Desastre no Mar: Navios latino-americanos atacados por submarinos alemães

de

Dr. Jorge Ferrer

1- ARGENTINA:

U-37 (Tipo IXA)                                       
U-201 (Tipo VIIC)
U-202 (Tipo VIIC)

ANTECEDENTES:

      O início da guerra na Europa deixou os representantes dos Países Americanos muito apreensivos sobre as consequências que poderiam ocorrer com o continente. Foi marcada uma reunião entre os Ministros das Relações Exteriores Americanos (MRE, 1944 v.1, p. 21-25) no Panamá¹, que formulou uma “Declaração Geral de Neutralidade”, mostrando o pensamento mútuo que existia entre os países americanos. Na tentativa de manter o continente em paz, foi criada uma zona de neutralidade marítima de 300 milhas² (MRE, 1944 v.1, p. 33-35). Isso não impediu que vários incidentes ocorressem dentro dessa área, sendo o mais grave a batalha naval entre o Admiral Graf Spee³ e três cruzadores britânicos (Achilles, Ajax e Exceter)4 na embocadura do Rio da Prata, dentro de águas territoriais uruguaias. O Graf Spee seria afundado por sua tripulação, em frente à Montevidéu, com sua tripulação se refugiando na Argentina.

Após a derrota da França (1940), em outra reunião de Chanceleres Americanos, realizada em Havana5, manteve-se a posição de neutralidade e a afirmação da manutenção do “status quo” das colônias europeias do continente (Resolução 16 – Acordo do Panamá). Na Conferência do Rio de Janeiro6 (MRE v.2, 1944, p. 11), a pressão norte-americana preconizava que as nações americanas recalcitrantes, rompessem relações diplomáticas contra os Países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), pois Costa Rica, Cuba, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Nicarágua, Panamá e República Dominicana já haviam declarado guerra e México, Colômbia e Venezuela rompido relações. Diante da coação norte-americana, Bolívia, Brasil, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai decidiriam pela ruptura diplomática e, apenas Argentina e Chile permaneceriam neutros. O Chile romperia relações um ano depois (20/01/1943).

A neutralidade argentina e uma relação política bem próxima com o fascismo alemão e italiano, durante quase todo o conflito, não foi suficiente para impedir que submarinos alemães atacassem três navios mercantes do país (Uruguay, Victoria e Rio Tercero). O Uruguay foi interceptado e afundado na costa espanhola quando se dirigia para a Bélgica, em maio de 1940. O Victoria seguia para Nova York quando recebeu dois torpedos que não foram capazes de afundá-lo, sendo salvo e escoltado por um rebocador e dois destroieres norte-americanos, dois anos mais tarde (04/1942). Por fim, dois meses depois (06/1942), o Rio Tercero recebeu três torpedos que o afundaram em poucos minutos, ocasionando a perda de cinco tripulantes. Iremos descrever abaixo, como esses ataques foram perpetrados, respectivamente, pelos submarinos U-377, U-2018 e U-2029.

Uruguay
Tipo/Ano FabricaçãoMercante a vapor (1921)
Proprietário                      Cia. Argentina Navegación Mihanovich Ltda. (B. Aires)
Tonelagem3.425 ton.
Posição/Datalat. 43º 40’N, long. 12º 16’W (27/05/1940)
Tripulação28 tripulantes
Mortos15 mortos
RotaRosário-Buenos Aires-Lisboa-Limerick (Irlanda)
CargaMilho, trigo e linho
Afundado pelo U-boatU-37 (Capitão-Tenente Victor Oehrn)

URUGUAY:

O Uruguay seguia para Antuérpia (Bélgica) quando a Wehrmacht invadiu a França e os Países Baixos (1940), obrigando o comandante argentino a procurar o porto neutro de Limerick10, na Irlanda, para desembarcar sua carga perecível. Quando se deslocava ao largo do Cabo Villano, no norte da Espanha, foi interceptado pelo U-37 (tipo IXA)11 que exigiu do comandante argentino, a apresentação de toda documentação sobre a carga que levava. Ao analisar os papéis, o Capitão Oehrn decidiu que a carga envolvida era “contrabando de guerra”12 e determinou o afundamento da embarcação (WOODMAN, 2011, pos. 2766). Todos os tripulantes foram retirados, e bombas de tempo foram instaladas no navio, que recebeu também seis impactos de canhão do submergível, por volta das 22:00 hs. Os homens foram instalados em duas baleeiras sem meios mecânicos de propulsão a mais de 130 milhas da costa.

Os náufragos ficaram à deriva uma noite e um dia, sendo que uma das baleeiras conseguiu aportar à costa espanhola, com seus tripulantes em estado bastante lastimável. Nela havia treze homens, sendo um deles o comandante (Mestre Antonio Garcia) que trazia consigo o diário de bordo da embarcação. Diante da ausência de notícias do outro bote, a Cia. Argentina de Navegación Mihanovich contratou um avião para esquadrinhar as águas do cabo, mas nada foi encontrado. Até hoje, nunca se descobriu o que aconteceu com esses quinze tripulantes. O Governo Alemão justificou que a documentação apresentada tinha imprecisões de quem receberia a mercadoria, se a Bélgica ou a Irlanda. Mas o documento que definiu o fim da embarcação, foi a certidão que garantia aos tripulantes uma bonificação de 300% para qualquer porto beligerante do Mar do Norte ou do Canal da Mancha.    

VICTORIA:

Victoria
Tipo/Ano FabricaçãoPetroleiro (1941)
Proprietário                      Cia. Argentina Navegación Mihanovich Ltda. (B. Aires)
Tonelagem7.417 ton.
Posição/Datalat. 36º 41’N, long. 68º 48’W (18/04/1942)
Tripulação39 tripulantes
Mortos0 mortos
RotaBuenos Aires-Rio de Janeiro-Recife-New York
CargaÓleo de linhaça
Afundado pelo U-boatU-201 (Capitão-Tenente Adalbert Schnee)

O petroleiro Victoria navegava solitário, perto do Cabo Hatteras (Carolina do Norte)13, com destino ao porto de Nova York quando recebeu um torpedo do U-201 (VIIC)14 às 00:46 hs. (18/04). O Comandante Félix Salamone ordenou que fosse enviado um pedido de socorro e que os tripulantes permanecessem no navio avariado, à espera de auxílio. O Capitão Schnee voltou uma hora depois e, ao verificar que o navio não havia imergido, disparou outro torpedo para afundá-lo definitivamente. Entretanto, ele continuou flutuando e Schnee resolveu emergir para terminar o serviço com o canhão do deck. Foi quando percebeu que a embarcação era de uma nação neutra, havia confundido as bandeiras pintadas no costado com as de El Salvador15, relatando ao alto comando alemão (BdU Op)16 o equívoco. Recebeu ordens de abandonar a área do incidente o mais rápido possível (MUTTI, 2019, pos. 724-740).

O barco avariado foi abandonado pela tripulação em dois botes salva-vidas que após algumas horas, foram separados pelo vento forte e a maré. O sinal de socorro foi interceptado pelo rebocador USS Owl (AM-2)17, que sete horas depois, ao encontrar o petroleiro flutuando, enviou um grupo de reparos para restaurar seus motores. Passaram um dia tentando consertá-lo quando foram informados pelo mercante britânico SS Empire Dryden18 que um bote com vinte e um sobreviventes do Victoria tinha sido avistado, onde estavam o Capitão Salamone e o Eng. Fred Troughton, da empresa que projetou os motores do navio (Fairbanks Morse). Todos foram enviados para o barco argentino, com o engenheiro conseguindo movimentar os motores a uma velocidade razoável de sete nós. Com o apoio do rebocador Owl,o barco argentino seguiu viagem para Nova York (MUTTI, 2019, pos. 745-759).

Dois destroieres norte-americanos, o USS Swanson (DD-443)19 e o USS Nicholson (DD-442)20 foram enviados de Nova York para ajudar no resgaste quando avistaram o outro bote argentino às 16:00 hs. do dia 19. Os náufragos foram recolhidos e enviados para o Victoria. No dia seguinte, o Owl foi substituído pelo USS Sagamore (AT-20)21, com o comboio chegando ao porto de Nova York no dia 21. O Governo da Argentina, por desconhecer a nacionalidade do submergível, enviou uma carta de protesto para a Alemanha e Itália sobre o ocorrido. O Governo Alemão respondeu pedindo desculpas, afirmando que o comandante havia cometido um engano na identificação do navio e, afirmou que no futuro os prejuízos seriam compensados. Essas reparações nunca ocorreram e, devido aos altos custos dos consertos a empresa argentina desistiu do navio, que acabou sendo adquirido pelos EUA e arrendado para o Panamá.

RIO TERCERO:

Rio Tercero
Tipo/Ano FabricaçãoMercante a vapor (1912)
Proprietário                      Flota Mercante del Estado
Tonelagem7.417 ton.
Posição/Datalat. 39º 15’N, long. 72º 32’W (22/06/1942)
Tripulação42 tripulantes + 1 passageiro
Mortos5 mortos
RotaNew York-Buenos Aires
CargaCarvão, cargas diversas e correio
Afundado pelo U-boatU-202 (Capitão-Tenente Hans-Heinz Linder)

O último navio argentino torpedeado foi o Rio Tercero que havia saído do porto de Nova York, com destino a Buenos Aires. Foi atingido por três torpedos do U-202 (VIIC), a 120 milhas do porto norte-americano, afundando em 11 minutos. As explosões mataram cinco marinheiros argentinos, com os restantes 37 tripulantes e um passageiro22 sendo direcionados para os botes salva-vidas, pelo Capitão Luís Pedro Scalese. Quando estavam se afastando dos destroços do navio, apareceu um submarino que levava o brasão da cidade de Innsbruck23 em sua torre (U-202). Os alemães se aproximaram, perguntando onde estava o comandante do barco. Assim, o Capitão Scalese foi obrigado a subir no submergível com o diário de bordo. Depois de um breve, mas intenso interrogatório, o devolveram ao bote com o U-202 (Linder) se afastando dos náufragos sem prestar qualquer auxílio (MUTTI, 2019, pos. 791-799).

Voltaram poucos minutos depois para perto das baleeiras, apontando, ameaçadoramente as metralhadoras da torre e, só se detiveram porque um avião norte-americano apareceu, despejando quatro bombas contra o U-202. O submarino se afastou e submergiu com rapidez e destreza. Acredita-se que o Capitão Linder pretendia eliminá-los para esconder o seu erro, ao afundar um mercante de uma nação neutra. Em seu diário de bordo ele escreveu:

Não há trânsito perto da costa. Atividade aérea média, sem patrulha marítima. Vapor argentino “Rio Tercero” ex “Fortunstella” (4.864 BRT) afundado, sem bandeira ou marcações de neutralidade. Serviço de transporte Nova York a Buenos Aires.” (MUTTI, 2019, pos.819)    

 “O vapor estava navegando no curso de 135º, não praticava ziguezague. A identidade do navio foi descoberta após o naufrágio, por declaração do capitão (argentino).” (MUTTI, 2019, pos. 829)

Fotos da época mostram o Rio Tercero (ver foto acima) contendo cinco bandeiras pintadas em seus cascos24, com o nome da cidade de Buenos Aires entre as bandeiras. A mentira descrita no diário do U-202 era uma justificativa para ocultar o engano cometido e, esconder a ação desastrosa de um oficial veterano e com bastante experiência. Muitos protestos foram realizados em Buenos Aires, por causa da morte dos cinco marinheiros, mas o Governo Argentino acabou não rompendo relações diplomáticas com a Alemanha. Posteriormente, uma história curiosa surgiu na Argentina, alegando que o afundamento do Rio Tercero foi causado por retaliação ao Capitão Scalese, que havia informado a posição de outro submarino alemão às autoridades norte-americanas, violando a sua posição de neutralidade. Essa hipótese nunca foi confirmada, com pesquisadores acreditando que foi uma mentira plantada pelo MREC25 da Argentina26.

FOTOS:

1 – U-37; U-201; U-202: https//pt.wikipédia.org (Imagens 1,2,3).

2- Uruguay; Victoria; Rio Tercero: https//uboat.net (Imagens, 4,5,6).

SITES:

1 – Disponível: DW: <https://www.dw.com> un-barco-argentino-en-la-guerra-de-submarinos/a. Acessado em: 29/01/2022.

2 – Disponível:  Historia Y Arqueología MARÍTIMA: histamar.com.ar/infHistorica-3/HundimientoRioTercero.htm. Acessado em: 29/02/2022.

3 – Disponível:     Uboat.net: https://uboat.net. Acessado em: 29/01/2022.

FONTES OFICIAIS:

1 – Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE-Itamaraty): Arquivo Histórico do Itamaraty (AHI).

2 – Ministerio de Relaciones Exteriores y Culto de la República Argentina (MREC): Archivo Histórico de Cancillería – División Asuntos Políticos (DAP).

3 – Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE): O Brasil e a Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1944, 2 Vol.

BIBLIOGRAFIA:                              

1 – MUTTI, Julio B. 10 Historias Argentinas de la Segunda Guerra Mundial. Buenos Aires: Olmo Ediciones, 2019.

2 – WILLIAMSON, Gordon. Kriegsmarine U-boats 1939-1945 (1). Oxford: Osprey Publishing, 2002.

3 – WILLIAMSON, Gordon. Kriegsmarine U-boats 1939-1945 (2). Oxford: Osprey Publishing, 2002.

4 – WOODMAN, Richard. The Real Cruel Sea – The Merchant Navy in the Battle of the Atlantic 1939-1943. South Yorkshire: Pen & Sword Books, 2011.

NOTAS:

[1] Primeira Reunião de Consulta de Ministros das Relações Exteriores das Repúblicas Americanas no Panamá (23/09-03/10/1939).

[2] O limite internacional para águas territoriais era de três milhas, mas foi ampliado para trezentas milhas, como “Zona de Segurança Continental”.

[3] Admiral Graf Spee era um cruzador pesado, equipado com canhões de 280 mm, bem superiores aos utilizados pelos cruzadores da época. Por causa disto, os britânicos o classificaram como “Encouraçado de Bolso”.

[4] HMNZS Achilles (nº 70) era um cruzador leve e, durante a guerra, estava comissionado na Marinha da Nova Zelândia. Após a batalha do Atlântico, voltou para o seu país e foi empregado no Pacífico na luta contra o Japão, até o final da guerra. O HMS Ajax (nº 22), também era um cruzador leve, seria empregado no Mediterrâneo e teria uma participação destacada no Dia D (06/06//1944). O HMS Exeter (nº 68), um cruzador pesado, seria afundado pelos japoneses no Mar de Java, em março de 1942.

[5] Segunda Reunião de Consulta de Ministros das Relações Exteriores das Repúblicas Americanas em Cuba (21-30/07/1940).

[6] Terceira Reunião de Consulta de Ministros das Relações Exteriores das Repúblicas Americanas no Rio de Janeiro (15-28/01/1942).

[7] U-37 foi o sexto submergível alemão com o maior número de afundamentos (53 mercantes, 2 navios de guerra e um mercante avariado) da Segunda Guerra Mundial. Seria afundado pela sua tripulação no dia 05/05/1945, na baía de Sonderburgo (Dinamarca).

[8] U-201 terminou sua carreira no dia 17/02/1943, no Atlântico Norte. Foi destruído por cargas de profundidade do HMS Viscount (nº 92) com a perda de todos os seus 49 tripulantes.

[9] U-202 foi afundado no Atlântico Norte em 02/06/1943. Seu algoz foi o HMS Starling (n° 66) que utilizou cargas de profundidade e tiros de canhões. Sobreviveram 30 dos 48 tripulantes.

[10] A Cia. Argentina Navegación Mihanovich conseguiu vender a carga perecível para uma empresa irlandesa, desviando a embarcação por radiograma, para o porto de Limerick.

[11] O Submarino tipo IXA era um barco oceânico, equipado com um canhão de 105 mm na frente, um canhão de 37 mm na ré e um canhão de 20 mm (aéreo) na torre. Também, continha seis tubos de torpedos (4 na proa e 2 na popa), transportava 22 torpedos e tinha uma tripulação de 48-52 homens (WILLIAMSON, 2002, pos. 68-84).

[12]Contrabando de Guerra é a mercadoria considerada utilizável para guerra por um beligerante que foi fornecida por um país neutro (produto ilícito).

[13] Cabo Hatteras é uma barreira de ilhas de águas traiçoeiras na Carolina do Norte, conhecido como o “Cemitério do Atlântico”, onde os submarinos alemães permaneciam dias à procura de navios mercantes aliados, no início de 1942.

[14] O Submarino tipo VIIC foi a embarcação mais utilizada pelos alemães na guerra, cerca de 750 foram construídos. Tinha um canhão de 88 mm no deck, 5 tubos de torpedos (4 de proa e 1 na popa), levava 14 torpedos e sua guarnição era composta de 44-48 homens (WILLIAMSON, 2002, pos. 298-318).

[15] As duas bandeiras têm as mesmas cores e o mesmo formato, sendo diferenciadas pelos emblemas nacionais que não apareciam nas pinturas do navio. A bandeira de El Salvador contém um brasão de um triângulo equilátero, com cinco lanças nativas e o lema “Deus, União e Liberdade” com as palavras “República de El Salvador na América Central”. A Argentina apresenta o “Sol de Mayo” que tem como referência o início da revolução de 18 a 25 de maio de 1810, que culminou, quinze anos depois, com a independência do país.

[16] BdU Operationsabteilung era o Comando Operacional dos U-Boats (Karl Dönitz).

[17] O USS Owl (AM-2) foi lançado em 1918 como um caça minas que participou da Primeira Guerra Mundial. Na década de 30, transformou-se em rebocador com serviços prestados entre a costa leste norte-americana e o Caribe. Posteriormente (1944), fez trabalhos de transporte entre a Inglaterra e a França, apoiando as tropas que participaram do Dia D. Regressou aos EUA no início de 1945.

[18] SS Empire Dryden (nº 682) era um mercante inglês de 7.164 ton., construído em 1942, que teve uma vida útil muito efêmera, sendo afundado pelo U-572 (dos 51 tripulantes, vinte e seis morreram), três dias depois de auxiliar os náufragos do Petroleiro Victoria.

[19] USS Swanson (DD-443) era um destroier lançado em 1940, que participou de patrulhas na costa leste americana até meados de 1942. Mais tarde, foi designado para a campanha da África do Norte e da Sicília. Em 1944, foi enviado para o Pacífico para participar de vários comboios e de serviços de resgate marítimo. Foi retirado do serviço no final de 1945.

[20] USS Nicholson (DD-442) participou da guerra no Atlântico, Mediterrâneo e Pacífico. Com o fim do conflito ficou na reserva da Marinha até 1951. Foi vendido para a Marinha Italiana, ficando em serviço ativo até 1975 quando foi utilizado como alvo de treinamento.

[21] USS Sagamore (AT-20) foi um rebocador da Marinha Norte-americana de 1917 a 1945.

[22] O médico Francisco Arumbarri era o único passageiro do Rio Tercero.

[23] Innsbruck é uma cidade da Áustria, Capital do Estado do Tirol. Era o emblema do Capitão-Tenente Linder do U-202.

[24] Por um acordo entre os beligerantes ficou determinado a posição e o tamanho das bandeiras que os países neutros deveriam postar em seus costados. A Argentina e a Suécia tinham direito a cinco bandeiras de cada lado.

[25] Ministério das Relações Exteriores e Culto da República Argentina.

[26] Segundo historiadores argentinos e o radiotelegrafista do Rio Tercero (Roque Volpe), era uma forma de justificar a atitude do Capitão Linder (U-202) no afundamento do navio. Colocando a culpa no Capitão Scalese, desviava a atenção da opinião pública argentina e minimizava qualquer problema diplomático com a Alemanha.

Graduado em Arquitetura pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Mestrado e Doutorado em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisador sobre Primeira e Segunda Guerra Mundial.

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