China impõe sanções a subsidiárias ligadas aos EUA da construtora naval sul-coreana Hanwha Ocean

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A China anunciou recentemente sanções contra cinco subsidiárias ligadas aos Estados Unidos da construtora naval sul-coreana Hanwha Ocean, em meio à crescente disputa comercial com Washington. A decisão provocou forte queda nas ações da empresa e ampliou as tensões no setor marítimo internacional.

Segundo o Ministério do Comércio chinês, organizações e indivíduos na China estão proibidos de realizar transações, cooperação ou atividades relacionadas às unidades da Hanwha Ocean envolvidas. O órgão afirmou que essas subsidiárias “auxiliaram e apoiaram atividades investigativas do governo dos EUA, comprometendo a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China”, sem fornecer detalhes adicionais.

O anúncio coincidiu com a entrada em vigor de novas tarifas portuárias entre os Estados Unidos e a China, aplicadas mutuamente sobre navios de ambas as nações. Pequim, no entanto, isentou embarcações de fabricação chinesa das novas taxas.

Após a divulgação das sanções, as ações da Hanwha Ocean encerraram o pregão com queda de 5,8%, enquanto a concorrente HD Hyundai Heavy recuou 4,1%. A empresa não respondeu a pedidos de comentário da agência Reuters.

O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul informou que está analisando o impacto da medida e pretende dialogar com autoridades chinesas, outros ministérios e representantes da indústria para mitigar os efeitos econômicos.

Em agosto, a Hanwha anunciou um investimento adicional de US$ 5 bilhões no estaleiro norte-americano Philly Shipyard, adquirido em 2024 por US$ 100 milhões. O aporte faz parte de um esforço conjunto entre Washington, Seul e Tóquio para revitalizar a indústria naval dos Estados Unidos, que enfrenta dificuldades para competir com a China, especialmente na produção de embarcações militares.

A Hanwha mantém um estaleiro na província chinesa de Shandong, responsável pela fabricação de módulos de componentes navais que são enviados para montagem final na Coreia do Sul.

O governo do presidente Donald Trump anunciou neste ano novas tarifas sobre navios ligados à China, com o objetivo de reduzir a influência de Pequim no setor marítimo global e impulsionar a construção naval norte-americana. Em resposta, o governo chinês afirmou que as medidas dos EUA representam uma violação do direito internacional e das normas básicas das relações internacionais.

Fonte: CNN Brasil

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