civis deve aumentar significativamente;

– devido ao peso das sanções, aos objetivos políticos iniciais, podem ter sido mudados, acrescentado a ocupação do litoral ucraniano de Odessa ao Mar de Azov e a maior parte do leste ucraniano (algo a ser confirmado) apesar das reiteradas negativas de Moscou;

– além de lutarem contra a invasão, os ucranianos lutam uma guerra por procuração da Otan, que não parece preocupada com o número de mortos;

– os russos não descartam o uso de armas nucleares na Ucrânia e não aceitam intervenções externas (?!!), como por exemplo tropas de outros países ou forças de paz;

Após 30 dias de combates a situação é a seguinte:

Já o mapa russo mostrando o seu avanço é bem diferente

Infelizmente, ao que tudo indica, a marcha da insensatez prosseguira com um risco cada vez maior de escalar envolvendo outros países, que pode ter como consequência a III Guerra Mundial

Imagem de Destaque: https://www.poder360.com.br/analise/vladimir-putin-ve-toda-a-ucrania-como-parte-da-russia/

Sites consultados:

https://odysee.com/@SputnikBrasil:8

https://www.bbc.com/

https://www.dw.com/pt-br/not%C3%ADcias/s-7111

https://www.aljazeera.com/

https://www.reuters.com/

https://tass.com/?utm_source=google.com&utm_medium=organic&utm_campaign=google.com&utm_referrer=google.com

https://www.poder360.com.br/analise/vladimir-putin-ve-toda-a-ucrania-como-parte-da-russia/

https://dciber.org/guerra-cibernetica-russo-ucraniana-licoes-para-o-brasil-e-o-mundo/

https://oglobo.globo.com/mundo/russia-expoe-falhas-militares-na-ucrania-que-podem-ser-exploradas-por-adversarios-no-futuro-25423954

https://www.forte.jor.br/2022/03/09/teatro-de-guerra-ucraniano-13o-dia/

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2022/03/08/rasputitsa-o-inimigo-meteorologico-de-putin-na-ucrania.htm

https://thealphengroup.home.blog/

https://www.aereo.jor.br/2022/03/23/a-superioridade-aerea-russa-na-ucrania/

https://www.oliberal.com/mundo/corrida-armamentista-veja-as-armas-usadas-por-russia-e-ucrania-na-guerra-1.512808

Professor de História formado pela UGF. Mestrado e Doutorado em História pela UFRJ. Autor de artigos sobre História Militar e Geopolítica.

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