Uma análise sobre o baixo efetivo das unidades de combate russas na Guerra da Ucrânia

de

Ms. Rodolfo Queiroz Laterza

CONTEXTO PRELIMINAR

Na rápida e exitosa ofensiva ucraniana no eixo de Kharkiv e Izium, deflagrada em 05 de setembro, a partir de um assalto à área de Balakleya, verificou-se que as Forças Armadas da Ucrânia (FAU), com apoio de planejamento operacional da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), identificaram uma área da linha de contato de controle das forças russas com muito tênues e defendidas por reservistas locais mobilizados da região de Luhansk e unidades da Rosguardia (Guarda Nacional Russa) evidenciando graves lacunas nas posições russas.

Essa iniciativa tática por parte das FAU se deu a partir de uma rápida manobra com destacamentos leves e aproveitou, com grande habilidade, o fato de ser uma região densamente arborizada, o que dificultou o reconhecimento aéreo por parte da aviação tática russa (acionada em lapso temporal muito estendido quando a ofensiva ucraniana já se consolidava para controlar Balakleya). Uma falha operacional russa, pois a área deveria estar sendo vigiada por UCAVs e/ou por patrulhas a pé e motorizadas. Aliás, os russos vem apresentando várias deficiências na área C4ISR (Command, Control, Communications, Computers, Intelligence, Surveillance, and Reconnaissance), ou seja, na “consciência situacional” do Teatro de Operações que permitiria utilizar com uma eficiência maior os meios militares disponíveis no terreno.

https://twitter.com/War_Mapper/status/1572375489691684867

Na direção do ataque das FAU, verificaram-se dezenas de assentamentos considerados como grey zones, sem qualquer presença de unidades de combate russas, situação que se tornou relativamente comum no perímetro operacional de confronto entre as forças beligerantes, levando ao questionamento sobre a sobrecarga da capacidade de combate das forças russas, visivelmente muito diluídas ao longo de todo teatro de operações.

Conforme estimado pelo próprio GUR (Diretoria de Inteligência Militar da Ucrânia) e a inteligência britânica, a Rússia emprega atualmente em torno de 100.000 combatentes, divididos dentre unidades do Exército Russo, Forças Aerotransportadas (VBN), fuzileiros navais, unidades da Força Aeroespacial (VKS), formações de mercenários da companhia militar (PMC, Private Military Company) “WAGNER”, unidades SOF  (Special Operation Forces) chechenas que operam em caráter relativamente autônomo, além de unidades da Rosguardia (Guarda Nacional Russa) e FSB (Serviço Federal de Segurança).

https://www.theguardian.com/world/2022/may/20/russia-may-scrap-age-limits-for-soldiers-to-bolster-ukraine-invasion-force

Considerando que as duas últimas são forças de caráter policial e contra-insurgente, as formações armadas russas na Ucrânia de natureza militar e adequadas para esforço de guerra são ainda menores que o número estimado de 100.000 combatentes.

Ademais, a Rússia coordena suas ações militares com suporte fundamental de aproximadamente 45 mil combatentes mobilizados das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, os quais são empregados predominantemente em funções de infantaria leve, composição de linhas de defesa de primeiro nível e ações de assalto a assentamentos após supressão de fortificações e unidades de combate ucranianas.

Diante dos reveses táticos e operacionais recentes, decorrentes (dentre outras causas relevantes já analisadas em artigo anterior) do emprego de efetivo muito inferior àquele mobilizado pela Ucrânia em seu esforço de guerra (situado em torno de 700 mil mobilizados com amplo suporte militar da OTAN), que ameaçam severamente o planejamento estratégico russo na Ucrânia, setores nacionalistas da sociedade russa exigiram a ampliação do efetivo a partir da decretação da mobilização geral ou parcial, o que poderá ter grandes implicações políticas, econômicas e militares na Rússia e consequências significativas do conflito em curso.

https://www.bbc.com/news/world-europe-60506682.amp

A PREVISÃO DO IMPASSE OPERACIONAL DA RÚSSIA PELO FATOR CRÍTICO DO BAIXO EFETIVO

Como abordamos no artigo publicado no site Forças Terrestres, em 07/04/2022, intitulado “O realinhamento político-militar russo na Ucrânia” (https://www.forte.jor.br/2022/04/07/o-realinhamento-estrategico-militar-da-russia-na-guerra-com-a-ucrania/ ), ressaltamos que o tamanho do efetivo empregado pela Rússia no conflito iria comprometer em futuro próximo sua eficácia operacional, a capacidade de empreender avanços e ofensivas, bem como sustentar a defesa em camadas ao longo de 1200 km de perímetro operacional de combate.

Por razões políticas, econômicas e institucionais, é de conhecimento que a Rússia não declarou guerra conforme define sua Constituição Federal e não implementou lei marcial, restringindo sua estratégia a um conceito limitado de “operação militar especial”, focando na superioridade de fogo, manobras táticas operacionais rápidas e na economia de pessoal, dentro de um escopo estratégico inicial de se envolver em um conflito militar rápido e que atingiria seus objetivos políticos.

Diante do fracasso da estratégia inicial baseada, principalmente, na avaliação errada de rendição e capitulação do regime político ucraniano, a “operação militar especial” tornou-se um eufemismo para um esforço de guerra limitado e incompatível com uma guerra de desgaste e prolongada perante uma força militar numerosa, bem treinada e armada. 

Tal como frisado no artigo acima referenciado é importante ressaltar que as Forças da Ucrânia possuem 300 mil soldados na ativa e bem equipados, além de 200 mil paramilitares nas unidades mobilizadas da Guarda Nacional e dos batalhões nacionalistas. Além desse efetivo, cerca de 400 mil reservistas foram mobilizados, principalmente dentre os veteranos dos conflitos da região de Donbass.

https://www.wsj.com/articles/ukrainian-office-workers-and-tradesmen-receive-training-from-u-k-for-war-11657342801

Portanto mesmo o efetivo atual empregado pela Rússia, em torno de 190 mil soldados, continua extremamente demandado e sobrecarregado para uma grande operação de supressão e aniquilação do adversário, ainda mais que esse efetivo inclui unidades de engenharia e de apoio.

Ressalte-se que a Ucrânia recebeu, ao longo de 8 anos, de países da OTAN, substancial assistência técnica-militar, dentre o que há de mais avançado em armas antitanque, radares de artilharia, equipamentos de infantaria, comando e controle. Além do equipamento, o treinamento militar fornecido pela OTAN e pelas guardas nacionais norte-americanas está mostrando sua validade no campo de batalha.

Em nosso entendimento, para execução efetiva dos objetivos militares programados originalmente na invasão à Ucrânia, quatro tarefas mínimas as Forças Armadas Russas precisarão realizar:

1. Proteger o perímetro de sua área ocupada contra infiltrações. Da fronteira bielorrussa ao norte de Kiev até a fronteira russa a leste de Mariupol, o perímetro do território ocupado estimado é de aproximadamente 2.950 km de extensão. Usando o cálculo básico de um batalhão de aproximadamente 540 soldados para proteger cada seção de 80 km, a segurança do perímetro exigiria 19.980 (arredondado para 20 mil) soldados da linha de frente. Como essas tropas precisam de pessoal e apoio logístico, isso equivale a duas divisões russas reforçadas com 2.400 homens, logística e tropas de aviação cada (+ 4.800) e segurança costeira expandida (+ 1.500 soldados) mais um quartel-general do exército (1.000), exigindo um subtotal mínimo de 27.300;

2. Estabelecer, prioritariamente, a segurança de infraestruturas críticas, como por exemplo centrais elétricas e centros de comunicações em áreas urbanas. Se os russos pretendem anexar o território que terão conquistado, eventualmente precisarão fornecer alimentos, água, energia, saneamento, saúde e outros serviços essenciais. Os insurgentes tentarão atingir parte dessa infraestrutura para minar o apoio popular a ocupação. Pode haver, aproximadamente, 26 milhões de pessoas vivendo nesta zona ocupada. Dada a incerteza quanto as estimativas da população ucraniana, o deslocamento populacional da guerra e a situação relativamente estável na Crimeia (aproximadamente 2 milhões de pessoas), ou 19 milhões como uma estimativa da população. Existem 22 grandes áreas urbanas na zona ocupada, cada área urbana teria cinco entroncamentos principais exigindo segurança, que cada nó exigiria 145 soldados e que cada três nós exigiria outros 140 soldados. Portanto, a segurança do entroncamento principal exigiria em cálculo grosseiro cerca de 25.900 soldados.

https://brasil.elpais.com/internacional/2021-12-05/tensao-aumenta-nas-trincheiras-da-guerra-da-ucrania-enquanto-a-russia-mostra-poderio-militar.html

3. Proteger as principais estradas e ferrovias para manter as linhas de comunicação internas abertas. Manter uma força de ocupação abastecida com os suprimentos necessários para o combate requer um alto nível de segurança das linhas de comunicação em toda a área ocupada. Os insurgentes ucranianos, provavelmente trabalharão para interromper o fluxo logístico, por intermédio de emboscadas, lançamento de minas, armadilhas e de dispositivos explosivos improvisados a fim interromper a liberdade de movimento russa. A segurança das linhas de comunicação requer a criação de postos de controle e patrulhamento ao longo das rotas mais usadas pelas forças de ocupação. Algum risco pode ser assumido em estradas secundárias, todas as quais podem ser usadas por insurgentes para se infiltrar e realizar ataques, mas nem por isso devem ser abandonadas. Consideramos que os russos precisariam garantir a segurança de cerca de 7.255 quilômetros de estradas e ferrovias. Isso se divide em 181 seções, 63 tropas por seção (+11.403), com 140 batalhões para cada 400 tropas (+4.060), além de duas divisões e acessórios (+4.800), exigindo-se a mobilização adicional de 20.300 tropas, considerando-se aqui números arredondados.

4. Proteger a população e conduzir operações civis-militares e de contra-insurgência. Se a invasão da Rússia for bem-sucedida, a Federação Russa assumirá, de fato, a responsabilidade pelo bem-estar de aproximadamente 19 milhões de pessoas, aproximadamente 14% da população atual estimada da Rússia. Em termos de massa de terra e população, este será de longe o maior ocupação tentada desde a ocupação soviética da Europa Oriental nos anos após a Segunda Guerra Mundial. Grande parte da infraestrutura necessária para sustentar a população ucraniana na zona ocupada atualmente está sendo destruída, o que impactará a reconstrução de infraestruturas de suporte local. Oficiais de ocupação, possivelmente, da Rosguardia (Guarda Nacional Russa) diretamente subordinada ao Presidente da República, serão responsáveis por apoiar milhões de pessoas e reconstruir suas cidades, enquanto combatem uma insurgência ativa apoiada pela OTAN em recursos materiais e sistemas de armas avançados. Será necessária uma força conjunta civil-militar altamente especializada em várias atividades civis e em contra-insurgência para de administrar, com sucesso, todas essas tarefas.

5. Uma eventual tomada de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia em termos demográficos, demandaria a necessidade de um batalhão de infantaria motorizada russa reforçada de 650 soldados para proteger cada seção. Usando essa mesma estimativa de base, a Rússia precisaria alocar 110 batalhões (+ 71.500 soldados) em oito divisões (+ 22.400 tropas e adjuntos de divisão) e um grupo de exército (+1.000) para um total de 94.900 soldados. O custo total da tropa de ocupação para todas as quatro tarefas é de 168 mil (27.300 + 25.900 + 20.300 + 94.900 = 168.400, arredondado para baixo). Outros 168 mil soldados precisariam ser mantidos em reserva para rotação do efetivo empenhado na ocupação, amarrando aproximadamente 336.000 tropas russas para o que pode ser uma ocupação de vários anos.

6. Usando um novo e provável limite de avanço a oeste do rio Dnieper e ao norte de Odessa, estima-se que a Rússia precisaria implantar pelo menos 168 mil tropas de ocupação e manter outros 168 mil em rotação constante para um total de 336 mil tropas. Isso constitui mais de 95% de toda a Força Terrestre Russa de aproximadamente 350 mil homens, sem incluir tropas russas aerotransportadas, de operações especiais ou da Guarda Nacional disponíveis.

Também estimou-se que “até 9 de maio, estima-se com segurança que operação russa não terminará, pois não é mais possível completá-lo o mais rápido possível. Porque para terminá-la rapidamente, foi preciso começar a mobilização dos 190 mil soldados originalmente previstos logo nos primeiros dias da operação e isso não foi feito. Em suma, a Rússia não tem os 300 mil soldados extras necessários para uma vitória rápida.”

Ressalte-se que o número estimado em nosso artigo de 300.000 soldados adicionais corresponde justamente ao que fora anunciado na mobilização parcial pelo Governo russo na data de 21 de setembro de 2022.

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/chefe-da-crimeia-diz-que-servico-para-ajudar-mobilizacao-de-putin-e-firmado/

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, o curso dos acontecimentos vigentes com dificuldades em vários eixos das forças russas em seu conflito militar com a Ucrânia expôs como a ordem de batalha com efetivo adequado é um componente decisivo para que a força beligerante atinja parcial ou totalmente seus objetivos, mesmo em teatro de operações com uso massivo de tecnologia avançada.

O processo de controle efetivo de uma área conflagrada não envolve a eliminação da força inimiga tão somente, mas engloba a formação de pontos de defesa avançados, operações de limpeza de área e de contra-insurgência, formação de perímetro operacional e linha de contato seguros, bem como capacidade de manter a linha logística. Esses detalhes exigem um complexo planejamento de efetivo, sob pena de haver deterioração da segurança, controle e ocupação da área ou assentamento.

Estudos empíricos diversos, como da Rand Corporation, apontam que em um conflito militar baseado em no embate de forças convencionais e de para militares em um cenário de contra-insurgência em algumas regiões, a desproporção de efetivo da força convencional na ordem de 1:6 afetou negativamente a eficácia de combate e gerou derrotas perante a força inimiga em cerca de metade das batalhas em diferentes conflitos militares examinados. 

Recentemente Ranzam Kadyrov, Presidente da República da Chechnya e diretamente envolvido na mobilização de vários batalhões voluntários para o esforço militar russo na Ucrânia, clamou cada um dos governos regionais (em número de 85) mobilizarem no mínimo 1000 combatentes, visando agregar maior capacidade de combate das forças russas.

O líder político da Crimeia, Sergey Asimonov, anunciou a formação de dois batalhões voluntários com financiamento dos bancos regionais, assim como o Governo da República de Perm. Outras regiões russas estão em processo de formação de unidades de combate.

Da mesma forma, foi amplamente noticiado esforço de recrutamento e contratação da companhia militar PMC WAGNER em prisões russas de mais combatentes, o que gerou sérias preocupações de setores judiciais e de direitos humanos na Rússia.

No dia 21 de setembro de 2022, o Presidente da Rússia Vladimir Putin anunciou medidas legais para decretação da mobilização parcial, com convocação imediata de 300.000 reservistas que se submeterão a treinamento para serem direcionados para o teatro de operações na Ucrânia, além de definir legalmente os combatentes de Luhansk e Donetsk com as prerrogativas e garantias dos militares russos em relação à remuneração, treinamento e equipagem, apesar de na prática já assim ocorrer.

Da mesma forma canais militares russos como por exemplo, Colonel Cassad confirmaram aumento significativo de procura de reservistas e voluntários para serem contratados pela empreiteira militar PMC WAGNER, cujos requisitos de ingresso são mais flexíveis quanto à critérios como nacionalidade e antecedentes.

O Conselho da Federação, órgão legislativo superior da Federação Russa, também votou no dia 20/9/22 projeto de lei que concede cidadania russa simplificada para estrangeiros que sirvam à Rússia na “operação militar especial” em desenvolvimento na Ucrânia, medida que certamente ampliará o efetivo através da atração de milhares de quiguizes, uzbesques, tadjques e outras etnias de países da ex-URSS que compõem o principal grupo de migrantes na Rússia e que desejam a obtenção da cidadania para fins de exercício de direitos e usufruto de serviços sociais.

Depreende-se que o Kremlin, diante dos sérios riscos políticos, econômicos e sociais decorrentes de uma mobilização geral, optou por manter sua estratégia de guerra baseada no conceito eufemístico de “operação militar especial”, buscando mobilização de reservistas e priorizando voluntários (com gratificações acima do pago pelo mercado), inclusive de migrantes e usando a PMC WAGNER  em um esforço político urgente diante das dificuldades de manter sua capacidade operacional de combate e avançar em Donbass (missão ainda longe de ser concluída), bem como manter as áreas ocupadas de Kharkiv, Luhansk, Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson.

https://www.neweurope.eu/article/moscow-is-moving-wagner-mercenaries-from-syria-and-africa-to-ukraine/

Ademais, a mobilização de voluntários, sem treinamento e preparo adequados pode afetar o incremento relativamente modesto de efetivo, não resultando em eficácia operacional. Daí ser um desafio estabelecer uma estrutura de treinamento em tempo, relativamente, rápido, haja vista a perspectiva de novas ofensivas das forças ucranianas nos eixos como Zaporizhzhia e Krasny Liman, onde ataques contínuos tem sobrecarregado e ameaçado as linhas de defesa russas, principalmente pelo fato do apoio recebido da OTAN.

Tal planejamento e coordenação levam em consideração fatores qualitativos favoráveis à Ucrânia, levando em conta a superioridade numérica de efetivo com 700.000 mobilizados, a partir de 4 ondas de mobilização, o apoio sistêmico de inteligência e reconhecimento por parte da OTAN. Além da enorme quantidade de sistemas de armas providos pelos EUA e EU, que aumentaram de forma significativa as capacidades de combate das Forças Armadas da Ucrânia, mantendo-as operativas eficazmente mesmo diante da destruição de grande parte de seu equipamento militar original nesses sete meses de conflito.

Imagem de Destaque: https://veja.abril.com.br/mundo/soldados-russos-tomam-usina-de-gas-na-ucrania/

Autor: Delegado de Polícia, Mestre em Segurança Pública, historiador, pesquisador em geopolítica e conflitos militares

Fontes consultadas:

O realinhamento estratégico militar da Rússia na guerra com a Ucrânia

https://kyivindependent.com/

https://worldview.stratfor.com/

https://www.realcleardefense.com/

www.rusi.org

https://smallwarsjournal.com/

Delegado de Polícia, historiador, pesquisador de temas ligados a conflitos armados e geopolítica, Mestre em Segurança Pública

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