À medida que o cavaleiro e a cavalaria se tornaram cada vez mais importantes como símbolos de status social e, ao mesmo tempo, a lealdade à igreja foi substituída por aquela em relação à coroa, surgiram ordens específicas – muitas vezes iniciadas por monarcas – para criar uma hierarquia dentro do mundo dos cavaleiros . O rei inglês Eduardo III era particularmente conhecido por seu apoio aos torneios e ao culto da cavalaria. Em um torneio que o rei organizou no Castelo de Windsor em 1.344, 200 cavaleiros foram convidados a se juntar a uma irmandade de cavalheiros e então em 1.348, ele criou a ainda mais exclusiva Ordem da Jarreteira para 24 cavaleiros escolhidos mais o rei e seu filho, Eduardo, o Príncipe Negro, que orgulhosamente usava uma liga azul escura.
A iniciação em ordens especiais pode envolver o cavaleiro eleito tomando banho, vestindo túnicas simbólicas e sendo abençoado em uma capela enquanto os cavaleiros da ordem olham. O novo cavaleiro também poderia ser solicitado a manter uma vigília na capela durante a noite e, pela manhã e depois de outro serviço religioso e um farto café da manhã, o iniciado era cerimoniosamente vestido por dois cavaleiros. Foi então que ele recebeu suas esporas, armadura, capacete e espada recém-abençoada. O último estágio da elaborada cerimônia envolveu o cavaleiro mais antigo da ordem dando ao novo recruta um cinto e, em seguida, golpeando-o nos ombros com a mão ou espada.
Esta pintura de John Pettie retrata um escudeiro fazendo uma vigília de oração durante a noite antes de sua cerimônia de cavalaria. O escudeiro nesta pintura está usando um vestido branco, que era um símbolo de pureza, o manto vermelho demonstra que ele estava preparado para ser ferido na batalha. Este era o vestido tradicional para uma cerimônia de cavaleiro.
Fonte: Mylineage.com – https://www.instagram.com/p/CXCEaEQv-ai/
Professor de História formado pela UGF. Mestrado e Doutorado em História pela UFRJ. Autor de artigos sobre História Militar e Geopolítica.