Prof. Esp. Douglas Magalhães Almeida
Os castelos japoneses são uma marca cultural importante do Japão quando falamos do seu período feudal e das guerras samurais, chegando a estarem diretamente ligados às estratégias de dominação dos territórios. Entretanto, as famosas estruturas com base de pedra que vemos na mídia comumente são a evidência de uma revolução militar para muito além de um “resultado” da evolução histórica da arquitetura de defesa.
A própria terminologia “castelos” ao ser aplicada ao Japão é feita através de um conceito tirânico das perspectivas ocidentais, de maneira que aquilo que chamamos por esse termo é em grande parte um modelo de fortificação que passou a ser construída somente no século XVI e que tem características similares às estruturas castelares europeias, o que facilita a comparação por vezes desmedida. Isso pois já
encontramos fortificações de sistemas castelares desde os primórdios do Japão por mais que não se assemelhassem ao estilo do medievo ocidental.
O termo em japonês é Shiro, em Kun’yomi (leitura nativa), ou Jou, em On’Yomi (leitura estrangeira), observando que as fortificações precedentes ao século IX também eram tratadas como Ki. Considerando que o ideograma referente a Shiro origina na China, onde a tradução significa espaço fortificado, em destaque para cidades amuralhadas, enquanto o de Ki, por mais que em si significasse apenas fortificação, acabava sendo usado muitas vezes para estruturas não-castelares, como muralhas que serviam de guarnição, barracas de alojamento, torres de vigia e armazéns.
O primeiro relato de fortificação no Japão é encontrado no documento Wei Zhi (c. 297 d.e.c.), os Registros Históricos da Dinastia Wei, no qual relata sobre o Japão, ali chamado de Império de Wa, aproximadamente no ano de 238 d.C., onde cita uma estrutura que protegia a Imperatriz Himiko. Ela residira em um palácio cercado por torres e paliçada, com guardas armados em constante vigilância. Não sabemos o quão precisa pode ser essa constatação, visto que muito do que é afirmado ali chega a ser questionado sobre a possibilidade de serem interpretações dos chineses sobre o Império Yamato, com a possibilidade mesmo de arguir contra a possibilidade de existência da própria Imperatriz Himiko, da qual não há vestígios materiais consistentes.
A localização desse império de Wa, ou Yamatai, na versão do idioma nipônico, no passado se pensou ser na região de Saga, ilha de Kyushu, onde encontraram próximo à cidade de Kanzaki um sítio arqueológico chamado Yoshinogari que é escavado desde 1986, com achados materiais datados desde aproximadamente o séc. V a.C. Independente se nessa região viveu mesmo a Imperatriz Himiko, como propõe o registro do Wei Zhi, o que nos importa é que durante as escavações desse que é um dos primeiros assentamentos sedentários da história japonesa foi descoberto que havia torres e paliçadas que geravam a defesa local, possivelmente para proteção da comunidade e de grupos de elite, que se evidencia em estruturas mais complexas e maiores ou mesmo nos resquícios materiais em túmulos do cemitério encontrado no local próximo das plantações de arroz.
Não há vestígios materiais suficientes sobre as estruturas antigas, devido a arqueologia incipiente do arquipélago japonês e as poucas que conhecemos terem sido feitas em maioria com material orgânico, como madeira e bambu. Através de artefatos de argila e outros achados diversos percebemos a existência de um império que se forma por volta do séc. IV-V d.C. e se constitui no Império Yamato do séc. VII, quando a escrita adentra o império em cerca de 538 e documentos passam a relatar o passado e seu presente.
Um dos eventos revela a construção de uma grande variedade de fortificações ocorrendo a partir de 662, quando o Império Yamato foi derrotado na Batalha de Hakusukinoe (também chamada de Batalha de Baekgang), contra o reino coreano Silla e a Dinastia Tang da China Imperial. No temor de uma forte ofensiva pelos inimigos através da península coreana, o Império Yamato ergueu diversas fortificações na sua linha costeira e ilhas, concentrando a maior parte em Kyushu.
De acordo com a obra do Nihon Shoki (escrita em 420), houveram engenheiros de fortificações refugiados do reino coreano aliado aos Yamatai que foram derrotados, o Reino de Baekche, que ajudaram na construção da defesa com estruturas de pedra baseadas no modelo Sanseong (Fortes da Montanha). Dentre eles, sabemos que Tappon Chunjo colaborou na construção das estruturas da província de
Nagato, enquanto Ongnye Pongnyu e Sabi Pokpu se envolveram com as fortalezas que passariam a serem chamadas de Castelo de Ono e Castelo de Kii.
Os castelos de Ono e Kii ficam no ápice dos montes de mesmo nome que observam em seu vale até hoje a cidade de Daizafu, da província de Fukuoka. Ambas são muito mais fortificações em forma de muralhas de pedra que temos vestígios através de suas ruínas, e foram usadas para proteger a guarnição de soldados que viessem a precisar intervir caso houvesse um avanço das tropas inimigas da Baía de Hakata na direção interna da província.
Somado a eles, também foi construído na época o Mizuki (Castelo de Água, na tradução), que na realidade era um muro alto de defesa que drenava e represava parte da água dos rios da região, para caso algum inimigo tentasse um cerco contra o seu entorno, comportas abririam e inundariam o inimigo. Essa estrutura, da qual hoje restam apenas escombros, foi só usada apenas séculos depois contra a primeira invasão mongol ao arquipélago.
Desde o momento em que o Império Yamato se distanciou dos conflitos externos ao arquipélago não ocorreram novas grandes guerras, salvo as próprias invasões chinesas dos mongóis da Dinastia Yuan ao sul do Japão em 1274 e 1281.
Diante desse cenário foram raras as novas fortificações de grande porte construídas para deter algum evento bélico de maior escala.
No coração do império os conflitos internos se resumiam a disputas locais de poder entre templos, clãs e famílias da aristocracia imperial, portanto o foco ficou na construção de mansões fortificadas conhecidas como Yashiki, que nada mais eram do que moradias onde se faziam adições breves de pequenas torres de vigia, passarelas, fossos e portões pesados que detinham inimigos que tentassem cercar a propriedade. Visto que grandes clãs de aristocratas marciais ou da nobreza imperial, como os Fujiwara e Ashikaga tinham Yashiki mais bem preparados, chamados Yakata, e suas principais propriedades eram chamadas de Shinden, que eram elaborados para ostentar o poder e refinamento de seu senhor, sendo praticamente um palácio fortificado, com área de defesa, residência e atributos culturais como bibliotecas, museus e parques. Um caso mais evidente na história seria o Kyara Gosho, que é o palácio fortificado do Oficial do Shogunato na antiga província de Mutsu, Fujiwara no Hidehira (~1122-1187), construído no século XII aos moldes do estilo Shinden-Zukuri que segue uma arquitetura no estilo da Dinastia Chinesa Tang.
A partir do Século XVI é que podemos encontrar novas formas de fortificações com características mais próximas do que chamamos de “Castelos Japoneses”, conhecidos principalmente através da divulgação cultural-midiática
clássica do Japão. Esses novos modelos são complexo-castelares com sua fundação na forma de paredões de pedra em diagonal que elevam as estruturas fortificadas, conhecidas como Musha-Gaeshi (Repelidora de Guerreiros, na tradução, que devido a seu formato dificultava o assalto de exércitos inimigos, assim como eram resistentes a desmoronamento em caso de cerco).
Os castelos japoneses do século XVI eram uma forma de arquitetura de defesa única que competia a sua própria cultura e tradição bélica, respondendo imaginativamente às condições ocasionais da guerra que se apresentaram na época das Províncias em Guerra, ou Período do Sengoku Jidai (1467 – c. 1603). Esse é um momento crucial do arquipélago japonês, pois foi no estouro da Rebelião de Onin (1467-1477), um conflito aberto dentro da família do Shogunato na disputa por sucessão ao Shogunato que desmoralizou o poder central e o fragmentou dando relevância às autonomias locais provinciais em disputa, lançando o Império Yamato em um caos político onde os interesses particulares de cada grande senhor de Terras, os Daimyôs, passaram a se legitimarem sem controle da burocracia shogunal.
Em meio aos retalhos de autonomias políticas que levaram o Japão a entrar em um estágio de competição por terras e poder, inclui a chegada dos mercadores europeus com Portugueses e Espanhóis cerca de 1543, trazendo armas de pólvora, como arcabuzes e canhões. É nesse cenário de constantes disputas e mobilização militar que as lideranças locais dos Daimyôs se voltaram para a construção sistemática de inúmeras fortificações para proteger e guarnecer suas províncias contra possíveis inimigos, já que a política do poder central não era mais capaz de assegurar a paz nas ilhas.
Os Castelos de Musha-Gaeshi representam muito bem esse período, pois sua estrutura castelar complexa ostentava ao mesmo tempo o poder militar de um general através de suas torres e fortificações, assim como o poder de nobreza do Daimyô em recursos para usar na sua construção. Ainda que fossem essencialmente uma fortaleza, traziam torres palacianas chamadas de Dai-Tenshukaku onde viviam enclausurados seus senhores com família e clãs afins, ali servia também como linha final de defesa em caso de cerco, armazenamento dos últimos suprimentos que assegurariam o clã e provia um ponto de vantagem para observação do inimigo.
Justamente por serem muito caros de serem erguidos, esse modelo não substitui todos os demais estilos de castelos durante o período.
Com o poder político e bélico tendo que ser garantido por cada senhor de províncias, não era incomum que um mesmo feudo contivesse mais de um castelo, já que havia um sistema de defesa entre um Honjo, “Castelo Central”, e seus Shijo, “Castelos Satélites”. Esse modelo dividia a defesa dos territórios ou mesmo função (guarnição, patrulhamento, armazenamento, forja de equipamentos de guerra, refúgio, etc.), e assim o comando e moradia principal geralmente eram no Honjo (que em sua maioria era em estilo com Musha-Gaeshi) enquanto os Shijo ficavam sob a responsabilidade de filhos do Daimyô ou mesmo de generais de clãs vassalos a ele.
É comum pensarmos nos tradicionais castelos japoneses erguidos nas bases de Musha-Gaeshi, entretanto estilos mais antigos de fortificação se mantiveram, como os Fujo, ou castelos flutuantes, que usavam de lagos e valas para se cercarem de água, à exemplo do castelo Hirashiro de Takaoka, em Toyama, ou o Castelo de Tanaka, em Shizuoka, cercados por canais de água que dificultavam o avanço de tropas; ou como os Yamashiros, castelos de montanha, como o Castelo de Matsuoyama, em Mino, ou o Castelo Kumakurajô, em Musashi, erguidos sobre o cume de montes bem altos.
Através da rede de castelos os Daimyôs podiam vigiar suas terras e mobilizar suas tropas em tempos de enfraquecimento do poder central e ascensão das autonomias de poder local. Com esse sistema a história do arquipélago japonês passa a ser tomada dentro dos salões dos Dai-Tenshukaku dos grandes castelos feudais, e foi por meio dessa lógica que alguns grandes generais conceberam as bases de como garantir a manutenção das suas conquistas territoriais.
Os primeiros a desenvolverem uma estratégia de conquista territorial através da dominação de castelos fora o Levante Ikkô-Shû (ou Ikkô-Ikki), um grupo de camponeses, monges, mercadores e lordes locais fiéis ao secto Jôdo Shinshû coordenados por uma confederação militar teocrática influenciada por figuras como o Monge Rennyo (1415-1499) do Templo Hongan-Ji. Esse grupo rebelioso foi conhecido por se movimentar marcialmente em células por diversas regiões do Japão entre o século XV e XVI, focando seus ataques a castelos e postos de defesa nas principais estradas.
Esse método fazia com que muitos Daimyôs buscassem um refúgio em seus castelos afastados das rotas e cidades, onde sua defesa era aprimorada. A tática era até simples, visto que o lorde local acabava enclausurado e aprisionado em seu próprio castelo, enquanto os conquistadores assumiam as fortificações nas rotas assegurando que os Daimyôs não poderiam mobilizar tropas nem se abastecerem através de mercadores, resultando em sua gradual rendição e na vitória dos rebeldes Ikkô-Ikki.
A ameaça causada pelos Ikko-Ikki de influenciarem motins pelos feudos, para além das complicações causadas nas esferas políticas e econômicas locais, atraiu a inimizade de grandes generais como Tokugawa Ieyasu e Oda Nobunaga. Esse último, inclusive aproveitou sua proximidade com a missão católica no Japão do séc. XVI para legitimar seu avanço bélico sobre facções marciais budistas, levando a guerra até os rebeldes em 1570 com o ataque ao Templo Ishiyama Hogan-ji e ordenando seus generais a derrotarem as células rebeliosas em seus feudos. Após uma década de conflitos armados com os religiosos, Oda conseguiu sua vitória e em 1586 a rebelião acabou deixando para o famoso general o conhecimento tático necessário para seu objetivo de unificação do Império Yamato.
O projeto de unificação das terras japonesas começou com Oda Nobunaga e foi mantido por Toyotomi Hideyoshi após o suicídio forçado de seu líder, encerrando no início do século XVII com Tokugawa Ieyasu. Para além das táticas desenvolvidas e aprendidas, a principal estratégia de administração das conquistas
passaram a envolver as estruturas castelares que guardavam as rotas. Assim, Oda Nobunaga conseguiu unificar praticamente a metade do arquipélago sob seu poder, ilhando os inimigos em seus castelos afastados e assumindo o controle das estradas por onde apenas seus mercadores e tropas marchavam.
Após a traição de Mitsuhide Akechi que levou ao suicídio de Oda Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi assumiu a responsabilidade de continuar o projeto de unificação e assim ficou conhecido como o segundo lorde a assumir uma estratégia para castelos em suas conquistas. Nos passos do Clã Oda, Hideyoshi se preocupou também em priorizar fortificações que zelavam pelas rotas, mas para além disso passou a reorganizar suas localizações. Seu plano envolveu desmontar castelos em áreas em que houvesse muita concentração (o que significa maior poder dos lordes locais) e reconstruí-los em áreas escassas de estruturas castelares para melhorar a proteção das estradas e equilibrar a balança de poder de seus generais vassalos.
A relação de Hideyoshi com castelos vem desde 1567 com o castelo de Sunomata Ichiya, erguido nas margens do Rio Sai, na atual Prefeitura de Gifu, em Ôgaki. Sob suas ordens, o fidalgo local Hachisuka Koroku dirigiu a construção com seções pré-montadas em que os encaixes facilitaram erguer a fortificação. Ele é conhecido por ter sido construído em uma só noite, mas na realidade ocorreu após
alguns dias. Ainda assim, um feito notável do pensamento de Hideyoshi que lhe redeu à época prestígio com seu senhor Oda Nobunaga. Outro de sua fama, foi durante o cerco de Odawara em 1590, em que ergueu o castelo de Ishigakiyama Ichiya-Jô em 80 dias, mas que o inimigo Clã Go-Hôjô só viu o castelo construído no último momento, parecendo ter sido feito em apenas um dia, os assustando e levando a se renderem.
O sistema de realocação de fortificações de Toyotomi Hideyoshi facilitou a concretizar suas conquistas com tamanha eficácia, que logo estaria levando sua guerra para além das fronteiras do império Yamato ao atacar a Coréia entre 1592 e 1598. Contudo, foi apenas na terceira fase da unificação que as coisas se tornaram mais consolidadas na administração de Tokugawa Ieyasu.
Em 1600 ocorreu a Batalha de Sekigahara que culminou com a ascensão de Tokugawa Ieyasu ao poder, assumindo o Shogunato em 1603 após séculos de conflitos do Japão que estava mergulhado na guerra de províncias Sengoku Jidai. O governo dos Tokugawa estabelecido agora em Edo tinha o desafio de reestruturar a moralidade e centralidade do poder nas mãos do Seii Tai-Shogun, e compreendendo assim a importância das fortificações e rotas, uma medida será tomada sobre elas.
O Buke Shohatto (Lei das Casas Militares) foi uma determinação do Shogunato Tokugawa em édito que estabelecia leis escritas de sentido de controle local e sumptuário da administração sobre as famílias samurais. Se baseando no conceito neoconfucionista de frugalidade para um bom governo, também foi estabelecido para que os Daimyôs, agora submissos ao governo central, não tivessem condição de formar alianças ou aprimorarem suas defesas e tropas para uma possível rebelião. Assim foi estabelecido o édito Ikkoku Ichijiyô Rei, “Um Castelo, Um Território”, o qual definia que só poderia haver uma estrutura castelar por cada Han (Domínio Feudal), e nenhum castelo ou fortificação poderia passar por inovações estruturais, expansões ou serem reparados sem a autorização da burocracia do poder central, ou seja, sem que Tokugawa soubesse e permitisse.
As novas regras do período Edo levaram a diversas estruturas castelares serem aos poucos abandonadas e ruírem, o que foi concretizado na reforma agrária da Era Meiji, a partir de 1868. Na contemporaneidade diversos castelos que haviam ruído ou se tornado sem uso claro, foram desmontados para abrir espaço para plantações, novas estruturas modernas ou mesmo apenas para obscurecer a memória do passado dos samurais que era visto como antiquado e atrasado para a entrada da modernização. A exemplo, o Castelo de Edo foi demolido e em suas fundações foi erguido o atual palácio imperial de Tokyo, apesar que o Castelo de Osaka e o Himeji tenham sido mantidos.
A Era Heisei (1989-2019), trouxe uma nova perspectiva contemporânea significante sobre as estruturas castelares. Ligados a um distante passado de tradição marcial e assumidos como característica de memória nacional, passaram a ser vistos como pontos turísticos que guardavam uma lembrança de eras de honra e bravura, e assim não só alguns foram reparados, como também foram recriados do zero (como no caso do Castelo de Azuchi, principal de Oda Nobunaga, que nem as fundações ou mesmo a planta existe mais).
Percebemos assim como os castelos foram no período feudal uma representação do poderio político, econômico e bélico dos Daimyôs e atualmente possuem um papel que não é mais ligado à memória militarista (como o foi no período das grandes guerras), mas sim a uma memória nacionalista de identidade do povo japonês, não à toa alguns castelos fictícios foram construídos em parques temáticos, eventos famosos ou mesmo em regiões coloniais, como na região da colônia japonesa de Assaí, no Estado do Paraná; e o Toyama-Jô de Campos do Jordão, no Estado de São Paulo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Douglas M. “Abordagem sobre a Cultura da Guerra nas Invasões Mongóis ao Japão do Século XIII.” Anais do Encontro de Historiadores Militares. Ed. Fernando Velôzo Gomes Pedrosa e Vanessa Ferreira de Sá Codeço. Rio de Janeiro: CEPHiMEx, 2012.
CONLAN, Thomas D. In little need of Divine Intervention: Takezaki Suenaga Scrolls of the Mongol Invasions of Japan. Cornell University Press, 2001.
FEREJOHN, John A; ROSENBLUTH, Frances McCall. War and State Building in Medieval Japan. California: Santford University Press, 2010.
FRIDAY, Karl. Samurai, warfare & the state in early medieval Japan. London: Routledge, 2004.
ISHII, Susumu. “The Decline of the Kamakura Bakufu.” In The Cambridge History of Japan, vol. 3, ed. Kozo Yamamura, 46-88. Cambridge: Cambridge University Press, 1990
KEEGAN, John. Uma História da Guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 1995
NICOLLE, David. The Mongol warlords: Genghis Khan, Kublai Khan, Hulegu, Tamerlane. London: Firebrand Books, 1990.
PERRIN, Noel. Giving up the Gun, Japan’s reversion to the Sword. Boston: David R. Godine, 1979.
TURNBULL, Stephen. The Samurai: A Military History. Bloomsbury Publishing, 1996.
TURNBULL, Stephen. Japanese Castles 250-1877. Oxford, New York: Osprey Publishing, 2009.
TURNBULL, Stephen. Japanese Castles 1540-1640. Oxford, New York: Osprey Publishing, 2011.
WALKER, Brett. História concisa do Japão. São Paulo: EDIPRO, 2017.