Rodolfo Queiroz Laterza[1] e Ricardo Cabral[2]
Introdução
No dia 24 de fevereiro de 2022, a Rússia deu início a “operação especial” na Ucrânia. As forças russas prosseguiram por cinco eixos de progressão: Kharkiv, Izium, Donbass, Zaporizhzhia e Kherson. O Ocidente, acostumado aos avanços avassaladores dos norte-americanos nas suas guerras contra forças desatualizadas de países pobres ou em desenvolvimento, interpretou de forma completamente equivocada o desenrolar das ações. A fim de deixar nosso leitor atualizado vamos apresentar um balanço tático e estratégico sobre as operações em terra desenvolvidas pelas forças russas na Ucrânia.
SÍNTESE OPERACIONAL DO INÍCIO DO CONFLITO
A Guerra da Ucrânia ultrapassou 5 meses, sem perspectiva de resolução por meios diplomáticos ou de um cessar-fogo imediato e duradouro. As batalhas nos eixos de Kharkiv, Izium, Donbass, Zaporizhzhia e Kherson se tornam lentas e sujeitas a modificações pontuais na esfera tática-operacional, gerando perspectivas e cenários que podem influenciar a dinâmica do conflito para uma maior escalada.
A estratégia inicial da Rússia consistia em uma operação de alta mobilidade, com a formação de cercos aos grandes centros urbanos através da abertura de 5 frentes em território ucraniano (eixos de Kiev- Sumy, Kharkhiv, Donbass, Zaporizhzhia e Kherson. Esta fase da operação especial levou a uma ocupação, até o final de abril, de quase 40% do território da Ucrânia, empenhando um efetivo bem modesto (nos primeiros dias 50 mil soldados para um ápice de 150 mil semanas depois). O objetivo, provavelmente, era obter uma rendição rápida do Governo ucraniano e imposição de negociações com um novo Governo que aderisse às seguintes medidas:
– revogação da legislação que proíbe o idioma russo nas repartições oficiais e no sistema de rádio e televisão;
– aprovação na Constituição da Ucrânia de neutralidade nas relações internacionais e proibição de bases estrangeiras no território nacional;
– reconhecimento da independência das repúblicas de Donetsk, Luhansk e da anexação da Crimeia;
– decretação da ilegalidade de todas formações políticas e paramilitares que os russos alegavam serem de extrema direita (neonazistas e ultranacionalistas).
Em nosso entendimento, a estratégia inicial russa tinha objetivos políticos bem definidos, os quais pretendiam atingir empregando um efetivo militar relativamente, pequeno com o uso mínimo da força a fim de poupar a infraestrutura civil e angariar o apoio da população. Provavelmente calcularam que o governo ucraniano cairia rapidamente, lhes possibilitando reintegrar a Ucrânia à área de influência russa.
Diante do fracasso da estratégia inicial acima relatada e da ausência de qualquer efeito prático dos acordos de Istambul, os russos retiram suas forças das regiões de Kiev, Sumy e Chernihv. Estas cidades estavam cercadas. Essa parte da operação foi muito criticada nos círculos militares russos. No Ocidente, este recuo foi propagandeado como êxito estratégico da resistência ucraniana. Diante desse cenário, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a União Europeia (UE) resolveram ampliar o apoio militar à Ucrânia por intermédio do fornecimento de uma ampla gama de sistemas de armas, munições e equipamentos, tais como UCAV (veículo aéreo de combate não tripulado ou Unmanned Combat Aereal Vehicle (UCAV), suporte tático de inteligência de sinais, reconhecimento e compartilhamento de informações coletadas no teatro de operações por satélites e aeronaves de alerta antecipado e controle aéreo (Airbone Earty Warning Control, AWACS) operativas em países fronteiriços, mas com amplas capacidades de inteligência, vigilância, aquisição de alvos e reconhecimento (Intelligence, Surveillance, Target Acquisition and Reconnaissance, ISTAR).
O fracasso dos “acordos de Istambul” geraram expectativas de resolução pacífica do conflito em setores políticos russos mais ligados à política externa. Tais expectativas geraram uma situação política comprometedora ao esforço militar e à estratégia política russa, o que exigiu um realinhamento político-militar-estratégico do esforços russos. Nesse sentido, Moscou optou por priorizar, em maio, a região de Donbass.
CONTEXTOS SITUACIONAIS E PREDIÇÕES DOS PRINCIPAIS TEATROS DE OPERAÇÕES
Em relação às forças russas, são as seguintes perspectivas operacionais que vêm se desenvolvendo, principalmente em Donbass:
– completar o cerco e ocupação de Seversk, Bahmut e Soledar;
– cercar a região de Slavyansk com destruição das profundas linhas de defesa ali estabelecidas – são 30.000 combatentes ucranianos entrincheirados em áreas urbanas densamente povoadas, dotados de inúmeros sistemas anticarro, centenas de blindados e sistemas de artilharia. As forças russas, provavelmente, vão empregar a mesma abordagem tática que fizeram em Severodonetsk e Lisichansk, com o cerco das unidades ucranianas, batendo suas posições de defesa com fogos de artilharia e da aviação, visando destruí-las, sem empenhar a infantaria no assalto;
– As forças russas estão tentando completar o cerco de Advikka e Marynka, que funcionam como postos avançados para as forças ucranianas bombardearem Donetsk. Concluída esta fase da operação de conquista destes assentamentos, possivelmente, os russos avançarão em direção à Konatantinova, um importante centro de comando e distribuição de unidades ucranianas;
– Finalmente, as forças russas, provavelmente buscarão cercar Kramatorsk. Para que essa operação tenha sucesso, será necessário consolidar o controle sobre o eixo sul de Izium, principalmente, em Bohodivne, onde travam pesadas batalhas há semanas contra unidades ucranianas solidamente estabelecidas nas áreas florestais;
– depois de concluídos seus objetivos em Donbass, possivelmente, as forças russas e separatistas da República Popular de Luhansk (RPL) tentarão fazer o mesmo em Kharkiv (no leste, relativamente, próxima à fronteira russa) ou Mikolayev (no sul, vizinha à região de Kherson), porém tal operação dependerá da capacidade operacional russa, após às batalhas pelo controle do Donbass. Essas cidades seriam, possivelmente, os próximos objetivos russos;
– as poderosas linhas de defesa ucraniana na região de Donbass definiram uma abordagem tático-operacional pautada por avanços lentos e graduais das unidades russas, com máxima de economia de força, tendo em vista, o relativamente pequeno efetivo empregado na guerra. Já a Ucrânia continua a desdobrar suas reservas com o objetivo de sustentar suas posições no eixo de Soledar-Bahmut e Seversk. Essa tática é equivocada, pois acarreta perda de tropas qualificadas, tal como ocorreu em Severodonetsk, Vuhledar e recentemente na batalha pela Usina Termelétrica de Uglegorsk.
PERSPECTIVAS DE UMA CONTRA-OFENSIVA UCRANIANA
A esperada contra ofensiva ucraniana tende a, inicialmente, ser pontual, principalmente, na margem direita do rio Dnieper. Desde o final de maio, as forças ucranianas estão tentando estabelecer cabeças de ponte em áreas no norte de Kherson, na margem posterior do rio Inhulets, sofrendo, entretanto, reveses e perdas significativas de material e efetivo.
Uma contra ofensiva ucraniana poderia ser também no eixo de Zaporizhzhia, porém mais com efeito de propaganda política e para diluir as forças russas estabelecidas na linha de Mikolayev-Krivoy Rog, bastante sobrecarregada por ataques diários das unidades ucranianas.
Apesar da ampla superioridade de efetivo, o foco da estratégia ucraniana em Kherson e em Donestsk tem sido a realização de pesados bombardeios contra a infraestrutura crítica por sistemas MLRS e de artilharia, os quais servem aos seguintes propósitos:
– afetar o moral da população russófona e criar sentimento de rejeição à ocupação russa diante da constância de bombardeios e insuficiência dos sistemas de defesa aérea das forças russas;
– afetar a infraestrutura crítica das áreas ocupadas, em tática de terra arrasada, impedindo qualquer perspectiva futura de restauração de tais ativos estratégicos;
– prejudicar e minar a logística das forças russas, principalmente através de ataques em pontes e depósitos de armas e munições;
– impulsionar a propaganda político-militar para elevar o moral da resistência ucraniana e criar um ambiente favorável para a continuidade do abastecimento de armas e munições pelo Ocidente, por intermédio da demonstração do uso eficaz de tais armas, perante a opinião pública dos países integrantes da OTAN, cujo apoio militar é decisivo para a Ucrânia sustentar seu esforço de guerra.
O maior sucesso tático da Ucrânia foi a inutilização dos MLRS sobre alvos no Dnieper e a destruição de dezenas de postos de comando e depósitos de armas e munições das forças russas e separatistas de Donestsk e Luhansk, como recentemente ocorreu nos ataques de precisão a Alshevsk por meio dos MLRS americanos HIMARS.
Apesar de tais ataques serem taticamente relevantes, as forças russas mantém suas linhas logísticas garantindo a travessia do rio Dnieper através de ferryboat, pontos de implantação temporária e no entorno das usinas hidroelétricas e barragens. Deve-se ressaltar que a destruição de tais pontes sacrificam para o futuro qualquer êxito de uma contra ofensiva ucraniana para a margem direita do Dnieper.
Um grande desafio às operações futuras ucranianas para retomada total das áreas ocupadas em Kherson ou Zaporizhzhia será a insuficiência de sistemas de artilharia e MLRS, apesar do efetivo muito superior às forças russas.
Recentemente o Comandante das Forças Armadas Ucranianas, Valery Zaluzhny , teria relatado a Vladimir Zelensky, Presidente da Ucrânia, sobre a fraca eficácia isolada do HIMARS na contra-ofensiva em Kherson, devido a sua pouca quantidade existente, que não permite uma barragem de fogo significativa para destruir as linhas de defesa, em três camadas das forças russas na área. Ademais, o número de mísseis fornecido é o suficiente para apenas três dias de operações no caso do lançamento de uma ofensiva. De acordo com Zakuzhny, as Forças Armadas da Ucrânia (FAU) também esperavam quantidades maiores dos obuseiros M777, dos obuses autopropulsados Caesars, mas seus números não são suficientes para uma contra ofensiva decisiva, que exigiria uma quantidade maior de sistemas de defesa aérea / caças / MLRS / tanques necessários para organizar um contra-ataque vitorioso em Kherson. Nesse contexto, pode ser atestado uma tendência observada nos bombardeios por sistemas de artilharia e MLRS ucranianos de dias atrás, em que voltou a predominar o uso de armas no calibre de 152mm, sistemas de artilharia de origem soviética, em detrimento do calibre padrão da OTAN de 155 mm, indicando esgotamento de armas e munições nesse calibre.
Neste contexto, consideramos que lançar uma ofensiva para retomar a Crimeia e Kherson é, no mínimo, precipitado. Tendo em vista a insuficiência de meios e a exaustão das forças ucranianas. As FAU perderam milhares de seus melhores soldados em diversas batalhas e se viu obrigada a destacar suas reservas. Uma coisa é conter ofensivas em posições fortificadas trabalhadas por oito anos ou recuperar áreas cinzentas com mínimo efetivo do adversário; outra coisa é deflagrar ofensivas em larga escala.
Nesta guerra, os russos, tendo em vista o reduzido efetivo e de meios empregados, adotaram uma estratégia que se mostrou eficaz em diversas batalhas, estabelecendo o avanço da infantaria após intensos fogos de artilharia visando destruir as posições defensivas, garantindo assim uma ocupação da posição e posterior limpeza da área conquistada, no campo ou em pequenos assentamentos e áreas urbanas, o que vem a explicar, inclusive, a lentidão das ofensivas russas.
Reiterando: estratégia defensiva é diametralmente oposta à dinâmica ofensiva. Tudo é diferente: logística, plano de batalha, treinamento, nível de comando, capacidade das forças operacionais, tipologia de armamento, entre outros itens. Os ucranianos estão se defendo a partir de fortificações e posições preparadas ao longo dos últimos oito anos, quase não empregam a defesa móvel contra os pontos mais frágeis da linha russa, apesar das informações recebidas da OTAN. As FAU fazem ataques frontais e duelos de artilharia, em um estilo de guerra de atrito, sem conseguir levar vantagem, nem mesmo quando concentram seus meios.
VARIÁVEIS ADICIONAIS A CONSIDERAR PARA O CURSO DO CONFLITO
Sobre ampla difusão na mídia ocidental dos efeitos dos Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade ou High Mobility Artillery Rocket System (HIMARS), há otimismo hiperbólico, em razão dos seguintes fatores:
– A Ucrânia no início do conflito tinha centenas de Sistema de Lançamento Múltiplo de Foguetes ou Multiple Launch Rocket System (MLRS), cerca de 500 de vários modelos da era soviética (muitos modernizados inclusive) que promoviam ataques constantes nas linhas logísticas russas. O aparecimento dos HIMARS dá uma escala de maior precisão, porém analistas militares ocidentais e ucranianos, consideram seu uso atual mais de impacto psicológico e desgaste que estratégico ao ponto de criar uma crise estrutural (não apenas circunstancial) de operacionalidade nas unidades russas, haja vista serem em quantidade insuficiente;
– A logística russa depende, majoritariamente, das ferrovias integradas à Kursk no eixo norte até Kupianka, na Ucrânia; Rostov até diversos entroncamentos em Luhansk e Donetsk; Crimeia até Kherson e Zaporizhzhia. Atacar as pontes não fará tanta diferença e mesmo sites ucranianos mais factuais narraram a construção de pontes de campanha temporárias pelas forças russas em trechos do rio Dnieper; enquanto a Ucrânia não atacar e inviabilizar as linhas férreas, a logística russa continuará pouco afetada – o fluxo de suprimentos seriam em torno de 5 mil toneladas de munição e armas diariamente;
– Os números de HIMARS e M-270 são insuficientes e a manutenção dos equipamentos ocidentais exige uma complexa e desafiadora logística à Ucrânia, face a ampla variedade de equipamentos fornecidos.
O que está afetando e pode vir a afetar a operacionalidade russa no médio prazo é algo que escrevemos tempos atrás: o grave problema de insuficiência de efetivo. Isso leva a pausas operacionais para rotação de tropas que gera perda de momentum nas ofensivas, como está correndo nesse momento, sobrecarregando as suas unidades; dificuldade de estabelecer o controle total de áreas e assentamentos (daí a lentidão no avanço); confiança excessiva na superioridade do fogo de artilharia, nem sempre perfeita. A Rússia utiliza, atualmente, em torno de 75-80 mil combatentes na Ucrânia, contando com 45 mil mercenários e milicianos locais, perante 700.000 ucranianos. Com essa restrição de efetivos, fica muito difícil estabelecer cabeças de ponte, realizar operações de neutralização, limpeza e ocupação de várias áreas nos vários fronts. Por exemplo: no eixo de Kherson, as estimativas são de que os ucranianos tem cerca de 45/55 mil combatentes guarnecendo o perímetro de defesa, diante 13 mil russos.
No médio prazo, esse efetivo não é suficiente para lançar novas ofensivas contra as posições defensivas nas áreas controladas pelos ucranianos. Se as forças russas quiserem manter o território, duramente conquistado terão que aumentar o efetivo das forças locais, o que demandaria tempo e recursos logísticos para treinamento a fim de formar novas unidades ou recompletar as já engajadas. Em nosso entendimento seria decretar mobilização geral (já reclamada publicamente por oficiais militares da reserva na mídia russa) para formar novos grupos táticos de batalhão ou Battalion Tactical Goup (BTG), tal como fizeram com bastante esforço nos meses de junho e julho, quando formaram 16 novos batalhões.
A questão do baixo efetivo empregado pela Rússia na guerra da Ucrânia é ressaltado por analistas militares russos respeitados, como Boris Rozhin, que frisou um detalhe preocupante, segundo o qual na zona ofensiva no norte do Donbass, a densidade de tropas russas é de cerca de 5,5 BTG por quilômetro de frente, o que, em termos de número de pessoal, é cerca de 15 vezes menor que a densidade exigida na doutrina clássica: 4 km por divisão. Isso explica muito a falta de avanços espetaculares e os problemas com o fechamento rápido dos cercos, a tática empregada, até este momento, é avançar lentamente, contando com os fogos densos e profundos da artilharia/aviação. Para Rozguin, é necessário comparar a campanha atual, não com as frentes de grandes efetivos da Grande Guerra Patriótica (o que à primeira vista parece natural), mas com as operações militares posicionais, na Síria, onde a frente de batalha avançava lentamente, consolidando cada área ocupada com fortes posições defensivas, principalmente, em assentamentos, para só depois prosseguir no avanço.
Portanto, tal como fundamentado, o problema do baixo efetivo empregado pela Rússia neste conflito é uma aposta arriscada e que explica decisivamente a lentidão das ofensivas e a estratégia de formação de cercos e movimentos de flanqueamento (pinças), pois os russos enfrentam um efetivo seis vezes maior que o seu. Lembrando que as forças ucranianas contam com o apoio logístico e de inteligência da OTAN. Outro ponto é que o princípio da economia de força (sistemas de armas e efetivos) empregado pelos russo pode inviabilizar, no curto prazo, ofensivas ou defesas bem sucedidas de uma eventual grande ofensiva em larga escala a ser lançada pelos ucranianos, que está sendo esperada para o outono.
Conclusões Parciais
Após 160 dias de conflito verificamos que russos e ucranianos estão em uma guerra de atrito procurando esgotar as capacidades do inimigo. Na atual conjuntura, os russos estão levando vantagem, pois estão levando em consideração suas limitações de efetivo (princípio da economia de força), concentrando seus recursos em determinados pontos da linha de frente, utilizando sua superioridade de fogo e manobra, para ocupar frações do território ucraniano e estão poupando seus recursos com operações bem planejadas e preparadas. Ademais, utilizam sua superioridade aérea para destruir o grande número de equipamento recebido pelos ucranianos da OTAN.
A FAU não conseguiu, até o momento, articular uma estratégia para sobrepujar as forças russas. Apesar do assessoramento da OTAN estão combatendo os russos de forma pouco eficaz e desperdiçando recursos. Observamos que os ucranianos, combatem com grande coragem, mas falta liderança no campo de batalha, de um comandante estrategista e de um estado-maior competente. Aliás, em nosso entendimento, até o momento, falta uma estratégia de defesa coerente.
Imagem de Destaque: https://www.opovo.com.br/noticias/politica/2022/02/24/entenda-os-motivos-que-levaram-a-russia-a-invadir-a-ucrania.html
Autores:
[1] Delegado de Polícia, historiador, pesquisador de temas ligados a conflitos armados e geopolítica, Mestre em Segurança Pública
[2] Mestre e Doutor em História Comparada pelo Programa de Pós-Graduação em História Comparada (PPGHC) da UFRJ, professor-colaborador e do Programa de Pós-Graduação em História Militar Brasileira (PPGHMB – lato sensu), da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/UNIRIO e Editor-chefe do site História Militar em Debate e da Revista Brasileira de História Militar. Website: https://historiamilitaremdebate.com.br
Fontes consultadas
www.thedrive.com
www.focus.ua
https://worldview.stratfor.com
https://www.nytimes.com/
https://news-front.info/