Série Vale das Lágrimas

de

Prof. Dr. Ricardo Pereira Cabral/ Jornalista Arnaldo Risemberg

Valley of Tears (português Vale das Lágrimas  do hebraico: עֵמֶק הַבָּכָא, Emek HaBakha), (Nome original da série: hebraico: שְׁעַת נְעִילָה, Sh’at Ne’ila – que significa “tempo de Ne’ila”) é uma série de guerra israelense dirigida por Yaron Zilberman, com o roteiro de Ron Leshem. O roteiro foi baseado em entrevistas com centenas de veteranos e uma profunda pesquisa documental. O desenvolvimento da série levou uma década e sua filmagem durou 52 dias a partir de 21 de julho de 2019

Destacamos a reprodução das batalhas, bastante realista, coloca a questão do heroísmo, do sentido do dever, o compromisso que todo soldado tem com seus companheiros e a medo da morte presente em todos os instantes.

A série faz menção ao problema que existia dentro da sociedade judaica entres os judeus ashkenazi e sefardita, o movimento dos Panteras Negras que lutava por maior igualdade entre os próprios judeus

Fugindo do lugar comum de retratar o inimigo de forma unidimensional, a série mostra os sírios com valentes e ousados, atemorizados pela guerra, pessoas normais que tem muito em comum com os judeus, apresenta justificativa deles para a e o uso da tortura para obter informações.

Apresenta uma visão crítica da conjuntura por parte dos próprios israelenses: o despreparo de Israel para uma nova guerra, as provocações e a intransigência do governo de Tel-a-Viv nas negociações de paz com os países árabes e a rivalidade entre Sefaradim e o Ashkenazim, de fundo não só religioso, mas econômico e social.

Ashkenaz significa Alemanha. Por extensão, judeus nascidos neste país, nos paises do Leste Europeu, na França, no Reino Unido, e em outros paises europeus são chamados de Ashkenazim (singular Ashkenazi).

Sefarad significa Espanha. Por extensão, judeus nascidos na Espanha, em Portugal e em países da África são chamados de Sefaradim (singular Sefaradí ou Sefaradita).

Questões religiosas e linguísticas distinguem judeus Askhenazim de Sefaradim. Os rituais religiosos do Judaísmo, embora comuns a ambos os grupos, têm procedimentos próprios em cada um deles.

Quanto à questão idiomática: Sefaradim não falam nem compreendem o idioma iídiche falado (hoje cada vez menos) pelos Ashkenazim.

Iidiche resultado de uma combinação de, pelo menos, três idiomas: alemão medieval, hebraico e aramaico.

Recomendamos que assistam a série, que sai do lugar comum!!!

Quer saber mais sobre o assunto, leia o artigo Guerra do Yom Kippur: A Batalha do Vale das Lágrimas

Professor de História formado pela UGF. Mestrado e Doutorado em História pela UFRJ. Autor de artigos sobre História Militar e Geopolítica.

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