Fornovo di Taro: A rendição alemã para o Exército brasileiro

de

Prof. Esp. Pedro Silva Drummond

A Segunda Guerra Mundial iniciou-se em 1939, após a invasão da Alemanha à Polônia, desencadeando um conflito que durou até 1945. O Brasil declara guerra ao Eixo em 1942, após diversos navios serem afundados pela Alemanha. Após dois anos da declaração de guerra, 1944, o Brasil envia à Europa a FEB (Força Expedicionária Brasileira), com um contingente de 25.000 homens que desembarcaram na Itália para o Teatro de Operações no Mediterrâneo.

Na Itália, a FEB se uniu ao IV Corpo do Exército dos Estados Unidos, que integrava o V Exército dos EUA, com o intuito de libertar a Itália, derrotando os alemães e não permitindo os deslocamentos das tropas alemães para outros Países da Europa.

Nesse período o Brasil conquistou grandes vitórias na guerra, como as tomadas de Monte Castelo e Montese e a rendição da tropa alemã em Fornovo di Taro.

A conjuntura que ocorreu a rendição em Fornovo di Taro, é final de conflito na Itália para o Brasil. Nos dias que ocorreram a rendição, a FEB já tinha saído vitoriosa em Monte Castelo (21 de Fevereiro de 1945), Montese (14 de Abril de 1945) e outros territórios, antes da rendição das tropas alemãs em Fornovo di Taro, em 30 de Abril de 1945, e poucos meses antes da volta dos primeiros soldados para o Brasil (18 de Julho de 1945).

O envio das tropas brasileiras para a região de Fornovo di Taro ocorreu após o início da Operação Grapeshot ou Ofensiva da Primavera, que objetivava derrotar as tropas do Eixo estabelecidas no Vale do Pó, antes que pudessem sair da Itália.

No dia 26 de Abril de 1945, as tropas brasileiras iniciaram os ataques. No dia seguinte, surge uma figura central na rendição das tropas alemãs, o padre de Neviano di Rossi, Dom Alessandro Cavalli, que mediou à rendição, desejando evitar mais derramamento de sangue.

Depois de muitas discussões, no final do dia 28 de Abril, as tropas alemãs aceitaram se render. O Major Kuhn compareceu no Posto de Comando Brasileiro, com uma bandeira branca, e após as discussões sobre a forma da rendição. O restante das tropas compostas pela 148ª Divisão de Infantaria, 90ª Divisão Panzergrenadier e de italianos da Divisão Bersaglieri, totalizando cerca de 14.779 homens, 4.000 cavalos, 2.500 viaturas e 80 canhões acabaram se rendendo.

A rendição gerou diversos elogios a FEB, como o feito pelo General Mark Clark, Comandante do V Exército de Campanha:

“Foi magnífico o final de uma atuação magnífica”.

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Especialização em História Militar pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Graduação em História (Bacharel e Licenciatura) pela Universidade Gama Filho (UGF), autor de Artigos em História Militar.

1 comentário em “Fornovo di Taro: A rendição alemã para o Exército brasileiro”

  1. Detálhe: A força aérea americana, (devido ás fortes nevascas) foi impedida de abrir caminho para o avanço das tropas brasileiras. O que levou em torno de três semanas, para limpar o tempo.
    Foram então, três tentativas frustradas, com altíssimas perdas de soldados.
    Após, o “amaciamento” das tropas alemãs, pelas bombas dos aviões, aí, sim foi possivel, as tropas brasileiras terem exito.

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