Prof. Dr. Ricardo Pereira Cabral
Em 11 de junho de 1865, foi travada no arroio Riachuelo, uma fluente do rio Paraná, localizado na província argentina de Corrientes.
A Força Naval Imperial que bloqueava o rio Paraná era composta pela 2ª Divisão Naval, comandada pelo Almirante Francisco Manoel Barroso da Silva e era composta pela fragata Amazonas, corveta Parnaíba, canhoneiras Mearim, Araguari e Iguatemi. A 3ª Divisão Naval era comandada pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra José Secundino de Gomensoro e composta pelas seguintes corvetas Jequitinhonha, Belmonte, Beberibe e Ipiranga.
A Marinha paraguaia, comandada pelo Comodoro Pedro Ignácio Mezza era composta pelas corvetas Taquari e Paraguari, e os navios a vapor Ygurei, Marquês de Olinda, Salto Oriental, Yporá, Jejuy e Pirabebé. Os paraguaios ainda tinham ainda sete baterias flutuantes “chatas” comandadas por tenentes de artilharia, montando cada uma um canhão de 68 libras. Estas “chatas” eram rebocadas ao campo de batalha por um navio, exceto o “Salto Oriental” Entre a tripulação figuravam 400 marinheiros entre os oito navios e outros 72 a bordo das chatas. Somando 472 marinheiros que foram agregados com quinhentos combatentes do 6º Batalhão de Infantaria a bordo. Completavam o dispositivo paraguaio 22 peças de artilharia e duas baterias à “Congreve” com 1 200 atiradores posicionados nas barrancas da Foz do Riachuelo, comandados pelo Tenente-Coronel José María Bruguez. O principal objetivo paraguaio era tomas os navios brasileiros.
A batalha teve início por volta das 9 h quando a canhoneira Mearim, navio de vanguarda e prontidão avista os navios paraguaios descendo o rio e avisa ao restante da Esquadra. Barroso imediatamente toma as providências para a batalha.
A 1ª Carga ocorre entre as duas Esquadra em linha de batalha, Barroso iça o sinal “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever”, e em seguida “Atacar e destruir o inimigo o mais de perto que puder”. Neste primeiro embate duas chatas foram afundadas e uma chata e o vapor Jejuy danificados. A Esquadra brasileira desce o rio para dar combate aos paraguaios que dão a volta e se posicionam abaixo do arroio do Riachuelo se posicionando próximos as posições de artilharia em terra.
Na 2ª Carga a corveta Belmonte é seriamente atingida pelos navios paraguaios e as baterias em terra, se retira do combate a fim de se reparar. Lideradas pela fragata Amazonas atravessam o arroio trocando tiros e repelindo tentativas de abordagem. A corveta Jequitinhonha encalha, recebe pesado fogo paraguaio e repele tentativas de abordagem. A corveta Parnaíba vai em seu socorro, atingida no leme, fica à mercê das tentativas de abordagem dos navios paraguaios Paraguari pela proa, o Taquari por bombordo e o Salto por estibordo. Após uma hora de combate pelo controle do navio entre a tripulação e os invasores vieram em seu socorro a canhoneira Araguari e a corveta Beberibe levando os navios inimigos a se afastarem.
O combate entre os defensores brasileiro da corveta Parnaíba e os invasores paraguaios foi um dos episódios mais dramáticos dessa batalha. O guarda-marinha João Guilherme Greenhalgh, o Imperial Marinheiro Marcílio Dias, o capitão Pedro Afonso Ferreira e o tenente Feliciano Inácio Andrade Maia (ambos do 9º Batalhão de Infantaria) entre outros perderam a vida defendendo a Parnaíba.
A batalha estava em uma fase crítica e o resultado indeciso, tem início a 3ª Carga. Barroso iça o sinal “sustentar o fogo que vitória é nossa” e em seguida abalroou o vapor Jejuy e uma chata afundando-as, em seguida investe contra a Salta afundando-a e depois contra a marquês de Olinda que depois de atingida vai encalhar rio abaixo. A Esquadra Paraguai surpreendida pela manobra foge depois de ter pedido 4 navios e 6 chatas.
A Batalha do Riachuelo foi uma vitória decisiva para a Tríplice Aliança.
Imagem de Destaque: Aventuras na História
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Professor de História formado pela UGF. Mestrado e Doutorado em História pela UFRJ. Autor de artigos sobre História Militar e Geopolítica.
Muoto bom conhecer detalhes tão importantes de nossa história e daqueles que deram a vida pela nossa pátria, pela nossa família e segurança. Hoje ao passar por uma rua com o nome de um destes valete tes guerreiros, lembrarei com amor e gratidão pelo que fizeram por nós e pelo Brasil!
Muito obrigado pelo comentário. Agradeço o elogio. Continue nos acompanhando.
Atenciosamente,
Prof. Dr. Ricardo Cabral