Prof. Dr. Ricardo Pereira Cabral
Era um experiente oficial da marinha alemã, destacando-se na I Guerra Mundial com arrojadas estratégias a bordo do SMS Dresden e numa hábil fuga do Chile, onde a tripulação do Dresden estava presa após a derrota na Batalha de Más a Tierra. Canaris era inteligente, desenvolto e falava seis línguas, entre elas, o espanhol: tais façanhas e habilidades chamaram a atenção da Inteligência Naval.
Durante o período entreguerras, Canaris reuniu muita experiência com segurança interna, espionagem, conspirações e acordos secretos. Direcionou unidades paramilitares contra os movimentos comunistas locais e se envolveu na produção de submarinos secretos no Japão, que violavam o Tratado de Versalhes.
Canaris chegou à chefia da Abwehr – serviço de Inteligência Militar da Alemanha- em 1935, quando se tornou contra-almirante. No início da Segunda Guerra logrou êxitos importantes, como a Operação “Englandspiel”, na qual capturou agentes ingleses na Holanda usando seus códigos secretos para enganar o SOE – Special Operations Executive.
Surpreendentemente, Canaris tinha contatos e relações amistosas com a Inteligência Britânica e, embora tenha inicialmente se encantado com o nazismo, passou a conspirar sutilmente contra o Fuhër ao notar seus excessos e prever um desenlace desastroso da guerra para a Alemanha. Foi, por isto, executado em 9 de abril de 1945.
Quer saber mais sobre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, entre nas categorias do site.
Professor de História formado pela UGF. Mestrado e Doutorado em História pela UFRJ. Autor de artigos sobre História Militar e Geopolítica.