A Batalha de Orleans: O ataque alemão à costa dos EUA na Primeira Guerra Mundial

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No ano de 1917, os EUA declararam guerra aos Países da Tríplice Aliança, o principal motivo para entrada dos norte-americanos no conflito, foram os ataques do Império Alemão aos navios dos Estados Unidos que cruzavam o Oceano Atlântico.

Desde a entrada dos EUA na Primeira Guerra Mundial até dias antes do fim do conflito, os submarinos alemães navegavam pela costa dos Estados Unidos. Quatro meses antes do término da Grande Guerra, uma navegação da Alemanha, U-156, atacou navios norte-americanos, e a cidade Orleans, na costa leste da península de Cape Cod, em Massachusetts, no que ficou conhecido como a Batalha de Orleans, em 21 de Julho de 1918.

Ataque submarino alemão

O Império alemão tinha como estratégia utilizar parte da sua frota de submarinos para navegar no Oceano Atlântico e não permitir que os navios, principalmente, norte-americanos cruzassem o oceano e levassem suprimentos para Europa. “O U-156 foi um dos sete submarinos projetados para cruzar o Atlântico até os Estados Unidos. Foi encomendado pela Flotilha U-Kreuzer da Marinha Imperial Alemã em 1917 sob o comando do Kapitänleutnant Konrad Gansser. Em 1918, ela estava sob o comando do Kapitänleutnant Richard Feldt. Com uma tripulação de setenta e sete homens, o submarino de duzentos pés deixou a Alemanha e atravessou o Mar do Norte a caminho do porto de Nova Iorque para colocar minas e cortar o cabo de comunicação entre a França e os Estados Unidos.” (HARVEY)

No dia 21 de Julho, o U-156, que estava localizado perto de Nauset Beach, teria aberto fogo contra a cidade de Orleans, com os seus canhões de convés. Existe uma divergência entre os pesquisadores, quanto ao fato. Alguns deles, relatam que os projéteis eram em direção a cidade, outros, acreditam que o submarino alemão não desejava atacar a cidade e sim, aviões que vieram em defesa do local. O correto é que os projéteis, não causam danos ao território norte-americano, caindo na praia e pântano da região.

O segundo ataque do submarino, foi mais eficaz, acertando o rebocador Perth Amboy, que transportava quatro barcaças, Lansford, Barges 766, 703 e 704, para a Virgínia.

Durante o ataque do U-156, homens da Guarda Costeira, foram os responsáveis por informar a Estação Aérea Naval de Chatham, sob o ataque e ajudaram nos resgates dos sobreviventes. “Dois hidroaviões Curtiss HS-2L da recém-concluída Naval Air Station Chatham lançaram bombas perto do U-156; mas as bombas não explodiram devido a problemas técnicos ou porque os aviadores que estavam de serviço naquele domingo eram inexperientes em armar as bombas. O U-156 elevou seus canhões para disparar contra a aeronave, mas errou.” (https://en.wikipedia.org/wiki/Attack_on_Orleans)

Com o ataque norte-americano ao submarino alemão, “o U-156 escapa e segue para o norte para atacar a frota pesqueira dos Estados Unidos. Afundar 21 navios de pesca na área do Golfo do Maine, de Cape Cod à Baía de Fundy, desde o navio Dornfontein de 766 toneladas em 2 de agosto até a escuna Nelson A de 72 toneladas em 4 de agosto.” (ROMAN)

Após a batalha de mais de uma hora, o governo dos EUA, tomou medidas para defender a costa do País.

Conclusão

O ataque do U-156, na costa dos EUA, independentemente se a cidade de Orleans era um alvo ou não, provocou efeitos enormes na população local, que tinha receios de um novo ataque na região. Essas reações das pessoas eram justificadas, pois, a Batalha de Orleans, como ficou conhecida o acontecimento do dia 21 de Julho de 1918, foi o único ataque de uma Nação inimiga, contra o território continental dos Estados Unidos durante a Primeira Guerra Mundial.

Quanto ao submarino alemão, depois de outros ataques que ocorreram após o dia 21 de Julho, a embarcação nunca mais foi vista. “Presume-se que em 25 de setembro de 1918, o U-156 foi afundado por uma mina ao cruzar a chamada Passagem Norte do Reino Unido. O U-156 afundou 44 navios com um total de 50.471 toneladas, 2 navios danificados com um total de 638 toneladas e 1 navio de guerra afundado com um total de 13.680 toneladas.” (ROMAN)  

Bibliografia

– ROMAN, Luis Enrique Velez. A Batalha de Orleans em 1918. O ataque do U-156. Disponível em: <https://www.elsnorkel.com/2015/02/la-batalla-de-orleans-en-1918-ataque-u156.html>. Acessado em: 15/11/2023.

– HARVEY, Ian. Quando os alemães atacaram Massachusetts – A Batalha de Orleans, Primeira Guerra Mundial. Disponível em: <https://www.warhistoryonline.com/war-articles/battle-of-orleans-wwi-utm_sourcepenultimate.html>. Acessado em: 15/11/2023.

– KLIM, Jake. Ataque a Orleans: a única vez que os EUA continentais receberam fogo inimigo na Primeira Guerra Mundial. Disponível em: <https://www.worldwar1centennial.org/index.php/communicate/press-media/wwi-centennial-news/4672-attack-on-orleans-the-only-time-the-continental-us-took-enemy-fire-in-wwi.html>. Acessado em: 15/11/2023.

https://en.wikipedia.org/wiki/Attack_on_Orleans

Especialização em História Militar pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Graduação em História (Bacharel e Licenciatura) pela Universidade Gama Filho (UGF), autor de Artigos em História Militar.

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