Batalha de Nova Orleans

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Em 8 de janeiro de 1815, durante a Guerra de 1812 (ou da 2ª Independência) ocorreu a Batalha de Nova Orleans, quando os 4.732 americanos, sob o comando do major-general Andrew Jackson, derrotaram os 8.000 britânicos do major-general Sir Edward Pakenham. Jackson havia construído uma série de barricadas, em uma posição central, com um pântano de ciprestes a esquerda, a margem leste do Mississippi a sua direita. Na margem oposta, uma bateria de 20 canhões cobria sua posição. Ele liderou 968 soldados regulares, 164 marinheiros e 3.530 milicianos. Também estavam presentes 52 Choctaws (ínidos) e vários piratas sob o comando de Jean Lafitte.

Pakenham chegou no dia de Ano Novo. Ele esperava que seus soldados veteranos obtivessem uma vitória fácil. Ele bombardeou as posições de Jackson, mas os norte-americanos venceram o duelo de artilharia seguinte, destruindo 5 das 7 baterias britânicas. Um ataque britânico no flanco de Jackson foi repelido. O fracasso do ataque devastou o moral britânico. Eles abandonaram temporariamente suas armas. Pakenham liderou pessoalmente um grupo de resgate. Ele havia perdido 45 mortos, 55 feridos. Jackson perdeu 11 mortos e 23 feridos.

Em 5 de janeiro chegaram reforços e Sir Edward Pakenham planejou um novo ataque. O coronel Thornton lideraria 1.800 homens através do rio, apreenderia a bateria americana e a colocaria a posição norte-americana na linha de fogo, que quando empregada devastaria a as defesa norte-americanas. As colunas britânicas então seguiriam pela margem próxima e ao longo do pântano, contornando os dois flancos de Andrew Jackson. Um ataque geral completaria a vitória. A névoa da manhã esconderia os britânicos das armas dos norte-americanos.

Os engenheiros britânicos cavaram um canal para permitir que os barcos de Thornton chegassem ao rio. Mas as margens desmoronaram, forçando-o a arrastar os barcos por terra, custando-lhe 12 horas. Apesar dessas dificuldades os britânicos desembaram 600 homens do 85º Regimento de Infantaria a pé, marinheiros e fuzileiros da Royal Navy na margem oposta. Cerca de 700 milicianos do General Morgan, vindos de Kentucky e da Louisiana, foram mal desdobradas e facilmente desbaratadas. Na luta, os norte-americanos tiveram 6 mortos e 76 feridos (incluindo o próprio Morgan). Já os ingleses tiveram 2 mortos, 11 feridos, 19 desaparecidos. Morgan mandou que “cravassem” os canhões enquanto recuava, impedindo os inglese de usá-las.

A principal força de Pakenham atacou a tempo. O 95º Regimento de Rifles formou um grupo avançado. A neblina rapidamente se dissipou. As baterias e fuzileiros de Jackson abriram fogo, causando perdas devastadoras. As escadas destinadas a escalar as baterias de Jackson haviam sido extraviadas. Apenas alguns soldados britânicos subiram ao topo e foram facilmente repelidos. Pakenham e seu subcomandante, o major-general Samuel Gibbs, foram mortos. Os britânicos realizaram mais três assaltos que fracassaram. O major-general John Lambert assumiu o comando e ordenou uma retirada. Sua reserva cobriu os britânicos quando eles recuaram. As forças do coronel Thornton também recuaram.

Os norte-americanos tiveram 13 mortos, 39 feridos, 19 desaparecidos ou cativos. Os britânicos tiveram 291 mortos, 1.262 feridos, 484 desaparecidos ou cativos. A campanha geral custou a Jackson 55 mortos, 185 feridos, 93 desaparecidos ou cativos. Os britânicos perderam 386 mortos, 1.521 feridos, 552 desaparecidos ou cativos. Diante da derrota, o major-general John Lambert cancelou a campanha. Pouco depois, chegaram notícias do Tratado de Ghent e acabaram com a luta. As notícias da vitória se espalharam pelo país e continua sendo uma das batalhas mais famosas dos Estados Unidos.

Fonte: https://www.facebook.com/groups/2215774752

Tradução e adaptação: Prof. Dr. Ricardo Cabral

Professor de História formado pela UGF. Mestrado e Doutorado em História pela UFRJ. Autor de artigos sobre História Militar e Geopolítica.

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