A Passagem de Tonelero

de

Prof. Dr. Ricardo Pereira Cabral

Esta batalha foi travada durante a Guerra do Prata, tembém conhecida como Guerra contra Oribe e Rosas, que ocorreu entre 18 de agosto de 1851 e 3 de fevereiro de 1852, entre o Império do Brasil e a Confederação Argentina.

Em 17 de dezembro de 1851, ocorreu a Batalha do Passo do Tonelero, também conhecida como Passagem do Tonelero, foi uma batalha travada perto da falésia de Acevedo, na margem oeste do rio Paraná, Argentina, entre o Exército da Confederação Argentina comandado pelo general Lucio Norberto Mansilla e uma esquadra da Marinha Imperial Brasileira comandada pelo almirante John Pascoe Grenfell.

A esquadra brasileira era composta pela fragata a vapor “Dom Afonso”, comandado pelo Capitão de Fragata Jesuíno Lamego da Costa (futuro Barão da Laguna), pelas corvetas a vapor “Dom Pedro II” comandada pelo Capitão-Tenente Joaquim Raimundo de Lamare,  “Recife” comandado pelo Capitão-Tenente Antônio Francisco da Paixão), “Dom Pedro” comandada pelo Capitão-Tenente Vitório José Barbosa de Lomba; corvetas à vela “Dona Francisca” comandada pelo Capitão de Mar e Guerra Guilherme Parker, “União” comandada pelo Capitão-Tenente Francisco Vieira da Rocha e o brigue Calíope sob o comando do Primeiro-Tenente Francisco Cordeiro Torres e Alvim.

Imagem: Wikipedia

Para se opor à passagem, estavam 16 peças de artilharia e 2.000 soldados comandados pelo Genral Lucio Norberto Mansilla. O combate durou cerca de uma hora, os argentinos dispararam mais de 450 tiros de canhão na direção dos navios brasileiros, causando poucos danos aos navios de guerra, mas matando quatro marinheiros e ferindo outros cinco. Os navios de guerra dispararam de volta, embora não tenham causado nenhum dano maior às forças argentinas, matando apenas oito e ferindo vinte. Existem outras fontes afirmam que a artilharia argentina causou graves danos aos navios de guerra.

A Esquadra Imperial transportava metade das tropas que compunham a 1ª Divisão de Infantaria Imperial e as desembarcou em Diamante, Entre Ríos. Após essa fase da operação, parte dos navios voltou para trazer os outros batalhões que festavam aguardando em Colônia de Sacramento. O General Mansilla acreditava que a divisão brasileira ia atacar sua principal posição, com isso abandonou a posição, deixando para trás toda a artilharia e outros equipamentos.

Imagem: Wikipedia

A vitória brasileira restabeleceu a livre-navegação no rio Paraná e abri caminho para a decisiva Batalha de Monte Caseros.

Imagem de Destaque: Wikipedia

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Bibliografia

Barroso, Gustavo: A Guerra do Rosas. Fortaleza: Secult, 2000.

Disponível na Amazon neste link

– MAIA, João do Padro. A Marinha de Guerra do Brasil na Colônia e no Império.: tentativa de reconstituição histórica. Rio de Janeiro; Cátedra; Brasília: INL, 1975.

– Obras do Barão do Rio Branco VI: efemérides brasileiras. Rodolfo Garcia, organizador. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2012.

Sites consultados:

Wikipedia: Guerra do Prata

Professor de História formado pela UGF. Mestrado e Doutorado em História pela UFRJ. Autor de artigos sobre História Militar e Geopolítica.

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