Rodrigo Díaz de Vivar (1043-1099 d.C.), mais conhecido como El Cid, do árabe assid, que significa “senhor”, foi um famoso cavaleiro e general espanhol, tão famoso que até sua espada tinha nome: Tizona. Ele ganhou destaque como comandante dos exércitos do rei Fernando I de Castela e Leão, cargo que conquistou com apenas 22 anos. Após uma disputa com um comandante rival em 1081, El Cid foi exilado e serviu o rei mouro al-Mu’tamin em Saragoça. Seguiu-se uma década de vitórias contra mouros rivais e reis espanhóis e ele adquiriu outro apelido, El Campeador (‘O Campeão’).
Decidindo que seria mais lucrativo lutar por si mesmo, El Cid tomou Valência em 1090. Em teoria, ele ainda representava o rei espanhol Afonso VI, mas El Cid agora era um governante por direito próprio. O grande general morreu em 1099, mas seu corpo foi desfilado diante de seu exército para evitar um ataque árabe, assim como El Cid havia sido instruído a providenciar por São Pedro em um sonho em seu leito de morte. O truque funcionou e Valência resistiu ao ataque, embora temporariamente, pois mais tarde no mesmo ano finalmente caiu para os almorávidas muçulmanos. O corpo do grande comandante foi originalmente enterrado no mosteiro de San Pedro em Castela e agora está no centro da Catedral de Burgos. El Cid nunca foi esquecido por seus guerreiros e por seu cavalo Bavieca que, segundo a lenda, nunca deixou ninguém montá-lo após a morte de seu mestre.
Após sua morte, a lenda de El Cid só cresceu, particularmente alimentada pelo poema épico de 1142 Cantar del Mio Cid (‘Canção do Cid’). Até hoje, El Cid continua sendo um herói popular espanhol e ícone nacional, com sua vida e feitos lembrados em peças, livros, filmes, contos folclóricos, músicas e videogames.
Fonte: https://www.instagram.com/p/CIgdzsLHqsS/
Tradução e Adaptação: Prof. Dr. Ricardo Cabral
Professor de História formado pela UGF. Mestrado e Doutorado em História pela UFRJ. Autor de artigos sobre História Militar e Geopolítica.