O dia 14-15 de janeiro de 1797 marca a Batalha de Rivoli na 1ª Guerra de Coalizão quando Napoleão Bonaparte com 21.651 da infantaria francesa e 1.811 da cavalaria derrotaram 22.683 da infantaria dos Habsburgo e 1.776 da cavalaria do general Jozsef Alvinczi. Este perseguiu o marechal Joubert, que se juntou a Napoleão nas colinas de Trambasore. Alvinczi dividiu seus homens em 6 colunas. Koblos (4.334 homens), Lipthay (5.060) e Ocksay (2.682) atacariam o centro do dispositivo de Napoleão. Vukasović (1.169) e Gvozdanović (4.883) passariam por um desfiladeiro à sua direita. Lusignan (4.555) faria um amplo circuito ao redor das alturas e atrás da esquerda de Napoleão, bloqueando sua retirada.
Lipthay (à direita) e Koblos (à esquerda) enfrentaram a divisão de Joubert (9.853 pés, 205 cavalos). Snow segurou Ocksay. Às 04:00, Napoleão ordenou que Joubert contra-atacasse e tomar as colinas de San Marco, chave para o planalto. Alvinczi, esperando que ele ficasse na defensiva, ficou surpreso. Joubert repeliu seus inimigos, conquistando vários pontos fortes. Segurando-os alongou perigosamente seu dispositivo. Napoleão instalou baterias em cada posição. Um contra-ataque dos Habsburgos à direita de Joubert quase deu certo. Sem o paoio de sua artilharia, as tropas dos Habsburgos foram forçados a recuar.
Ao amanhecer, Ocksay chegou ao campo de batalha, posicionando-se à esquerda de Koblos. Alvinczi ordenou um ataque geral. Após 2 horas de luta feroz, a ala esquerda de Joubert cedeu. Lipthay juntou-se a Koblos no ataque ao centro do dispositivo de Joubert. Apesar da pressão incrível, os franceses aguentaram. Às 10:00, Napoleão enviou a divisão de Masséna (8.201 infantes, 419 cavaleiros), restabelecendo a situação. Apesar da falta de artilharia, os Habsburgos fizeram progressos constantes em todas as frentes. Apesar de recuos as tropas dos Habsborgos atacariam novamente. Joubert mais tarde o caracterizou esta fase da batalha como “10 horas de cargas e derrotas alternadas em ambos os lados”.
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Às 11:00, a posição de Napoleão era desesperadora. Gvozdanović, subindo o desfiladeiro de Rivoli à direita de Joubert, em direção aos postos avançados franceses, emergindo no Planalto. Ele instalou uma bateria de artilharia na retaguarda da ala direita de Joubert. Lusignan cortou a estrada sul, importante linha de comunicação dos franceses. Napoleão enviou o 18º Regimento de Linha para reabri-la. O corso deslocou homens e 15 canhões de seu centro para deter as forças de Gvozdanović. Os dragões dos Habsburgos avançaram sobre os franceses e caíram em uma tempestade de tiros à queima-roupa. A cavalaria retorcedeu, correndo pela infantaria que vinha a sua esteira.
Os canhões franceses então se voltaram contra a infantaria dos Habsburgos, acompanhada por uma bateria no flanco de Gvozdanović. As baixas foram terríveis. A brigada de Leclerc (1.150 infantes do 18º Regimento de infantaria, 419 cavalos, 1º Regimento de Cavalaria e o 15º Regimentos de Dragões) fizeram sua carga contra as tropas dos Habsburgos, quebrando suas linhas. Anton Lasalle, liderando 26 homens do 22º Regimento dos Caçadores à cavalo, capturou um batalhão e 5 bandeiras. O desfiladeiro estava agora apinhado de Habsburgos em fuga. Gvozdanović não conseguiu avançar seus reforços. Com sua posição agora era sem esperança de vitória, ele recuou.
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Napoleão então concentrou seus homens nas 3 colunas que atacavam seu centro. Às 14:00, a divisão de Rey (3.597 infantes e, 1.187 cavaleiros) e a brigada de Victor (1.800 homens) chegaram. Lusignan, lutando contra o 18º Regimento de Linha, foi atacado pela retaguardas e foi derrotado, menos de 2.000 homens escaparam. A cavalaria de Murat (322) deu continuidade ao ataque e caiu sobre flanco de Ocksay, forçando-o a recuar. A essa altura, o ataque de Alvinczi havia falhado. Ele interrompeu o ataque, atrasando a retirada para deixar Gvozdanović se juntar a ele.
Às 05:00, 15 de janeiro, todo o exército de Napoleão atacou. Alvinzci ordenou uma retirada geral. Seu exército maltratado e exausto simplesmente quebrou. A perseguição durou o dia todo. Napoleão perdeu 3.200 homens mortos/feridos, 1.000 cativos. Alvinczi perdeu de 3 a 4.000 mortos/feridos, de 8 a 11.000 foram feitos prisioneiros, 40 canhões e 11 bandeiras. Napoleão juntou-se ao cerco francês de Mântua, que se rendeu em 2 de fevereiro, fazendo 16.000 homens rpisioneiros e 1.500 canhões foram tomados. O Exército do Norte da Itália dos Habsburgos deixou de existir. Esta foi a maior vitória de Napoleão até aquele momento, garantindo o controle francês da região.
Fonte: Garret Anderson. This day, this battle.
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Tradução e Adaptação: Prof. Dr. Ricardo Cabral