Em torno da guerra eram um fio comum de semelhanças em todas as sociedades e culturas celtas, desde o surgimento mais antigo da cultura Hallstatt (séculos XII-VI aC) até a cultura La Tene (séculos V a I aC).
A guerra estava entrelaçada nas estruturas sociais, arte, religião e estilo de vida celtas, e os celtas adquiriram uma reputação de guerreiros entre seus vizinhos no mundo antigo. Enquanto as sociedades celtas tendiam a ser menos organizadas do que suas contrapartes mediterrâneas, os artesãos celtas trabalhavam ferro, bronze e ouro com tremenda habilidade, e muitas inovações tecnológicas relacionadas à metaludrgia se originaram com os celtas.
Os guerreiros celtas eram conhecidos por seus cabelos longos e físico imponente. Eles são retratados na arte grega com seus distintivos escudos longos (painéis de madeira cobertos com couro decorado) e espadas longas. Tal era o respeito pelos guerreiros celtas que os reis helenísticos que derrotavam os exércitos gálatas recebiam o título de soter, que significa “salvador”. Embora os exércitos gálatas fossem quase sempre derrotados por seus inimigos mais disciplinados e mais bem equipados em batalhas individuais, uma vez conquistados, eles lutaram com sucesso como mercenários em muitos exércitos helenísticos e romanos.
Relativamente pouco se sabe sobre a sociedade celta devido ao viés das fontes clássicas que descrevem os celtas e a ambiguidade das evidências arqueológicas. É até aparente que a estrutura das sociedades celtas era bastante diversificada, com realeza sacra, coalizões tribais e até estruturas políticas republicanas existentes em diferentes épocas e lugares.
Imagem de Destaque: https://conhecimentocientifico.com/celtas-quem-foram/
Fonte: https://www.instagram.com/p/CLcd0KPn3I7/
Tradução e Adaptação: Prof. Dr. Ricardo Cabral
Professor de História formado pela UGF. Mestrado e Doutorado em História pela UFRJ. Autor de artigos sobre História Militar e Geopolítica.