Os U-boot na Segunda Guerra Mundial (1939-1942) – Parte 1

de

Prof. Dr. Ricardo Pereira Cabral

Introdução

Os submarinos tiveram um impacto significativo na Primeira Guerra Mundial. Os esquadrões de U-boats do Império Alemão entraram em ação na Primeira Batalha do Atlântico e foram responsáveis pelo afundamento de vários navios mercantes, de passageiros e de guerra durante a campanha de guerra submarina irrestrita que promoveram contra a navagação dos países Aliados.

A capacidade dos U-boats de funcionar como máquinas de guerra dependia de novas táticas, do número de atacantes e do desenvolvimento de tecnologias submarinas, como o sistema de energia diesel-elétrico, baterias, periscópios, torpedos, sonar, radar etc. Este primeiros submarinos era mais submersíveis do que verdadeiros submarinos, pois os U-boats operavam principalmente na superfície usando motores regulares, submergindo ocasionalmente para atacar utilizando a energia da bateria e depois se afastavam o mais rápido que podiam. Ao logo dos quatro anos de campanha na Primeira Guerra Mundial, os U-boats afundaram mais de 5.000 navios aliados.

O Tratado de Versalhes limitou a força de superfície da Reichmarine a 6 encouraçado ate 10 mil ton (a classificação correta na época seria de cruzadores), 6 cruzadores e 12 contra-torpedeiros. Para compensar a Reichmarine e depois Kriegsmarine nazista investiu no aperfeiçoamento tecnológico dos submarinos, na formação dos tripulantes e no desenvolvimento de táticas de combate.

A situação estratégica no mar não mudara com o advento do III Reich e de novo os submarinos foram utilizados pelos nazistas para compensar as fragilidades da Kriegsmarine em relação as Marinhas de Guerra Aliadas.

Aqui vemos o embate clássico entre o Poder Naval e o Poder Terrestre. As batalhas navais, por mais decisivas que fossem, só se transformam em vantagem para seu vencedor, se este conseguir impulsionar suas capacidades de combate em terra, onde o conflito será resolvido.

No caso da Segunda Guerra Mundial ganhar a guerra no mar era condição fundamental para o Aliados. Já para o III Reich o objetivo estratégico era não perder, daí a opção pela guerra de corso visando desgastar os Aliados e reduzir ao mínimo sua capacidade de receber suprimentos e reforços pelo mar. O principal embate no mar entre as forças do Eixo e dos Aliados foi a Batalha do Atlântico.

A Batalha do Atlântico foi a maior, mais longa e complexa batalha naval da História. A batalha começou logo no início da guerra, em 3 de setembro de 1938, quando os britânicos e franceses estabeleceram o bloqueio naval da Alemanha, que posteriormente seria estendido a todo Eixo, e foi até 8 de maio de 1945, quando da rendição do III Reich, durando 5 anos 8 meses e 5 dias. A batalha envolveu centenas de navios de guerra e mercantes em uma luta pela sobrevivência contra a maior Força de Submarinos da História.

A Marinha Real Britânica (Royal Navy) e a Marinha Francesa (Marine National, La Royale) estavam despreparadas para a Segunda Guerra Mundial. As duas marinhas tinham poucos porta-aviões, contratorpedeiros e corvetas, meios de superfície mais empregados na guerra contra os U-boots e na escolta de comboios. Os radares e sonares deixavam a desejar, as cargas de profundidade eram as armas mais eficientes, mas até elas precisavam de ajustes, bem como os torpedos.

Os maiores encargos no mar cabiam a Royal Navy que mal começou a guerra e já estava sobre carregada, desdobrada no mar do Norte e no Mediterrâneo para combater os corsários de superfície, os U-boots, os raiders da Kriegsmarine (os casos mais famosos foram o Graf Spee e o Bismark), escoltar os comboios e impor o bloqueio naval. A Aviação Naval, baseada em terra, para o patrulhamento costeiro era insuficiente, além disso a prioridade da Royal Air Force (RAF), naquela altura da guerra, era a produção de caças e de bombardeiros, além da vigilância sobre o Canal da Mancha, deixando outros Teatros de Operação, como o Mediterrâneo e o Atlântico Norte, em segundo plano. As coisas iriam piorar com a declaração de guerra da Itália e do Japão. Lembro que as Forças Armadas britânicas sofreram com os baixos orçamentos na década de 1930.

Em 1939, a Kriegsmarine também não estava pronta para a guerra, seu planejamento (como de toda a Wermacht) constava que a esquadra só estaria em plena de condição de combate em 1944. A construção naval estava concentrada na produção de navios de superfície e os U-boot estavam em segundo plano. O Konteradmiral Karl Dönitz, Comandante dos Submarinos, contava com poucos submarinos e com torpedos defeituosos (os melhores eram os de fusível de contato). Os submarinos de melhor aproveitamento eram o Type VII, de curto alcance e destinados a operar a partir das bases alemães e o Type IX de longo alcance.

Os Type VII, construídos de 1936 a 1945, foi o principal submarino da Unterseebootsflotille durante a guerra. Deslocavam 769/1084 ton na superfície e 871/1181 ton submersos (variando de acordo com o modelo), com um comprimento de 67 m, dois motores a diesel que lhe davam uma velocidade 17 nós na superfície e 7.6 nós submerso, um alcance na superfície de 8.500 milhas a 10 nós (o modelo VIIF a 14.700 milhas) ou 80 milhas a 4 nós submerso, podiam descer a uma profundidade de 230 m (ocorreram vários casos que desceram a 295 m), seu armamento constituía-se de 14 torpedos, 1 canhão de 88 mm e várias armas antiaéreas e podiam lançar minas (o número variava de acordo com o modelo do submarino e da mina), sua tripulação podia ter até 52 tripulantes, o arranjo mais comum era de 4 oficiais e 40 praças. Durante a guerra os alemães construíram 703 Type VII de várias categorias de A à F.

Os Type VII foram construídos de 1937 a 1945, e estavam destinados para operações de longo curso. Deslocavam 1.051 ton na superfície e 1.152 submersos, com um comprimento de 76.5 m, dois motores a diesel que lhe davam uma velocidade 18 nós na superfície e 7.7 nós submerso, um alcance na superfície de 13.450 milhas a 10 nós ou 63 milhas a 4 nós submerso, podiam descer a uma profundidade de 230 m, seu armamento constituía-se de 22 torpedos, 1 canhão de 105 mm, sua tripulação normalmente, era de 4 oficiais e 44. Estes números variavam um pouco de acordo com a classe. Os alemães produziram 194 em quatro classes A à D. Um dado interessante, esses U-boot de longo alcance, normalmente, eram equipados com aeronaves de asas rotativas, rebocadas com o rotor Focke-Achgelis Fa 330 Bachstelze guarnecido por um vigia para observar a maior distância.

A Batalha do Atlântico

A fim de facilitar a leitura vamos dividir a Batalha do Atlântico em duas partes.

A Kriegsmarine antes mesmo da declaração de guerra lançou ao mar os encouraçados Deutchland e Admiral Graf Spee (já navegavam pelo Atlântico desde agosto), alguns contra-torpedeiros, navios mineiros e a maioria dos U-boots disponíveis.

Tão logo declarada a guerra e o bloqueio, a Kriegsmarine declarou o contra-bloqueio e deu início as operações contra o comércio com navios de guerra de superfície, ações de minagem dos postos dos aliados, cruzadores mercantes armados, aviões e submarinos. O resultado dessa antecipação foi que poucas horas após a declaração de guerra o SS  Athenia, um navio de passageiros, foi afundado pelo U-30.

1939

Aplicando as lições aprendidas durante a 1ª Guerra Mundial, a Royal Navy adotou uma estratégia agressiva contra os U-boots: a formação de grupos de caça antissubmarino, constituídos por corvetas e posteriormente por cruzadores e contratorpedeiros, com a missão de patrulhar as linhas de comunicação marítimas, posteriormente, foram sendo acrescentados porta-aviões e aviões baseados em terra para realização de patrulhas de longo alcance. Inicialmente, essa estratégia se revelou pouco eficaz, mas com aperfeiçoamentos constantes nos meios de detecção (radar e sonar) e nos meios (aviões e navios) se revelaria um sucesso.

Além dos U-boot, as Marinhas aliadas tinha que lidar com os cruzadores e corsários disfarçados que atacavam os navios mercantes nas linhas de comunicação marítimas (rotas de navegação), para tanto foram organizados esquadrões com porta-aviões, cruzadores e contratorpedeiros para caçá-los. um bom exemplo foi a caçada e afundamento do Graf Spee, em Montevidéu.

A inteligência britânica teve uma participação fundamental na quebra dos códigos alemães das máquinas Ultra e Lorenz. Os decifradores de códigos de Bletchley Park fizeram um excelente trabalho., que conjugado com as interceptações de comunicações, análise do tráfego de comunicações entre outras foram aos poucos dando vantagens aos Aliados na guerra contra os U-boots. 

Em 14 de setembro de 1939, o porta-aviões mais moderno da Grã-Bretanha, o HMS Ark Royal, evitou por pouco ser afundado quando três torpedos do U-39 explodiram prematuramente. O U-39 foi forçado a emergir e foi afundado pelos contratorpedeiros de escolta, tornando-se a primeira perda de U-boot da guerra. Em 17 de setembro, foi a vez dos U-boots obtiveram um grande sucesso com o U-29 afundando o porta-aviões o HMS Courageous.

Em 14 de outubro, em uma operação de grande ousadia de Dönitz, o U-47, comandado pelo korvettekapitän Günter Prien, penetrou na Base Naval de Scapa Flow, nas ilhas Orkney(Escócia),  e afundou o encouraçado HMS Ark Royal.

Aliás, de setembro a dezembro de 1939, os U-boots afundaram 221 navios ou 755.237 toneladas brutas, ao custo de nove submarinos. Uma demonstração do que estava por vir…

O inverno rigoroso prejudicou as operações dos U-boot no Atlântico Norte, pois as principais bases ficavam no mar Báltico e o gelo não permitia a sua saída dos portos. Outro fator era o pequeno número do Type IX mais indicado para operações de longa distância. Mas mesmo assim havia a necessidade de voltar para o porto de origem, se reabastecer de suprimentos, torpedos, munição, realizar reparos etc, fazendo com as patrulhas variassem de 15 a 30 dias dependendo do empenho do submarino. Nos primeiros meses de guerra, Dönitz conseguia manter em torno de 70% da frota de U-boots operando, um número muito elevado de disponibilidade.

Nos primeiros meses de guerra foram feitos vários experimentos tanto no nível do submarino, enquanto máquina de guerra, quanto nas táticas. Com relação a esta última, o inovador sistema de concentração de submarinos contra alvos compensadores como os comboios, conhecido como rudeltaktic (matilha de lobos) ou em determinadas parte das linhas de comunicação marítimas, a utilização da aviação de patrulha para designar alvos etc, mostrou ser o mais eficiente e mesmo assim foi continuamente aperfeiçoado.  

Vamos dar uma ideia de como era a rudeltaktic. Inicialmente os submarinos se distribuíam em uma linha ao longo do curso projetado de um comboio. Ao avistar um alvo, eles se comunicavam com o comando da flotilha de submarinos que coordenava a ação e determinava o ponto de reunião para atacar em massa e sobrecarregar os navios de escolta. Enquanto as escoltas perseguiam submarinos individuais, o resto da matilha atacava os navios mercantes impunemente. A fragibilidade dessa tática era que os submarinos deviam se comunicar com frequência com o comando.

Ao longo de toda a guerra, os alemães estavam continuamente aprimorando as máquinas, baterias, periscópios, sistemas de detecção, sistemas de comunicação, radares, sonares, os torpedos e os cascos dos submarinos afim de dar-lhes mais velocidade submerso e reduzir as possibilidades de detecção.

No começo da guerra, as tripulações de U-boots eram bem treinadas e, principalmente, doutrinadas, a maioria absoluta era constituída por nazistas, muitos deles muito comprometidos. Durante as patrulhas ocorriam sessões de doutrinação com o objetivo de levar o moral e manter a tripulação focada na missão em um ambiente de elevado nível de stress. Lembro que os submarinos mudaram muito pouco no que se refere a conforto em relação a Primeira Guerra Mundial e as condições de vida eram muito duras. A medida que a guerra avança, ocorreram perdas de comandantes e tripulações veteranas bem sucedidas, devido ao sucesso dos Aliados em afundá-los.

1940

O ano começou com a decisão de Hitler de invadir a Dinamarca e a Noruega (Operação Weserübung), provocando mudanças na distribuição de submarinos (e de parte da força de superfície) do Atlântico para apoiar a invasão. Longo em seguida veio a ofensiva e a conquista da França, Bélgica e a Holanda, que foram vantajosas para os U-boots.

A entrada da Itália na guerra ao lado da Alemanha, vai ampliar os problemas dos britânicos, pois tiveram que reforçar a Esquadra do Mediterrâneo.

Após terem derrotado a França, os nazistas vão utilizar uma série de bases no Atlântico, Lorient, Brest, Saint-Nazaire, La Rochelle (la Pallice) e Bordeaux para acomodar a Unterseebootsflotille. Estas bases davam acesso direto ao Atlântico e ao Canal da Mancha facilitando a ação dos U-boots e ampliando o seu raio de ação para o oeste (próximo à costa do EUA e do Canadá, por exemplo), a permanecerem mais tempo em patrulha e a contarem com Luftwaffe para o patrulhamento naval (ainda que com um número insuficiente de aviões destacados para essa missão). Dönitz implantou nessas bases as suas melhores tripulações.

O resultado foi que de junho a outubro de 1940, mais de 270 navios aliados foram afundados: este período foi chamado pelas tripulações de submarinos como “Die Glückliche Zeit” (tempos felizes), que foi de junho de 1940 até fevereiro de 1941. Além das bases, da competência das tripulações e da utilização da tática da matilha, contribuíram para o sucesso dos U-boots as (poucas) aeronaves disponibilizadas Luftwaffe, os Focke-Wulf Fw 200 Condor e Junkers Ju 290 de longo alcance baseadas em Bordeaux e Stavanger, que foram usadas para reconhecimento, a quebra do Código Naval Britânico nº 3 que permitiram aos alemães estimassem onde os comboios passariam e a entrada dos submarinos italianos (foram empenhados até 32 subs) na Batalha do Atlântico.

Empregando a Tática da Matilha os submarinos atavavam o comboio, normalmente à noite. Em vez de serem enfrentados por um submarino, as escoltas de comboios tinham que lidar com grupos de até meia dúzia de submarinos atacando simultaneamente. Lembro que para serem eficientes duas ou três escoltas deveriam atacar um submarino. Aproveitando-se da confusão que o ataque criava, os comandantes de U-boots mais ousados penetraram na área de proteção e atacavam dentro das colunas de navios mercantes.

Os navios de escolta, naquela altura da guerra, basicamente, corvetas, eram poucas e muitas vezes não tinham resposta para vários submarinos atacando na superfície à noite, pois seu ASDIC só funcionava bem contra alvos subaquáticos. Os primeiros radares marítimos britânicos (rastreando em bandas métricas) também não conseguiam determinar com exatidão os alvos e o alcance. Além disso, as corvetas eram  lentas para atacar um submarino na superfície.

HMS Clare (Classe Town norte-americana)
https://uboat.net/allies/warships/ship/4328.html

A solução encontrada pela Royal Navy foi aumentar o número de navios de escolta, que se tornara possível após o recebimento de 50 contratorpedeiros dos norte-americanos (a maioria da classe Town, navios construídos entre 1917 e 1920, já obsoletos para a guerra antissubmarino do período), criaram grupos de escolta permanente (2 ou 3 contratorpedeiros e 6 corvetas), reforçaram o treinamento das tripulações, também acrescentaram (sempre que possível) porta-aviões as escoltas, utilizando a aviação (neste primeiro momento sem o alcance necessário e tripulações treinadas para a guerra contra os U-boot) aperfeiçoando o sonar, o radar (de ondas curtas capazes de detectar os U-boot navegando na superfície), as táticas antissubmarino (AS) e a introdução de uma classe de corvetas especializada em guerra AS, a classe Flower.

A situação começa a virar contra os U-boot no período de Março a Mai de 1941, quando esse conjunto de medidas começam a funcionar. Os U-boot passaram a sofrer mais baixas a cada ataque e vários de suas tripulações veteranas são afudadas ou capturadas. Dönitz resolve atacar os comboios em pontos da rota mais afastados, mas as perdas continuam a crescer, mas por que?

Porque no período de Junho a Dezembro de 1941, britânicos e canadenses resolveram dividir as escolta de comboios, da Terra Nova até a Islândia ficava por conta da Marinha Real Canadense, de lá até Liverpool ficava por conta da Marinha Real. As flotilhas de comboios foram reforçadas e houve maior cooperação da Força Aérea dos dois países.

Um ponto fundamental foi o fato dos Estados Unidos criarem a Zona de Segurança Pan-Americana e depois sua extensão até a Islândia. Além disso, a US Navy passou a escoltar os comboios até a Islândia, lembro que os EUA eram “neutros” e apesar disso todo o avistamento dos U-boot era relatado com a localização precisa em comunicação aberta para o comando de operações navais do Atlântico nos Estados Unidos, facilmente acessível aos britânicos e canadenses. Os norte-americanos também forneceram aviões Catalina e bombardeiros Liberator, já os britânicos compartilhavam tecnologias críticas de guerra AS com os norte-americanos. Esse conjunto de medidas afetava diretamente a ação dos U-boots e o III Reich protestou afirmando que essas ações eram incompatíveis com o estatuto de “país neutro”.

Um outro fator crítico que afetou o desempenho dos U-boots foi a captura da máquina de códigos Enigma, do U-33, e de todo o material criptográfico que estava no U-110, e sua consequente decifração pela inteligência britânica em Bletchley Park. Esse fator daria uma vantagem significativa aos britânicos, na proteção dos comboios.

A Enigma era fundamental para Dönitz, pois o comando e controle de toda a operação dos U-boots exigia volumes relativamente grandes de tráfego de rádio entre os submarinos e o comando central. Isso foi pensado para ser seguro, pois as mensagens de rádio eram criptografadas usando a Enigma, cujo código era considerado inquebrável. Além disso, a Kriegsmarine usava procedimentos operacionais muito mais seguros do que a Heer (Exército) ou a Luftwaffe (Força Aérea). Os três rotores da máquina foram escolhidos de um conjunto de oito (em vez de cinco dos outros serviços). Os rotores eram trocados a cada dois dias usando um sistema de folhas de chave e as configurações de mensagem eram diferentes para cada mensagem e determinadas a partir de “tabelas de bigramas” que eram emitidas para os operadores. Dönitz, sem saber da quebra do seu código secreto, aumentou o número de U-boots em operação e lançar ao mar um aperfeiçoamento do Type VII, o modelo C.

Conclusão Parcial

A Batalha do Atlântico seguia com ligeira vantagem para os U-boot, pois se os comboios estavam melhor protegidos, pelas inovações tecnológicas e táticas introduzidas pelos britânicos, além do apoio (fundamental) dos Estados Unidos, por outro lado, os alemães também estavam constantemente aperfeiçoando os seus submarinos e conseguiram reduzir, em um primeiro momento, as perdas de submarinos, apesar da redução do número de afundamentos dos navios mercantes.

Em termos estratégicos a vantagem dos Aliados só se acentuaria com a entrada dos Estados Unidos na guerra, Nesse momento da Batalha do Atlântico, as perdas de navios mercantes impactava diretamente o esforço de guerra do Império Britânico, que lutava sozinho contra o Eixo.  

Imagem de Destaque: U-boat Type VII A – http://dubm.de/en/type-vii/

Bibliografia

Este livro de autoria de Jonathan Dimbleby é, na minha opinião, atualmente o melhor sobre a Batalha do Atlântico e recomendo para todos que se interessam pela guerra no mar. Infelizmente não está traduzido para o português. Link para a Amazon:

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Recomendo como um manual sobre a Segunda Guerra Mundial, pois aborda e analisa todas as fases da guerra com profundidade. Max Hastings fez uma excelente revisão bibliográfica e o livro está bem atualizado. Toda a pesquisa que faço e os ensaios que escrevo sobre a Segunda Guerra tem essa obra como ponto de partida. Link para a Amazon:

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Sites consultados

https://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_the_Atlantic

https://uboat.net/ (o melhor site sobre submarinos alemães)

https://www.history.navy.mil/browse-by-topic/wars-conflicts-and-operations/world-war-ii/1942/atlantic.html

https://www.warmuseum.ca/learn/dispatches/the-royal-canadian-navy-and-the-battle-of-the-atlantic-1939-1945/#tabs

https://www.iwm.org.uk/history/what-you-need-to-know-about-the-battle-of-the-atlantic

Professor de História formado pela UGF. Mestrado e Doutorado em História pela UFRJ. Autor de artigos sobre História Militar e Geopolítica.

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