Filme Waterloo

de

Profº. Dr. Ricardo Pereira Cabral

Filme épico lançado em 1970, com roteiro de H. A. L. Craig, Vitorio Bonicelle Mario Soldati, direção de Sergei Bondarchuk (também roteirista). A produção ítalo-soviética-norte-americana liderada por Dino de Laurentis e filmada na Ucrânia Um dos frutos da Détente. Teve como principais astros Rod Steiger, Christopher Pummer, Orson Welles, Jack Hawkins entre outros.

O filme narra os eventos das batalhas de Quatre-Bras e Waterloo. O filme assume uma postura  neutra e retrata muitos líderes e soldados individuais de cada lado, em vez de simplesmente se concentrar em Wellington e Napoleão. Ele cria uma cronologia bem precisa dos eventos da batalha, o heroísmo extremo de cada lado e a trágica perda de vidas sofrida por todos os exércitos que participaram. A produção utilizou 15.000 figurantes, com reproduções precisas dos uniformes da época, recriando partes de batalha com números reais e sem efeitos especiais. O filme é insuperável e continua sendo o que utilizou o maior número de figurantes.

O filme tem 130 min.

O filme, como toda a produção cinematográfica, toma algumas liberdades, a título de licença poética e dar uma dramaticidade ainda maior aos eventos retratados. Então estejam prontos para lidar com algumas imprecisões, que de forma alguma diminuem o valor da obra.

Reproduzimos a Crítica de Cássio Starling Carlos, feita a Coleções Folha (Folha de S. Paulo), que recomendamos a compra.

 A primeira parte do filme demonstra detalhes da liderança política e militar de Bonaparte, introduzindo também, o ponto de vista dos britânicos, principais inimigos de Napoleão, caracterizado na figura do duque de Wellington, líder militar e grande rival de Bonaparte.
No início do filme Waterloo, vemos o declínio do poder de Napoleão, pois em 1814 ele foi obrigado como represente maior do Império Francês, assinar um termo de rendição, configurado no Tratado de Fontainebleau, indo para o exílio em Elba. Com essas mudança no poder, a França volta para o comando de Luís XVIII, mudando o regime de governo, saindo de Imperial para Monárquico.

Após um breve período na ilha Elba, Napoleão e sua escolta militar escapa da ilha, retornando para o continente. Bonaparte em seu retorno consegue retomar o poder, todavia é novamente intimado pelos outros governos para se entregar, como não o faz, essa atitude acaba gerando outra guerra da França contra os países inimigos (Prússia, Inglaterra, Bélgica e Rússia), acaba sendo esse é o foco principal do filme, a batalha de Waterloo, onde visualizamos o enfrentamento do Exército Imperial Francês contra diversas forças inimigas.

O filme deixa claro que o foco é o declínio e a queda do herói francês Napoleão Bonaparte, respeitando a importância de líder militar que ele conquistou, mas relativizando sua inafabilidade. De um lado temos Christopher Plummer interpretando o duque Wellington, como uma figura altiva, garbosa e bondosa. Steiger intérprete de Napoleão, é caracterizado como sisudo e com cara de mau.

Waterloo é uma bela obra, um filme grandioso, onde milhares de figurantes foram utilizados e com figurinos belos, representando magistralmente os exércitos presentes na batalha. Entre os britânicos existe uma clara diferença entre os sotaques, distinguindo os ingleses dos escoceses. Esse é um filme épico, grandioso, onde temos a possibilidade de ver as tomadas de decisões que resultaram na derrocada de Napoleão e consequente vitória dos aliados na batalha de Waterloo.

Fonte

https://www.sagaliteraria.com.br/2016/08/critica-05-grandes-biografias-no-cinema.html

Professor de História formado pela UGF. Mestrado e Doutorado em História pela UFRJ. Autor de artigos sobre História Militar e Geopolítica.

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