Prof. Esp. Pedro Silva Drummond
O filme 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi lançando em 2016 tem como diretor Michael Bay e o roteiro de Chuck Hogan. O longa é baseado em uma história real e no livro 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi de Mitchell Zuckoff. A obra retrata a história de um grupo de militares privados que são contratados para proteger um complexo da CIA em Benghazi, na Líbia. No aniversário do atentado do 11 de setembro de 2001, 11 anos depois do ataque, em 2012, o posto diplomático é atacado por rebeldes. Nessa data, o embaixador americano, Chris Stevens, se encontrava na região.
O longa retrata a história da defesa de seis soldados privados, vividos pelos atores John Krasinski, James Badge Dale, Pablo Schreiber, David Denman, Dominic Fumusa e Max Martini, ao complexo da CIA e que vitimou o embaixador dos Estados Unidos na Líbia.
O filme que é baseado em diversos questionamentos sobre o papel do governo dos EUA e principalmente da Secretária de Estado, Hilary Clinton, em relação aos acontecimentos, tem alguns pontos conhecidos como verdadeiros. O personagem de John Krasinski, que no filme se torna o último integrante do grupo de militares, é baseado em um personagem real, que teve seu nome resguardado tanto no livro, quanto no filme,
Outra questão verdadeira e reproduzida no filme foi à desobediência desses militares a ordem superiores, em relação à saída deles do Complexo da CIA para o Consulado. O ex-membro da Equipe de Resposta Global (GRS), Kris Paronto, afirma: “Nunca nos deram uma permissão para ir…. A gota d’água para partirmos, pelo menos na minha opinião e como eu me senti, foi quando um dos agentes da CIA disse: ‘Ei, eles estão começando a botar fogo nos prédios. Vocês precisam chegar aqui logo.’” (https://aodisseia.com/13-horas-historia-real-soldados-secretos/).
Contexto Histórico
O filme tem como enredo, uma Líbia pós o governo de Muamar Kadhafi, que governou o País de 1969 até 2011. Em 2012, ano dos acontecimentos retratados no filme, a Líbia enfrentava uma séria dificuldade de se organizar politicamente, a saída de Kadhafi teve consequência uma disputa pelo poder.
Grupos rebeldes atacaram o Consulado dos EUA e posteriormente, o Complexo da CIA na Líbia, no dia que completava 11 anos do ataque do 11/09, no dia 11 de Setembro de 2012. O ataque ocorreu em um momento que a segurança das instalações norte-americanas eram reduzidas.
Após os acontecimentos do que ficaram conhecidos como Primavera Árabe, diversas Nações acabaram tendo seus governantes retirados do Poder, e muitos Países vivenciaram durante esse período, o surgimento de grupos terroristas e uma luta pelo poder entre diversos grupos, como aconteceu na Líbia. No caso da Líbia e os ataques aos norte-americanos, o fato se encontra dentro desse contexto político ocorrido durante os primeiros anos da década de 2010.
Imagem de Destaque:
Especialização em História Militar pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Graduação em História (Bacharel e Licenciatura) pela Universidade Gama Filho (UGF), autor de Artigos em História Militar.