Dr. Jorge Ferrer
ALEMANHA
Introdução:
Muitos historiadores afirmam que a Batalha de Ameins (08-12/08/1918) foi a primeira batalha em que a presença dos tanques (540)¹ (HART, 2019, p. 538) desarticulou as defesas e a capacidade combativa dos alemães. O General Erich Ludendorff ² classificou o dia oito de agosto como o “Dia Negro do Exército Alemão” quando os aliados conseguiram avançar 11 km, capturando cerca de 15.000 inimigos.³ Depois de cinco dias de batalha, apesar dos aliados sofrerem cerca de 46.000 baixas, avançaram 20 km nas defesas alemães e infringiram um total de baixas de aproximadamente 70.000 soldados, sendo trinta mil prisioneiros (HART, 2019, p. 543). Lundendorff, em um momento de profunda depressão, pediu ao Kaiser Guilherme II que terminasse a guerra, acreditando que o Exército Alemão não tinha mais condições de suportar os futuros ataques dos aliados que viriam com a Ofensiva dos Cem Dais.4
O fim das hostilidades terminou com o armistício assinado na floresta de Compiègne (11/11/1918)5 mas, a paz definitiva foi efetivada pelo Tratado de Versalhes (28/06/1919) e ratificada pela Liga das Nações (10/01/1920). Com o tratado, o Exército Alemão ficou restringido a uma tropa de 100.000 homens, sem direito a possuir tanques, artilharia pesada e aviões (PORTELLA ALVES, 1964, p. 223). Na tentativa de burlar o tratado, os alemães começaram a desenvolver estudos sobre o emprego de carros de combate, criando um grupo de oficiais que utilizavam os trabalhos de especialistas estrangeiros (Fuller, Liddell Hartt, Estienne e Charles de Gaulle) e os testes de blindados realizados em conjunto com o Exército Russo (MACKSEY, 1974, p. 10). Dessa parceria foi adquirido um tanque de fabricação britânica da Carden-Loyd6 que seria a base do panzerkampfwagen (panzer) i (MILLER, 2004, p.104).
Surgimento das Divisões Panzer:
O início do desenvolvimento dos blindados na Alemanha, teve como protagonista o Chefe do Novo Estado-Maior Alemão (1919)7, General Hans von Seeckt, que mesmo com as restrições estabelecidas pelo Tratado de Versalhes foi capaz de criar mecanismos capazes de desenvolver, aparelhar e profissionalizar o Exército Alemão8 (MACKSEY, 2016, pos. 982). Cooptou jovens oficiais que projetaram novas táticas militares que utilizavam o apoio coordenado de blindados, infantaria e artilharia motorizadas que culminariam com a Blitzkrieg.9 No início dos anos 30, os principais oficiais desse grupo eram os Coronéis Oswald Lutz, Walther von Reichenau e os Majores Wilhelm Ritter von Thoma e Hans Guderian (MACKSEY, 1974, p. 10). Tiveram que lutar contra muitos militares que não aceitavam suas novas ideias pouco ortodoxas e, só conseguiram maior visibilidade com a ascensão dos nazistas ao poder.
Quando Hitler se tornou Chanceler do Reich (1933), nomeou o General Werner von Blomberg como Ministro da Guerra. Ele era um entusiasta das novas técnicas de movimento preconizadas por Guderian que naquele momento, era o mais graduado conhecedor de blindados no exército alemão. Em uma demonstração dessas novas ideias no campo de teste de Kummersdorf 10 (1934), Hitler e Göring assistiram a uma evolução de motocicletas, veículos blindados tracionando canhões anticarros de 37 mm (Pak 36)11 e alguns tanques de treinamento12 (SHOWALTER, 2020, pos. 18-19). No final da apresentação, Hitler teria afirmado a Guderian: “É isso que eu quero. É disso que preciso” (MACKSEY, 2016, pos. 1449). Era o início da criação das divisões blindadas alemães. Em outubro de 1935, foram criadas as primeiras três Divisões Panzer Alemães (BISHOP; ROSADO, 2008, p. 7).
Panzer I:
Panzer I Ausf A
Foi o primeiro tanque alemão produzido em grande quantidade14 (TUCKER-JONES, 2018, pos.3), que para burlar as regras determinadas pelo Tratado de Versalhes foi denominado como trator agrícola15 (DOYLE, 2019, pos. 263), no início dos anos 30. Era um tanque leve para dois tripulantes que apresentavam uma blindagem deficiente, um motor de baixa potência e tinha como armamento duas metralhadoras MG. 13 mm16 (NOVA CULTURAL, 1986, p.12). A guarnição ficava localizada na mesma seção, porém o motorista entrava pela lateral do carro e o comandante pela torre do teto. Por causa da péssima visualização ocasionada pelo fechamento da torre, o comandante era obrigado a ficar com o seu corpo exposto fora da escotilha (MILLER, 2004, p.105). Apesar de suas deficiências, foi utilizado na Espanha, Polônia, Dinamarca, Noruega, França, África, Grécia, Balcãs e Rússia.
panzerkampfwagen (panzer) i A | |
Fabricantes | Henschel, MAN, Krupp e Daimler |
Época Produção | 1934-1937 |
Países Utilitários | Alemanha, Bulgária, China, Espanha, Hungria e Portugal |
Tripulação | 2 (comandante/artilheiro e motorista) |
Blindagem | 7-13 mm |
Peso | 5.400 kg |
Dimensões | 4,02 (C) / 2,06 (L) / 1,72 (A) |
Motor | Krupp M305, 4 cilindros, refrigerado a ar, 60 hp |
Armamento | 2 metralhadoras MG 13 e depois MG 34 |
Velocidade | 50 km (estrada pavimentada) / 37 km (terra) |
Alcance Operacional | 200 km (estrada pavimentada) / 175 km (terra) |
Panzer I Ausf B
A deficiência de potência do motor do Ausf A foi resolvida com a utilização de um maquinário mais potente da Maybach de seis cilindros e refrigerado a água, ocasionando a necessidade de aumentar o comprimento do veículo em 40 cm (NOVA CULTURAL, 1981, p.12). Melhorava a performance da força motriz, mas as deficiências em blindagem, armamento e comunicação permaneciam. A Guerra Civil Espanhola foi um campo de experiências excepcional para os militares alemães. Verificaram que o armamento do Ausf A era bastante inadequado que obrigou aos espanhóis a instalar, principalmente no Ausf B, um canhão Breda de 20 mm para enfrentarem os tanques russos T-26 da República (MATA; MOLINA; MANRIQUE, 2015, pos. 674-676). Outro avanço foi a instalação de um aparelho de rádio nos tipos B para melhorar a comunicação durante as batalhas (MILLER, 2004, p.107).
panzerkampfwagen (panzer) i B | |
Tripulação | 2 (comandante/artilheiro e motorista) |
Blindagem | 13 mm |
Peso | 5.800 kg |
Dimensões | 4,42 (C) / 2,06 (L) / 1,72 (A) |
Motor | Maybach NL38TR, 6 cilindros, refrigerado a água, 100hp |
Armamento | 2 metralhadoras MG 13 e depois MG 34 |
Velocidade | 40 km (estrada pavimentada) |
Alcance Operacional | 170 km (estrada pavimentada) / 115 km (terra) |
Panzer I Ausf C
A ideia para a fabricação do Ausf C (1942) era utilizá-lo como apoio de tropas paraquedistas que necessitavam de maior poder de fogo e de um carro leve para reconhecimento (TUCKER-JONES, 2018, pos. 283-287). A torre foi modificada com a instalação de oito periscópios que permitiam ao comandante uma boa visibilidade com o tanque fechado. A potência de fogo foi aumentada com a instalação de uma metralhadora de grande calibre LW141 e uma metralhadora MG 34, com capacidade para enfrentar carros de blindagem leve. O motor HL61P tinha força para aumentar a velocidade em estradas pavimentadas para 79 km. Apenas quarenta unidades foram construídas e acabaram vendo muito pouca ação de combate. Dois tanques foram enviados para a 1ª Divisão Panzer na frente oriental em 1943, com o restante ficando como reserva do exército (TUCKER-JONES, 2018, pos. 285-296).
panzerkampfwagen (panzer) i C | |
Tripulação | 2 (comandante/artilheiro e motorista) |
Blindagem | 5-30 mm |
Peso | 8.000 kg |
Dimensões | 4,19 (C) / 1,94 (L) / 1,92 (A) |
Motor | Maybach HL61P, 6 cilindros, refrigerado a água, 150hp |
Armamento | 1 metralhadora pesada LW141 e 1 metralhadora MG 34 |
Velocidade | 79 km (estrada pavimentada) |
Alcance Operacional | 300 km (estrada pavimentada) / 190 km (terra) |
Panzer I Ausf F
O Ausf F era um carro de combate com espessa blindagem (80 mm), específico para enfrentar qualquer canhão antitanque da época (1939). Infelizmente, o armamento continuava precário com duas metralhadoras MG 34 e devido ao peso da forte blindagem só conseguia uma velocidade de apenas 25 km/h (TUCKER-JONES, 2018, pos.302). Sua produção sofreu um grande atraso e só trinta carros de combate foram construídos em 1942. Havia um pedido inicial de cem unidades, mas que foram canceladas por causa do seu escasso armamento. Tinha as mesmas facilidades do tipo C que davam ao comandante/artilheiro uma boa visão com a torre fechada, através de cinco periscópios (DOYLE, 2019, 449-453). Foi o último modelo do Panzer I a ser fabricado, com os chassis restantes sendo aproveitados para variantes como carros de comando, transportes de munição, canhões autopropulsados e ambulâncias.
panzerkampfwagen (panzer) i F | |
Tripulação | 2 (comandante/artilheiro e motorista) |
Blindagem | 80 mm |
Peso | 21.000 kg |
Dimensões | 4,37 (C) / 2,64 (L) / 2,05 (A) |
Motor | Maybach HL45P, 6 cilindros, refrigerado a água, 150hp |
Armamento | 2 metralhadoras MG 34 |
Velocidade | 25 km (estrada pavimentada) |
Alcance Operacional | 150 km (estrada pavimentada) / 110 km (terra) |
Variantes
Foram produzidas muitas variantes do Panzer I, mas as mais interessantes foram: os carros de comando, de manutenção, os transportes de munição, as ambulâncias e os canhões autopropulsados (antitanques) que tiveram um papel relevante na França, África e Rússia, no início da guerra
CARROS DE COMANDO/AMBULÂNCIAS
Kleiner Panzerbefehlswagen I:
Um grande problema que existia nos carros de combate, era a dificuldade do comandante em se comunicar com os outros integrantes da unidade. O Panzer I só dispunha de um rádio receptor e precisava de um equipamento de transmissão, mas faltava um espaço adequado para a sua instalação. Foi necessário retirar o armamento para a instalação de uma mesa de mapas e de dois aparelhos de rádio, aumentando a superestrutura para que o comandante e operador de rádio pudessem trabalhar. O único armamento consistia em uma metralhadora ligeira MG 13 para simples ação defensiva. Foram construídos 184 carros de comando em estruturas do Ausf B e 6 em bases do Ausf A. Estiveram na campanha polonesa, francesa, africana e nos balcãs. Posteriormente, alguns veículos foram transformados em ambulâncias (Sanitätskraftwagen I) (TUCKER-JONES, 2018, pos.379-392).
Kleiner Panzerbefehlswagen I (PANZER I Ausf B) | |
Tripulação | 3 (comandante, motorista e operador de rádio) |
Blindagem | 13 mm |
Peso | 5.800 kg |
Dimensões | 4,45 (C) / 2,08 (L) / 1,72 (A) |
Motor | Maybach NL38TR, 6 cilindros, refrigerado a água, 100hp |
Armamento | 1 metralhadora MG 13 |
Velocidade | 40 km (estrada pavimentada) |
Alcance Operacional | 290 km (estrada pavimentada) |
CARROS DE MANUTENÇÃO/TRANSPORTES DE MUNIÇÃO
Munitionsschlepper auf Panzerkampfwagen I Ausf A:
Foi um veículo blindado especializado em transporte de munições para as Divisões Panzer. A solução encontrada foi muito simples, retirou-se a torre do modelo Ausf A e foi instalado uma leve proteção blindada para o motorista. Não tinha nenhum armamento e seu alcance operacional era de 95 km. No total foram construídos 51 protótipos;
Panzerkampfwagen I Ausf B ohne Aufbau:
Serviu como um equipamento para manutenção e recuperação de carros de combate no campo de batalha. Com o surgimento de tanques maiores, perdeu sua capacidade operativa de reparos, sendo utilizado até final de 1940. Não tinha armamento, nem torre, seu peso era de 4.000 kg e foram produzidas 164 unidades.
CANHÕES AUTOPROPULSADOS E ANTITANQUES
155 mm sIGG3 (Sf) auf PANZER I Ausf B:
Conhecido como BISON I, era um obus22 pesado de 150 mm para apoio da infantaria motorizada (Panzergrenadier), instalado no chassi do Panzer I Ausf B. Foi o primeiro canhão autopropulsado alemão fabricado em grande escala. Devido ao peso do equipamento, o motor (NL38TR) ficou muito sobrecarregado. A altura foi elevada em um metro, deixando-o mais desprotegido aos ataques inimigos. A tripulação era composta de quatro tripulantes (motorista, comandante, artilheiro e carregador) que ficava exposta aos tiros inimigos, pois não havia proteção lateral no veículo. Foi utilizado, pela primeira vez, na campanha do oeste (1940) e, posteriormente, no início da Operação Barbarrosa (1941). Foram construídas apenas 38 unidades e ficaram em atividade até 1943. Os próximos sIGG3 seriam inseridos nos chassis do Panzer 38t (TUCKER-JONES, 2018, pos.350-364).
155 mm sIGG3 (Sf) (PANZER I Ausf B) | |
Tripulação | 4 (comandante, motorista, artilheiro e municiador) |
Blindagem | 13 mm |
Peso | 8.500 kg |
Dimensões | 4,67 (C) / 2,06 (L) / 2,80 (A) |
Motor | Maybach NL38TR, 6 cilindros, refrigerado a água, 100hp |
Armamento | 1 canhão de 150 mm sIG33 |
Velocidade | 40 km (estrada pavimentada) |
Alcance Operacional | 140 km (estrada pavimentada) |
47 mm PaK (t) auf PANZER I Ausf B:
Foi a primeira variante antitanque usada pelos alemães na guerra. Possuía um canhão de 47 mm (tcheco) acoplado na estrutura de um Panzer I Ausf B, com uma proteção blindada de três lados, sem teto e armadura na parte traseira. A suspensão demandava cuidados especiais por causa do peso excessivo. Seu batismo de fogo foi na Bélgica e na França (1940), mas seu papel preponderante foi no Afrika Korps (1941) quando participou de importantes batalhas no deserto (Gazala e El Alamain I e II). Esteve nos estágios iniciais da invasão da Rússia, participando dos avanços de todos os Grupos de Exércitos (Norte, Centro e Sul). Foram fabricadas 202 unidades quando os Ausf B seriam substituídos pelos chassis dos tanques franceses Renault R35 capturados. Depois de 1942, foi utilizado em tarefas de segurança na retaguarda dos exércitos alemães, tanto na França quanto na Rússia (TUCKER-JONES, 2018, pos.367-375).
47 mm PaK (t) (PANZER I Ausf B) | |
Tripulação | 3 (comandante/artilheiro, motorista e municiador) |
Blindagem | 13 mm |
Peso | 6.400 kg |
Dimensões | 4,42 (C) / 2,06 (L) / 2,14 (A) |
Motor | Maybach NL38TR, 6 cilindros, refrigerado a água, 100hp |
Armamento | 1 canhão de 47 mm KPÚV 38 |
Velocidade | 40 km (estrada pavimentada) |
Alcance Operacional | 140 km (estrada pavimentada) |
FOTOS:
- BISHOP, Chris; ROSADO, Jorge. División Alemana Panzer 1939-1945. Madri: LIBSA, 2008 (Imagens 1,2,5,6,7,8,9).
- DOYLE, David. The Complete Guide to German Armored Vehicles. New York: Skyhorse Publishing, 2019 (Imagem 3).
- Panzer I Ausf F: https//pt.wikipédia.org (Imagem 4)
BIBLIOGRAFIA:
- BISHOP, Chris; ROSADO, Jorge. División Alemana Panzer 1939-1945. Madri: LIBSA, 2008.
- DOYLE, David. The Complete Guide to German Armored Vehicles. New York: Skyhorse Publishing, 2019.
- HART, Peter. A Grande Guerra 1914-1918. Rio de Janeiro: BIBLIEX, 2019.
- MACKSEY, Kenneth. Divisões Panzer – Os Punhos de Aço. Rio de Janeiro: Editora Rennes, 1974.
- MACKSEY, Kenneth. Guderian General Panzer. Barcelona: Roca Editorial, 2016.
- MATA, José María; MOLINA, Lucas; MANRIQUE, José María. German Military Vehicles in the Spanish Civil War. Yorkshire: Frontline Books, 2020.
- MILLER, David. Tanks of the World – From World War I to the Present Day. Londres: Salamander Book, 2004.
- NOVA CULTURAL. Guia de Armas de Guerra – Tanques da Segunda Guerra Mundial. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1986.
- PORTELA F. ALVES, J. V. Os Blindados Através dos Séculos. Rio de Janeiro: BIBLIEX, 1964.
- SHOWALTER, Dennis E. Los Panzer de Hitler. Madri: La Esfera de los Libros, 2020.
- TUCKER-JONES, Anthony. Panzer I & II – The Birth of Hitler’s Panzerwaffe. South Yorkshire: Pen & Sword Books, 2018.
NOTAS:
[1] 324 tanques pesados, 96 leves e 120 carregadores de munição.
[2] Chefe do Estado-Maior Alemão (1916-1918).
[3] Foi o maior avanço executado por um exército durante a primeira guerra em um único dia.
[4] “Ofensiva dos Cem Dias” foi uma série de ataques contra as Potências Centrais, na frente ocidental, entre 08/08 e 11/11/1918.
[5] Assinaram o armistício: Marechal Ferdinand Foch (França), Almirante Rosslyn Wemyss (Grã-Bretanha) e o Deputado Matthias Erzberger (Alemanha).
[6] A Carden-Loyd seria comprada pela Vickers-Armstrongs em 1928.
[7] von Seeckt foi Chefe do Estado-Maior do Exército Alemão de 1919 a 1920 e depois Chefe do Exército de 1920 a 1926 quando renunciou ao cargo.
[8] O Reichswehr foi criado em 1919 pela República de Weimar, obedecendo o Tratado de Versalhes. O Exército era composto de sete divisões de infantaria e três de cavalaria, totalizando 100.000 homens. A Marinha possuía seis couraçados pré-dreadnoughts, seis cruzadores e doze destróieres, todos obsoletos, correspondendo a 15.000 homens. Em 1935, foi extinto com a criação da Wehrmacht pelos nazistas. O exército passou a ter 300.000 homens, artilharia pesada e os primeiros carros de combate (Panzer I).
[9] Era a conjugação de forças blindadas e motorizadas com velocidade e destreza.
[10] Campo de pesquisas militares de armas e foguetes, localizado a 25 km de Berlim.
[11] Canhão antitanque produzido de 1928 a 1942.
[12] Os tanques eram ainda protótipos (chassis) sem torres e sem armamentos.
[13] Símbolo do 7º Regimento Panzer e adotado por toda a divisão entre 1941 e 1943.
[14] Foram fabricados ± 2.500 unidades de todas as variantes durante a guerra.
[15] Em alemão “landwirtschafliche schlepper”.
[16] A MG. 13 foi um aperfeiçoamento da metralhadora Dreyse MG. 10 da primeira guerra mundial. Começou a ser utilizada pelas forças armadas alemães em 1930. Em 1934, seria substituída pela MG. 34 mais rápida, eficiente e barata.
[17] Na campanha da Polônia, a cruz branca foi substituída por uma amarela, com bordas brancas, para dificultar a visão do inimigo.
[18] Esse tanque tem em seu paralama direito três fazedores de fumaça (NbK).
[19] As armas antitanques da época não conseguiam penetrar a espessura de 80 mm do Panzer Ausf F.
[20] Insígnia que as divisões panzer passaram a utilizar depois da campanha polonesa.
[21] A letra K indicava que eram blindados do Panzergruppe Kleist.
[22] O Obus é um equipamento de cano curto que dispara granadas em trajetória curva (parábola).
Graduado em Arquitetura pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Mestrado e Doutorado em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisador sobre Primeira e Segunda Guerra Mundial.