Rodolfo Queiroz Laterza
1. Introdução
Os novos pacotes de assistência militar às Forças Armadas da Ucrânia – FAU recentemente anunciados, notadamente com ênfase no fornecimento de blindados como M2 Bradley e os MBTs Leopard alemãos, fomentaram discussões e previsões difundidas na mídia ocidental sobre como será a próxima ofensiva ucraniana em 2023 e suas consequências.
Tal como escrevemos em artigo anterior em 06 de janeiro (para mais informações, acessar (https://historiamilitaremdebate.com.br/contexto-atual-e-perspectiva-de-novas-ofensivas-da-ucrania/) as FAU trabalham sob a perspectiva de ofensivas no eixo de Svatovo – Kreminna, Zaporizhzhia e para controlar ilhas fluviais e áreas à margem esquerda do Rio Dnieper, na oblast de Kherson.
Volodymyr Rogov, presidente do movimento “Estamos com a Rússia”, membro do principal conselho da administração regional da região de Zaporozhye, disse no dia 06 de março que as tropas ucranianas estão completando a formação de uma poderosa força de ataque. Segundo ele, as FAU preparam uma ofensiva de primavera para tentar chegar à costa do Mar de Azov. A principal tarefa seria cortar o agrupamento russo de Zaporizhzhia e controlar o corredor terrestre para a Crimeia.
Dentre as possibilidades aventadas, está uma planejada ofensiva das Forças Armadas da Ucrânia – FAU, onde, segundo Vladimir Rogov, cerca de 3,5 mil militantes ucranianos treinados na Grã-Bretanha chegaram nos últimos dias. Anteriormente foi relatado que as recém-formadas brigadas de infantaria motorizada e brigadas de tanques das Forças Armadas da Ucrânia foram transferidas para a região de Dnepropetrovsk, cujo pessoal foi treinado no exterior (até 40 mil no total) e recebeu equipamento militar dos EUA e OTAN.
Até o momento, cerca de 12 mil soldados das Forças Armadas da Ucrânia foram enviados para este setor do teatro de operações, conforme disse à RIA Novosti Vladimir Rogov, presidente do movimento “Estamos com a Rússia” e membro do principal conselho da administração regional. Segundo ele, reiterando, o presidente Zelensky está preparando uma ofensiva na direção sul para cortar o agrupamento de tropas russas. Em sua visão, há uma grande probabilidade de o exército ucraniano lançar uma ofensiva no final de março – início de abril.
Este ensaio buscará analisar como podem se desenvolver ações ofensivas das Forças Armadas da Ucrânia e quais fatores críticos podem definir o êxito ou fracasso de tal planejamento.
2. Contextos atuais no desenvolvimento das formações militares ucranianas
Tal como já explicado em artigo por nós publicado no link https://historiamilitaremdebate.com.br/contexto-atual-e-perspectiva-de-novas-ofensivas-da-ucrania/) o comando ucraniano está preparando um contra-ataque poderoso às posições russas. No momento, novas brigadas de assalto e mecanizadas estão sendo treinadas nos diversos campos de treinamento espalhados no país e, principalmente, no exterior, como Espanha, Reino Unido, Alemanha e França.
É fato que a Ucrânia, com amplo apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte- OTAN, está se preparando intensamente para uma nova etapa da guerra contra a Rússia. É para isso que os militares ucranianos estão treinando intensamente nos países europeus táticas e a operação dos equipamentos ocidentais remetidos para seu esforço militar, abrangendo, além de veículos de combate de infantaria, veículos de construção de pontes e de desminagem que serão essenciais para garantir a mobilidade desses e outros sistemas de armas na ofensiva planejada.
Atualmente as forças terrestres das Forças Armadas da Ucrânia, as forças de defesa territorial e a Guarda Nacional da Ucrânia estão formando um total de 100 unidades de armas combinadas e seis brigadas de tanques. Levando em consideração as unidades de retaguarda e de apoio, são estimados 1,3 milhão de pessoas em armas. Para efetivar tal intento, uma nova mobilização está sendo efetivamente realizada, como apontamos em nosso recente artigo “https://www.historiamilitaremdebate.com.br/sobre-a-formacao-de-novas-tropas-nas-forcas-armadas-da-ucrania/“.
Importante ressaltar que essas brigadas não serão apenas treinadas e armadas pela OTAN, mas também usarão o sistema de comando e controle daquela aliança militar, bem como dados de inteligência e de sensoriamento, havendo sinergia e integração plena com os sistemas C4ISR da OTAN na execução de tais operações, gerando uma consciência situacional qualitativa que é o diferencial na eficácia de combate na guerra moderna (para mais informações, recomendamos a leitura de nosso artigo “https://historiamilitaremdebate.com.br/a-importancia-dos-sistemas-c4isr-na-guerra-da-ucrania/“.
Mesmo que um terço dessas unidades participe da ofensiva e 150.000 pessoas estejam diretamente envolvidas nas hostilidades (o restante supostamente permanecendo na retaguarda ou como forças de segundo escalão mobilizadas na complexa logística de suprimentos), é uma força considerável que permitirá às Forças Armadas da Ucrânia atacar não apenas um, mas dois eixos do perímetro operacional do teatro de operações, aplicando ataques principais em duas direções, portanto.
Recentemente, os exercícios de comando e estado-maior das Forças Armadas da Ucrânia foram realizados na base militar americana em Wiesbaden. Muito em breve, todas as unidades das Forças Armadas da Ucrânia retornarão dos campos de treinamento da OTAN para a linha de frente, treinadas e equipadas com novos tanques, veículos de combate de infantaria, armas de alta precisão e artilharia.
Em janeiro deste ano, as autoridades dos EUA anunciaram sua intenção de transferir 31 tanques M1 Abrams para Kiev. Ao mesmo tempo, o governo alemão confirmou que enviaria à Ucrânia 14 tanques Leopard 2. Vários outros países da OTAN também anunciaram suas intenções de compartilhar os tanques. No início de fevereiro, do porto alemão de Bremerhaven, começaram a chegar equipamentos militares americanos para a Ucrânia. De fato, a partir desse momento, os preparativos para a ofensiva de primavera das Forças Armadas da Ucrânia entraram no plano prático. Aparentemente, ao longo do mês de março, esse processo preparatório estará sendo finalizado.
Em nossa avaliação, a partir de estudos da frente, a direção mais esperada do ataque é no eixo de Zaporizhzhia, na direção Melitopol-Berdyansk, com o objetivo de cortar a área controlada pela Rússia naquela região e a rota terrestre para a Crimeia, isolando as forças russas da margem esquerda do Rio Dnieper e colapsando sua logística na frente sul. Ao mesmo tempo, é possível que a força de ataque também tente criar uma ameaça a Mariupol, chegando ao Mar de Azov e ameaçando seu controle total pela Rússia.
A segunda direção provável do impacto é diretamente a Crimeia, mediante ataques seletivos e sistemáticos de longo alcance com emprego de drones kamikaze e a munição GLSDB adaptada para guiagem por GPS. Além disso, uma intensificação de operação IPSO-DPO através de sabotadores, células adormecidas de operadores ucranianos atrás das linhas inimigas, ataques pela retaguarda em instalações de infraestrutura, pode ser um cenário probabilístico crível.
No entanto, para o comando das Forças Armadas da Ucrânia, a região de Kharkiv pode se tornar uma segunda direção, onde a tarefa será finalmente romper a área fortificada em Svatovo (o que foi buscado dezenas de vezes em outubro a dezembro sem êxito e com pesadas perdas para as FAU) e acessar Lugansk, chegando a Starolbelsky e colapsando a logística russa no setor norte de Donbass.
Na verdade, a tática de dois ataques principais já foi usada com bastante êxito pelas Forças Armadas da Ucrânia no outono passado. Um ataque na região de Kharkiv em Izyum e Krasny Lyman e um ataque na região de Kherson em Berislav e Novaya Kakhovka para cortar e cercar parte do escasso grupo russo ali presente foi realizado com bastante êxito e rapidez. Kiev e a OTAN, ao planejar as hostilidades, levam em consideração a extrema importância da frente da mídia e o impacto no moral das sociedades envolvidas e a justificativa para manter a bilionária assistência militar à Ucrânia, o que torna muito provável uma ofensiva com emprego de efetivo bastante significativo.
Portanto, podemos estimar que a ofensiva será desferida na direção em que for possível obter o máximo de informação, retomada de território e efeito psicológico que mantenha a canalização frequente de esforço de guerra.
Nesse sentido, reiterando, o ataque mais provável é no eixo de Zaporizhzhia em direção a Melitopol – Berdyansk, ou ainda um ataque à área fortificada de Svatovsky com acesso a Lugansk a fim de controlar a rodovia M4 e obliterar a logística russa em Donbass pelo norte. Tudo isso, é claro, acontecerá se as Forças Armadas da Ucrânia lograrem os seguintes êxitos táticos:
- conseguirem romper a forte linha de defesa estruturada pelas forças russas desde o final de novembro, alinhavadas em camadas e fortificadas com minas antitanque e sistemas de vigilância e reconhecimento por drones, além de fortalecidas por redes de defesa antiaerea e barragens de artilharia à retaguarda;
- se tiverem condições ou êxito em acumularem forças silenciosamente, como o fizeram eficientemente na ofensiva de Kharkiv em setembro quando estabeleceram grandes pontos de implantação temporários de pessoal e equipamentos nas cidades adjacentes, como Chuguev;
- se houver alta motivação nas fileiras das Forças Armadas da Ucrânia, mesmo diante das derrotas com pesadas perdas em pessoal recentemente ocorridas em Soledar e Bakhmut;
- a eficácia do treinamento e qualidade dos combatentes treinados pela OTAN que comporão as 22 novas brigadas, além de boa adaptabilidade aos novos meios de combate providos pela OTAN, que possuem operatividade, características técnicas e doutrinas de uso novas para a cultura institucional- militar ucraniana, fortemente vinculada a equipamentos de origem soviética ou própria.
- usarem qualitativa e eficientemente a maior e melhor consciência situacional provida pelos sistemas de reconhecimento, vigilância e sensoriamento da OTAN, empregando táticas de armas combinadas e em rede.
Outros ponto relevante a considerar é a transferência de pontes “Biber” americanas e alemãs (começaram a ser entregues no ano passado) as quais permitirão resolver rapidamente a questão do movimento de veículos blindados pesados sobre rodas durante o possível ataque a Svatovo – Kremennaya e na direção de Zaporizhzhia.
A região de Lugansk tem um terreno bastante difícil (rios, ravinas e outros obstáculos) e a área de Zaporozhye é repleta de trincheiras, numerosas fortalezas e fossos pelos quais tanques ocidentais como Abrams ou Leopard terão bastante dificuldade em atravessar e transpor.
Um tópico de extrema importância quanto à preparação das novas formações militares ucranianas no emprego de tecnologia bélica ocidental é a quantidade de sistemas a serem fornecidos pela OTAN, ainda de pouca quantidade e a ser entregue gradativamente e sem simultaneidade. É impossível falar sobre a reprodução exata das Forças Armadas do formato americano do grupo de combate de brigada (“Striker Brigade”), pois não há ainda equipamento suficiente transferido – para uma brigada neste formato e estrutura são necessários ao menos 90 M1 Abrams e mais de 150 veículos de combate de infantaria do tipo “Bradley”.
Dessa forma, com o volume de abastecimento atual, pode-se imaginar a estruturação de três grupos táticos de batalhão, cada um dos quais incluirá uma companhia de tanques M1 Abrams (10 veículos), uma companhia em veículos de combate de infantaria Bradley (10 veículos blindados), duas companhias em veículos blindados Stryker (20 veículos blindados), uma bateria de canhões autopropulsados M109 (6 unidades), bem como um conjunto correspondente de equipamentos auxiliares, como unidades de defesa aérea compostas principalmente de antigos sistemas soviéticos modernizados ainda existentes (Osa e Strela-10), além de MANPADS.
Uma interessante opção a suplementar as necessidades operacionais das forças ucranianas nas ofensivas será integrar aos grupos táticos de batalhão veículos utilitários do tipo SUV (technicals) adaptados para combate móvel com uso de metralhadoras anti-aereas de calibre 14,5 mm ou 23 mm, já bastante empregado pelas distintas unidades de combate ucranianas com êxitos táticos variados.
Toda essa perspectiva, entretanto, não será tão rápida de implementar, pois se os Bradleys e Strikers já estão chegando, os M1 Abrams ainda estão sendo recuperados na fábrica em Ohio. Portanto, se as FAU realmente tentarem partir para a ofensiva na primavera, provavelmente terão que fazê-lo nos tanques soviéticos ou com os Leopard que estão sendo entregues gradativamente.
3. Considerações finais
O desafio logístico nesta ofensiva aliado às recentes perdas das melhores brigadas ucranianas nas batalhas de Soledar e Bakhmut, bem como o desgaste das batalhas posicionais e tentativas mal sucedidas de romper as linhas de defesa russas ao longo de Svatovo e Kreminna podem prejudicar uma eficiência operacional maior às forças ucranianas, que dependerão bastante das novas brigadas em formação.
Uma vantagem tática significativa que pode incrementar a iniciativa operacional ofensiva ucraniana será o uso sistemático e eficaz de ataques de longo alcance com as bombas guiadas de precisão GLSDB a serem fornecidas pelo Pentágono, permitindo uma depreciação crescente dos pontos de implantação de forças russas e ataques a depósitos de armas e munições na retaguarda.
Além disso, tal como já por diversas vezes explanado, a vantagem garantida pela OTAN de uma consciência situacional qualitativa por uma rede ampla de C4ISR pode favorecer as FAU em ataques a flancos ou setores da frente vulneráveis às forças russas, permitindo que rompam linhas de defesa e estabeleçam controle operacional de estradas essenciais para o abastecimento de forças russas.
Entretanto, como já estudado no artigo https://historiamilitaremdebate.com.br/contexto-atual-e-perspectiva-de-novas-ofensivas-da-ucrania/ o desenvolvimento de uma ofensiva militar por uma determinada força beligerante não depende apenas de vontade política, mas da capacidade de projeção de força, quantitativo suficiente de pessoal e de meios, aquisição de consciência situacional qualitativa que permita antecipação de cenários para decisões taticamente adequadas, além de condições logísticas bem sedimentadas e estruturadas.
Além disso, uma eficaz coordenação entre unidades, sistema de comando e controle eficaz e ágil, capacidade de reconhecimento, inteligência e vigilância com qualidade para o processo decisório tático-operacional, interoperabilidade entre unidades de combate, todos esses aspectos são fatores críticos para que qualquer ofensiva tenha efetividade no cumprimento de metas e alcance dos objetivos definidos (os quais podem ser conjunturais ou permanentes, dependendo da escala do conflito e da decisão política que influencie a iniciativa operacional).
Se tais variáveis convergirem e o plano das Forças Armadas da Ucrânia funcionar, a Rússia não apenas perderá vários de seus territórios e cidades portuárias, mas também perderá um corredor terrestre para a Crimeia. E este é um perigo real de perder a península tão estratégica para defesa de seus interesses geopolíticos.
Não é por acaso que o ex-oficial do Ministério da Defesa da URSS, responsável pelo monitoramento dos testes nucleares no mundo, Dmitry Khalezov, está convencido:
“A sobrevivência da Federação Russa depende do resultado das batalhas na Ucrânia. Se o exército ucraniano conseguir desmembrar o grupo russo, chegando ao mar de Azov, haverá as consequências mais catastróficas em todos os sentidos”.
Imagem de Destaque: https://www.nytimes.com/interactive/2023/02/10/world/europe/russia-ukraine-offensives-maps.html
4 Fontes consultadas:
https://www.euronews.com/2023/01/04/ukraine-marshalling-troops-for-next-major-offensive-heres-when-and-where-kyiv-could-strike
https://www.ft.com/content/268bd522-4794-4f3d-895f-f58a55536af9
www.focus.ua
https://www.nytimes.com/interactive/2023/02/10/world/europe/russia-ukraine-offensives-maps.html
https://ria.ru/
https://www.pravda.com.ua/
https://worldview.stratfor.com/article/what-watch-russia-launches-its-next-major-offensive-ukraine
Delegado de Polícia, historiador, pesquisador de temas ligados a conflitos armados e geopolítica, Mestre em Segurança Pública
Excelente análise e texto prof° Rodolfo e fica a pergunta: ficará a Federação Russa apenas no aguardo da ofensiva Ucraniana na primavera/ verão sem fazer algo?? E se fizer algo terá que passar por uma nova mobilização??
Caro Renato, Resposta do Rodolfo:
Inicialmente, muito obrigado pela mensagem e pergunta.
As forças russas tem adotado uma estratégia de consolidação de linhas defensivas nos eixos de Svatovo -Kreminna e Zaporizhzhia, promovendo operações de reconhecimento em força para expandir a linha de contato e buscando a depreciação sucessiva e máxima do potencial de combate das forças ucranianas, justamente para compensar a superioridade de efetivo adversária e iniciar uma ofensiva após os 150 mil mobilizados de setembro que restavam ser treinados finalmente serem alocados em unidades de combate.
A Rússia não deve fazer ofensiva no período de degelo – conhecido como “rasputsia” – pois favorece emboscadas do defensor e dificulta o avanço no terreno.
Saudações.
Caro Rodolfo, empiricamente vejo que existe uma falha em suas observações, vamos lá, com tudo que a Ucrânia recebeu não conseguiu fazer valer seus objetivos no campo de batalha creio que é quase improvável fazer outra ofensiva, ou mesmo que venha a fazer seu sucesso será discutível por uma razão muito simples, a Ucrânia não dispõem de capacidade aérea para dar cobertura há essa sua perspectiva.
Caro Nilson, Resposta do Rodolfo:
“Inicialmente agradeço pelo comentário.
Entretanto, são necessários alguns esclarecimentos:
– o artigo frisa que a ofensiva ucraniana é dentro de uma perspectiva de planejamento, não uma certeza, pois variantes críticas são necessárias para que se materialize, conforme amplamente explicado;
– em uma guerra de alta intensidade com a maior aliança militar do planeta provendo bilhões em assistência técnica e militar, fora a mobilização geral da sociedade ucraniana para um esforço de guerra, é inevitável que tentem uma ofensiva em eixos do front em que possam haver vulnerabilidades nas linhas de defesa russas, lembrando aqui que a Ucrânia detém superioridade ampla de efetivo em suas formações de combate;
– não apenas eu considero como analista a perspectiva desta ofensiva, mas canais militares russos e analistas do próprio país;
– se haverá êxito, não é possível avaliar em qualquer nível de certeza, tanto que foi frisado o fortalecimento das linhas defensivas russas, o comprometimento do potencial de combate das forças ucranianas diante de grandes perdas recentes e a curva de aprendizagem das forças russas;
– a ausência de capacidade aérea não inibe a realização de ofensivas embora diminua seu potencial. Barragens de artilharia com projéteis guiados por sistemas ISR avançados (drones) aliado a uma consciência situacional qualitativa diferenciada por meios C4ISR providos pela OTAN contribuem para um ataque maciço, além de grande quantidade de efetivo mobilizado e equipamentos.
Portanto, a análise não adentra em aspectos subjetivos de como dar-se-á uma possível ofensiva, mas em considerações técnicas e factuais de como pode vir a ocorrer.
Obrigado.”